Queimada a gordura restante com a derrota do Palmeiras, cabe algumas ressalvas ao cenário de terra arrasada que se instalou na torcida rubronegra: a derrota do Palmeiras é aceitável nos padrões da competição, inaceitável foi a derrota para o Vitória.O Flamengo, na linha da classificação para a Libertadores, se defronta com um cenário bastante razoável para uma recuperação rápida, pelo menos em termos de confrontos: dois jogos em casa e um acessível fora.
O título do turno parece ter tomado o caminho do Olímpico, mas lembrem-se que o Grêmio, no returno, fará todos os confrontos diretos fora de casa (exceto o São Paulo) e tem, em 3 semanas, a Copa Sulamericana que tem peso importante para os gaúchos, em especial porque os dois confrontos iniciais são contra o Internacional. É o melhor (ou menos pior, como queiram) dos adversários a se perseguir: terá a pior tabela, terá a sulamericana e o único confronto direto conosco é no Rio. Por este aspecto, o segundo melhor adversário a se seguir seria o Palmeiras; o pior dos mundos é perseguir o São Paulo, com confronto único no Morumbi e com reta final fácil similar à nossa.
A conta para o título se mantém nos 74 pontos, mas notem que o Grêmio chega aos 32 (em 16 jogos, 2 por jogo) e tem tabela boa até o final do turno (Vitória e Ipatinga em casa, Atlético MG fora), 7 pontos não seriam nada demais nessa sequencia. O título do turno viria com 39 pontos, inalcançáveis pelo Flamengo mesmo com 3 vitórias. Que não se busque o Grêmio no momento, portanto, o objetivo do Flamengo é não perder o contato, porque o segundo turno deles é mais duro que o nosso.
O confronto de domingo adquire o status de jogo mais importante do campeonato por vários motivos: um deles é que se trata de confronto direto com adversário acima do Fla. A vitória, portanto, significa ao menos uma posição (provavelmente duas, a não ser que o Vitória vença o Grêmio no Olímpico). Quebraria o jejum de cinco jogos e colocaria o Flamengo na vice liderança, recuperado psicologicamente e motivado para Goiás e Atlético PR, sequencia de um jogo fora mas com ambiente nada hostil e outro em casa, ambos contra times da metade baixa da tabela. Seria a senha para manter o passo por algum tempo, já dentro da nossa sequencia dura que vai até a 25ª rodada.
A derrota pode nos levar a uma delicada situação, a possíveis menos 7 do líder e fora do G4. Em termos matemáticos, seria uma situação perfeitamente contornável, especialmente se vierem reforços de peso. O problema aí seria o impacto psicológico de nova derrota em confronto direto.
O Grêmio crava 2 pontos por jogo pela primeira vez na competição e deverá aumentar levemente sua média com a sequencia acessível que lhe é apresentada. Dificilmente a manterá em razão do calendário duro que terá a seguir, mas provavelmente seguirá como líder até o confronto conosco, na 21ª rodada no Maracanã.
O CRUZEIRO tem decisão conosco, além do Inter em casa e Portuguesa fora. É o calendário mais difícil dos que estão acima da tabela, mais uma razão pela qual a decisão de domingo é importante: se o ultrapassarmos, eles terão dificuldades em devolver a ultrapassagem e abrir vantagem. E é isso que o Flamengo precisa impedir: que alguém abra vantagem sobre ele. Crises passam, más atuações passam, mas a pontuação permanece. Quando o Flamengo voltar aos trilhos, de preferência com elenco reforçado, poderá tirar alguma desvantagem nas últimas 13 rodadas. Mas não poderá fazer muito se estiver com 8, 10 pontos de desvantagem. Vencendo o Cruzeiro, um a menos para fazer essa diferença.
Os paulistas seguem fortes,o PALMEIRAS nos alcançou após estar a -7, sai para Ipatinga e Engenhão e recebe o Vitória, acessível para o alviverde que se manterá na cola. Outro é o SÃO PAULO, a -1 e que recebe Vasco e Goiás, saindo somente contra o Fluminense. Ambos apresentam possibilidade de 7 pontos, chegando a um total de 34 a 36 pontos no final do turno.
