terça-feira, 23 de outubro de 2012

Uma segunda-feira agitada para o Flamengo e seu futuro

Uma segunda-feira agitada para os negócios do Flamengo. Primeiro, saiu em pleno clima de fim de festa e às vésperas da eleição, o projeto de sócio-torcedor em parceria com a Ambev. Confira aqui.

E também o assunto mais crítico: foi lançado o edital de licitação para o Maracanã. Como já previsto, os clubes foram impedidos de participarem.

Assuntos tão importantes que, somado ao contrato da Adidas, só geram preocupações sobre a capacidade de Patrícia Amorim e sua equipe em tomar decisões tão importantes a longo prazo para o Clube.

Vamo lá:


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Bom, primeiramente é uma decisão completamente esdrúxula do governo estadual simplesmente excluir os clubes, em especial o Flamengo e o Fluminense, da licitação sem mais sem menos. Como se o Maracanã sobrevivesse sozinho, como se a vocação de “templo mundial do futebol” se sustentasse por si só.

Tudo bem que o Flamengo nem teria a Certidão Negativa de Débito para participar da concorrência, e como essa gestão é um fracasso administrativo, correríamos o risco de perder a licitação para o Fluminense, mas nem chamar os clubes para conversarem, tentarem, porque não, uma solução em conjunto, para quem foi por muito tempo o trem-pagador da Surderj, isso sim foi o mais absurdo.

Pois bem, agora não há mais o que reclamar. As cartas estão postas na mesa e acho que ainda dá pra salvar. O primeiro dirigente do Flamengo a se pronunciar foi Alexandre Wrobel, um dos poucos que se salva dessa gestão.

"Não acredito que esta decisão atrapalhe nossos planos de utilização do Maracanã. Sempre pensamos em parcerias com grandes empresas. Vamos estudar com calma. Tenho uma reunião amanhã [terça] no clube sobre isso e vamos ter uma posição mais atualizada",

O caminho é esse. Se fosse com os clubes à frente, teriam que procurar empresas para ajudarem na empreitada, a questão agora é que inverteu: as empresas virão à frente e os clubes na retaguarda. Por isso é bom ficar antenado e, porque não, buscar uma união pacífica entre Fla-Flu.


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O edital ainda fala em proibição de exclusividade. Mas o que seria exclusividade? Seria, por exemplo, se a Unimed (apesar do edital deixar claro que a empresa licitante não poderá ter vínculo de forma direta ou indiretamente com o clube de futebol) ganha a concorrência e só permite que o Fluminense jogue lá? Isso é o que o edital veda.

Porém, entendo, que não seria exclusividade se, por acaso a Unimed ganha a licitação, é claro que terá o Fluminense como principal parceiro e o Flamengo teria que pagar uma taxa para jogar no Maracanã. Seria um cenário trágico.

Por isso essa história de dizer "que se dane o Maracanã", pode fazer com que o estádio caia no colo de uma Unimed da vida e o Flamengo tenha que jogar no interior ou sendo obrigado a pagar ao tricolor para jogar no Mário Filho.

O risco ainda que vejo é de uma empresa estrangeira - especialista em eventos, shows, UFC, transformar a futura arena em praça de tudo, menos para o futebol. Por isso, outra vez, é hora da dupla Fla-Flu unir forças e impedir a espoliação de uma empresa privada.


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A empresa ganhadora do consórcio terá que investir mais R$ 469,4 milhões em obras no complexo até 2016, investimentos essenciais em bares, restaurantes e outras atividades, para que o concessionário tenha receitas complementares.

E para isso, terá que demolir Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio Célio de Barro, mas com a obrigação de reerguer em outro local. Seria uma pena, porque o Flamengo poderia utilizar o Júlio Delamare para que sua equipe de esportes aquáticos treinasse por lá.

5 comentários:

Lemos disse...

Realmente seria esdruxula a idéia do Gov do Estado de alijarem os clubes de futebol da licitação do Marecanã,não se tivermos a consciencia de que o governador é um ladrão,um corrupto de carteirinha e reeleito com o bleneplácito de uma Mídia tão corrupta quanto ele.Nosso povo é massa de manobra e totalmente despolitizado,o tal Cabral teve uma sobrevida dada pela Midia que sempre minimizou sua sujeiras e mazelas.Na visão do povo,se a Midia não bateu é por que o cara é bom.Agora este absurdo,o Maracanã na mão de empresários num autentico jogo de cartas marcadas.SRN

Anônimo disse...

