Os Clubes perderam a guerra com o COB.
O Governo pediu e foi retirada da medida provisória 502/2010 que altera a Lei Pelé do artigo que previa que os clubes recebessem 0,5% dos recursos de loterias, que por sua vez seriam tirados do percentual de 4,5% que o Ministério do Esporte recebe e repassa ao COB, e assim distribui conforme seus interesses políticos.
Esses recursos deveriam ser aplicados no desenvolvimento do esporte olímpico, desde uma escolinha até uma equipe de alto rendimento. A CBC (Confederação Brasileira de Clubes) já teria articulado o acordo e todos os detalhes com o Deputado Federal José Rocha, responsável pela Medida Provisória 502/10, mas na última hora, o COB pressionou o Governo e o artigo foi excluído.
Edson Garcia, diretor executivo da CBC, confessa que ficou atônito com a retirada do ítem, e protestou: "O governo acha que o Brasil disputará os Jogos Olímpicos de 2016 com quem? Os clubes formadores precisam ter verba para preparar os atletas. Não vai ter atleta para 2016"
A medida provisória será encaminhada ao Senado e, se aprovada sem alterações, seguirá para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
Os clubes, agora, pretendem entrar em contato com senadores para que eles encaixem de novo na medida provisória o artigo que trata da reivindicação dos clubes, pois o artigo foi derrubado na Câmara. Se tiver êxito, a matéria voltará para a Câmara.
O pior é ainda ter que ouvir do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, pérolas como: "O COB não tem atletas nem forma atletas e que é missão das confederações nacionais e clubes a detecção de novos talentos e de formação de atletas.
Engraçado, o COB tem o monopólio das verbas federais, mas não tem a obrigação de formar atletas e ser cobrado pelos resultados pífios?
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