O VITÓRIA, na nossa frente com 29, chega a seu momento decisivo: Grêmio e Palmeiras fora de casa em sequencia, além do Vasco em casa. Projetando que o G4 estará entre 34 a 38 pontos na virada do turno, o Vitória precisa arrancar alguma coisa fora de casa, ou fatalmente sairá bem do grupo.
O título continua a ser previsto com 74 pontos, mesmo que o Grêmio ultrapasse os 37 (metade) no primeiro turno. Isso porque,como já foi dito, sua tabela será mais puxada no returno que no turno.
Com a derrota no Parque Antártica, o Palmeiras se torna inalcançável em Brasileiros até o final de 2009: agora são 12 vitórias e 15 derrotas. No geral, são 34 vitórias e 39 derrotas.
Em relação à média inglesa, mais que suficiente para o título (vitória em casa, empate fora e 2 pontos por jogo neutro), o Fla está com -4. A projeção atual, a propósito, aponta que o título virá com média inglesa – 4, a Libertadores com média -13. Nenhum clube conseguiu manter a média inglesa até o momento (e nem deverá manter), sendo o melhor colocado o Grêmio com 0. Em relação à campanha do ano passado, estamos equivalentes.
COPAS – Considerando que a luta pelo título aparenta continuar uma luta similar à da Libertadores, pode-se prever um aumento da pontuação necessária para a principal competição sulamericana: a previsão era de 63, passou para 64 e agora bate nos 65 pontos, sem tendência. Antes que se arranque os cabelos de desespero,algumas considerações menos pessimistas: a) dos 65 pontos não passa; b)tivemos anos em que o quarto lugar teve 61 pontos, mas a disputa era mais destacada pelo título, o que diminui a pontuação dos demais; c) este é o pior cenário possível, assim que algum dos 6 postulantes cair (o primeiro pode ser o Vitória) a tendência é que o número caia.
Contudo, é quase certo que o quarto lugar ao final do turno tenha mais que 32 pontos,projetando-se aí uma conta simples de 64 ao final. Não ocorre exatamente isso, porque o turno sempre é diferente do returno (19 jogos, número ímpar, alguns times jogam mais em casa do que os outros); e na reta final o acirramento da disputa de baixo costuma tirar pontos anormais dos que disputam em cima (lembrem-se que Vasco perdeu Libertadores para o Figueirense, o Palmeiras perdeu para o Atlético MG em casa, tudo por culpa da luta pela Sulamericana que, nesta altura do campeonato, ainda não é nada de especial).
Eventual vitória sobre o Cruzeiro, portanto, tem mais esse papel de nos colocar bem na disputa pela Libertadores, pois os dois jogos restantes no turno permitiriam a manutenção no G4 sem problemas.
Quem, já se pode dizer, está fora da luta pelo título é o INTERNACIONAL. Precisa de 52 pontos em 22 jogos, quase 2.4 por jogo, média jamais alcançada por qualquer clube em pontos corridos. Terá em breve a Sulamericana, tradicional xodó colorado e com dois Grenais que chamam a atenção. A luta aqui é pela Libertadores, que já está um pouco longe, 43 pontos em 22 jogos é campanha de campeão brasileiro. Detalhe: o dificílimo jogo do Flamengo contra o Inter, na 22ª rodada, é num domingo as 18h10 no Beira-Rio, 3 dias antes do Grenal decisivo pela Sulamericana. Não é nada impossível que o colorado poupe jogadores contra o Fla, até porque deverá perder mais pontos irrecuperáveis até lá: sai agora contra Fluminense e Cruzeiro.