Tudo que o Eike fez nos últimos anos no RJ o credencia a ser o novo "dono" do Maracanã. As vultosas doações para a farsa/projeto das UPP's e para as campanhas de Cabral e Paes terão certamente sua contrapartida.

Para mim, o vencedor já está definido há muito tempo. Aliás, creio que o edital deve ter passado pelo crivo do Eike antes memo de ser divulgado.

A conferir....

JP Mesquita

Anônimo disse...

Prezados, sou amigo tricolor do Leonardo aqui no trabalho e gosto de visitar os blogs “inimigos” para ver como a torcida dos outros times se comporta, se o fanatismo religioso é exclusividade de um ou dois, e também para analisar a famosa estória do copo meio cheio, meio vazio, a partir da mesma imagem (e do mesmo fato).

Em relação ao “novo” Maracanã, que de novo não tem buesta nenhuma, na verdade é um novo estádio, por completo, e não uma grande reforma em cima do antigo como andam dizendo (eles só mantiveram a carcaça externa e mudaram todo o miolo, com a anuência criminosa dos Institutos de Preservação), digo o seguinte:

Esse bandido do Sergio Cabral, um verdadeiro delinqüente a serviço das mais variadas máfias (vide a Delta, que está participando da reforma), já armou tudo com a empresa daquele outro bandido, o escroque do Eike Batista, que certamente vai fuder Flamengo e Fluminense após a assinatura do contrato de concessão, já que separará uma boa parcela de datas por ano para eventos que não o futebol, que (aí eu tenho q concordar com ele) dão muito mais $ do que partidas de futebol. Esse merda já comprou meio mundo e vai continuar comprando, e foda-se o resto!

Não se iludam, esse lance de ter estádio próprio é uma grande falácia, salvo raríssimas exceções, como por exemplo, o Grêmio, que não colocou um puto e terá um estádio novinho em folha, em troca do terreno do Olímpico que virará shopping. O Inter, por exemplo, tá fudido, pois terá que tocar a obra sozinho, com recursos próprios, e carregará essa trolha por várias gerações, isso pra fazer 3 ou 4 peladas meketrefes na Copa. Ou então o “Cúrintias”, que é melhor nem falar, pois trata-se de um escândalo que mereceria uma investigação da ONU!

O custo de manutenção de uma jaca (nova, é claro, e não jurassic parks feito Sanjanu) dessas é elevadíssimo e nem a torcida de vcs, seguramente a maior de todas (embora com poder aquisitivo menor), conseguiria dar retorno. Teria q ter uma média de público de 30/40 mil pagantes, com um ingresso médio por volta de 60/80 pratas pra brincadeira começar a andar. Falo isso porque já trabalhei com marketing esportivo e vi com detalhes alguns projetos no começo da década passada (Palmeiras e Vasco). Pro Maracanã começar a pensar em dar retorno, não tem como não pensar nos dois jogando lá (Fla e Flu) e ainda deveriam chamar os outros times. O Soccer Stadium, palco da final da última Copa na África, custa US$ 1 milhão por mês, e isso fechado, sem evento algum! É foda!

Well, é isso, e espero uma grande vitória de vcs quarta que vem, não vão desapontar o pai de vcs!

Abs!

Leonardo disse...

Entrei no link com o lançamento do programa sócio torcedor e a minha impressão é de que se trata do mesmo formato das tentativas mal sucedidas do passado.

Paga-se um valor por mês para ter brindes, "descontos" em produtos oficiais, certidão de rubro-negro e afins.

Basta comparar com programas de sócio torcedor de outros clubes, onde torcedores pagam e recebem opção de ingressos em jogos, direito a voto em alguns casos, serviços pela internet...

Trata-se do mesmo produto mal sucedido de sempre, reciclado.

Lemos disse...

Boa tricolor,boa Leonardo este Cabral ,este Eike estão destruindo um mito,a Midia podre e corrupta nada fala,uma dinheirama pública foi jogada no lixo e vão dar o outrora TEMPLO DO FUTEBOL de mão beijada para espertalhões ganharem mais dinheiro.SRN