O efeito concentrador dos pontos continua a afetar as demais disputas. A pontuação de corte da Sulamericana continua com 1.2 pontos por jogo, muito abaixo da média histórica. Normalmente, 1.2 pontos por jogo é a pontuação para se escapar do rebaixamento na última rodada, o que mostra como os 6-7 clubes de cima estão polarizando os pontos. Esta tendência não deve prosseguir, na medida em que os clubes de baixo arrancam forças no desespero (ou em reforços, caso do Santos) e os que caírem do andar de cima perderem o interesse pela disputa menos nobre abaixo. A previsão aqui continua nos 50 pontos, o que já é bem pouco, e com tendência de baixa. Vasco e Botafogo já estão na zona de classificação, mas respectivamente a -9 e -6 do G4, razão pela qual é difícil pensar em vôos mais altos, especialmente com a alta pontuação de cima. No caso do Vasco, a ilusão de chegar a uma Libertadores já é desenganada pela matemática 46 pontos em 22 jogos é campanha bem superior à do São Paulo ano passado.
REBAIXAMENTO – Se a concentração de pontos é sentida na luta pela sulamericana, imagine na luta pelo rebaixamento. 1.1 pontos por partida já são suficientes pra se salvar e, considerando tradicionais arrancadas finais, ela deve subir para 1.2, média histórica. A previsão aqui continua nos 42 pontos. No que toca ao Flamengo, seria bom que Goiás e Atlético PR não se situem nessa zona, ou sejam rebaixados com alguma antecedência: afinal, iremos enfrentá-los nas duas últimas rodadas e seria muito útil o desinteresse do adversário em tais jogos. Já o rebaixamento antecipado do Ipatinga, Santos ou Fluminense é absolutamente desinteressante para o Fla, pois os enfrentaremos no início do returno; é bom que eles se mantenham interessados e tirando pontos dos advesários na reta final.
Tendo iniciado o ano na nona colocação (era a pior desde 1973), o Flamengo é hoje o sétimo colocado no ranking histórico dos Brasileiros, com 1261 pontos ganhos, 4 à frente do Atlético MG e empatado com o Palmeiras. O quinto é o Vasco, com 1285, a +24; o sexto é o Corinthians com 1278, a +17 mas que não pontuará este ano e provavelmente será ultrapassado.
Contra o Cruzeiro, o Fla tem desvantagem que pode ser igualada esse ano em Brasileiros: são 11 vitórias e 13 derrotas. No geral, empate com 23 vitórias para cada lado e 21 empates.. Confrontos importantes na história foram vários: quartas de final da Copa do Brasil 1995, 1x0 no Mineirão, gol de Sávio no último lance, e 1x1 no Rio. Pela semifinal da supercopa 1995, 1x0 no Mineirão no dia do centenário do Flamengo, gol de Ronaldão de cabeça, e 3x1 no Rio. A semifinal da Copa de 1996 teve outro duelo, 1x1 no Rio e 0x0 no Mineirão. Os clubes também fizeram duas semifinais da Copa dos Campeões, em 2001, 0x0 e 3x0 Fla, baile de Petkovic; no ano seguinte o troco mineiro com 1x2 no Castelão. A final da Copa do Brasil de 2003 teve o confronto mais importante, com 1x1 no Rio e 1x3 no Mineirão.
Ano passado, 3x1 Flamengo no Maracanã.
O Flamengo nunca havia liderado na história dos pontos corridos e liderou por dez rodadas esse ano. Está há vinte rodadas seguidas na zona de libertadores, mas pode sair dela se não vencer no domingo e com combinação de resultados.
Faltam 46 pontos para o título (média de 2.09 por jogo), 37 para a Libertadores (1.68 por jogo), 22 pontos para a Sulamericana (1 por jogo) e 14 pontos para a Série A 2009 (média de 0.63 por jogo). A campanha atual do Flamengo é de 1.75 por jogo.
O Fla já conquistou 38% do hexa, 43% da vaga para a Libertadores 2009, 56% da sulamericana 2009 e 66% da permanência na Serie A.
O título do turno parece ter tomado o caminho do Olímpico, mas lembrem-se que o Grêmio, no returno, fará todos os confrontos diretos fora de casa (exceto o São Paulo) e tem, em 3 semanas, a Copa Sulamericana que tem peso importante para os gaúchos, em especial porque os dois confrontos iniciais são contra o Internacional. É o melhor (ou menos pior, como queiram) dos adversários a se perseguir: terá a pior tabela, terá a sulamericana e o único confronto direto conosco é no Rio. Por este aspecto, o segundo melhor adversário a se seguir seria o Palmeiras; o pior dos mundos é perseguir o São Paulo, com confronto único no Morumbi e com reta final fácil similar à nossa.
A conta para o título se mantém nos 74 pontos, mas notem que o Grêmio chega aos 32 (em 16 jogos, 2 por jogo) e tem tabela boa até o final do turno (Vitória e Ipatinga em casa, Atlético MG fora), 7 pontos não seriam nada demais nessa sequencia. O título do turno viria com 39 pontos, inalcançáveis pelo Flamengo mesmo com 3 vitórias. Que não se busque o Grêmio no momento, portanto, o objetivo do Flamengo é não perder o contato, porque o segundo turno deles é mais duro que o nosso.
O confronto de domingo adquire o status de jogo mais importante do campeonato por vários motivos: um deles é que se trata de confronto direto com adversário acima do Fla. A vitória, portanto, significa ao menos uma posição (provavelmente duas, a não ser que o Vitória vença o Grêmio no Olímpico). Quebraria o jejum de cinco jogos e colocaria o Flamengo na vice liderança, recuperado psicologicamente e motivado para Goiás e Atlético PR, sequencia de um jogo fora mas com ambiente nada hostil e outro em casa, ambos contra times da metade baixa da tabela. Seria a senha para manter o passo por algum tempo, já dentro da nossa sequencia dura que vai até a 25ª rodada.
A derrota pode nos levar a uma delicada situação, a possíveis menos 7 do líder e fora do G4. Em termos matemáticos, seria uma situação perfeitamente contornável, especialmente se vierem reforços de peso. O problema aí seria o impacto psicológico de nova derrota em confronto direto.
O Grêmio crava 2 pontos por jogo pela primeira vez na competição e deverá aumentar levemente sua média com a sequencia acessível que lhe é apresentada. Dificilmente a manterá em razão do calendário duro que terá a seguir, mas provavelmente seguirá como líder até o confronto conosco, na 21ª rodada no Maracanã.
O CRUZEIRO tem decisão conosco, além do Inter em casa e Portuguesa fora. É o calendário mais difícil dos que estão acima da tabela, mais uma razão pela qual a decisão de domingo é importante: se o ultrapassarmos, eles terão dificuldades em devolver a ultrapassagem e abrir vantagem. E é isso que o Flamengo precisa impedir: que alguém abra vantagem sobre ele. Crises passam, más atuações passam, mas a pontuação permanece. Quando o Flamengo voltar aos trilhos, de preferência com elenco reforçado, poderá tirar alguma desvantagem nas últimas 13 rodadas. Mas não poderá fazer muito se estiver com 8, 10 pontos de desvantagem. Vencendo o Cruzeiro, um a menos para fazer essa diferença.
Os paulistas seguem fortes,o PALMEIRAS nos alcançou após estar a -7, sai para Ipatinga e Engenhão e recebe o Vitória, acessível para o alviverde que se manterá na cola. Outro é o SÃO PAULO, a -1 e que recebe Vasco e Goiás, saindo somente contra o Fluminense. Ambos apresentam possibilidade de 7 pontos, chegando a um total de 34 a 36 pontos no final do turno.
O VITÓRIA, na nossa frente com 29, chega a seu momento decisivo: Grêmio e Palmeiras fora de casa em sequencia, além do Vasco em casa. Projetando que o G4 estará entre 34 a 38 pontos na virada do turno, o Vitória precisa arrancar alguma coisa fora de casa, ou fatalmente sairá bem do grupo.
O título continua a ser previsto com 74 pontos, mesmo que o Grêmio ultrapasse os 37 (metade) no primeiro turno. Isso porque,como já foi dito, sua tabela será mais puxada no returno que no turno.
Com a derrota no Parque Antártica, o Palmeiras se torna inalcançável em Brasileiros até o final de 2009: agora são 12 vitórias e 15 derrotas. No geral, são 34 vitórias e 39 derrotas.
Em relação à média inglesa, mais que suficiente para o título (vitória em casa, empate fora e 2 pontos por jogo neutro), o Fla está com -4. A projeção atual, a propósito, aponta que o título virá com média inglesa – 4, a Libertadores com média -13. Nenhum clube conseguiu manter a média inglesa até o momento (e nem deverá manter), sendo o melhor colocado o Grêmio com 0. Em relação à campanha do ano passado, estamos equivalentes.
COPAS – Considerando que a luta pelo título aparenta continuar uma luta similar à da Libertadores, pode-se prever um aumento da pontuação necessária para a principal competição sulamericana: a previsão era de 63, passou para 64 e agora bate nos 65 pontos, sem tendência. Antes que se arranque os cabelos de desespero,algumas considerações menos pessimistas: a) dos 65 pontos não passa; b)tivemos anos em que o quarto lugar teve 61 pontos, mas a disputa era mais destacada pelo título, o que diminui a pontuação dos demais; c) este é o pior cenário possível, assim que algum dos 6 postulantes cair (o primeiro pode ser o Vitória) a tendência é que o número caia.
Contudo, é quase certo que o quarto lugar ao final do turno tenha mais que 32 pontos,projetando-se aí uma conta simples de 64 ao final. Não ocorre exatamente isso, porque o turno sempre é diferente do returno (19 jogos, número ímpar, alguns times jogam mais em casa do que os outros); e na reta final o acirramento da disputa de baixo costuma tirar pontos anormais dos que disputam em cima (lembrem-se que Vasco perdeu Libertadores para o Figueirense, o Palmeiras perdeu para o Atlético MG em casa, tudo por culpa da luta pela Sulamericana que, nesta altura do campeonato, ainda não é nada de especial).
Eventual vitória sobre o Cruzeiro, portanto, tem mais esse papel de nos colocar bem na disputa pela Libertadores, pois os dois jogos restantes no turno permitiriam a manutenção no G4 sem problemas.
Quem, já se pode dizer, está fora da luta pelo título é o INTERNACIONAL. Precisa de 52 pontos em 22 jogos, quase 2.4 por jogo, média jamais alcançada por qualquer clube em pontos corridos. Terá em breve a Sulamericana, tradicional xodó colorado e com dois Grenais que chamam a atenção. A luta aqui é pela Libertadores, que já está um pouco longe, 43 pontos em 22 jogos é campanha de campeão brasileiro. Detalhe: o dificílimo jogo do Flamengo contra o Inter, na 22ª rodada, é num domingo as 18h10 no Beira-Rio, 3 dias antes do Grenal decisivo pela Sulamericana. Não é nada impossível que o colorado poupe jogadores contra o Fla, até porque deverá perder mais pontos irrecuperáveis até lá: sai agora contra Fluminense e Cruzeiro.
O efeito concentrador dos pontos continua a afetar as demais disputas. A pontuação de corte da Sulamericana continua com 1.2 pontos por jogo, muito abaixo da média histórica. Normalmente, 1.2 pontos por jogo é a pontuação para se escapar do rebaixamento na última rodada, o que mostra como os 6-7 clubes de cima estão polarizando os pontos. Esta tendência não deve prosseguir, na medida em que os clubes de baixo arrancam forças no desespero (ou em reforços, caso do Santos) e os que caírem do andar de cima perderem o interesse pela disputa menos nobre abaixo. A previsão aqui continua nos 50 pontos, o que já é bem pouco, e com tendência de baixa. Vasco e Botafogo já estão na zona de classificação, mas respectivamente a -9 e -6 do G4, razão pela qual é difícil pensar em vôos mais altos, especialmente com a alta pontuação de cima. No caso do Vasco, a ilusão de chegar a uma Libertadores já é desenganada pela matemática 46 pontos em 22 jogos é campanha bem superior à do São Paulo ano passado.
REBAIXAMENTO – Se a concentração de pontos é sentida na luta pela sulamericana, imagine na luta pelo rebaixamento. 1.1 pontos por partida já são suficientes pra se salvar e, considerando tradicionais arrancadas finais, ela deve subir para 1.2, média histórica. A previsão aqui continua nos 42 pontos. No que toca ao Flamengo, seria bom que Goiás e Atlético PR não se situem nessa zona, ou sejam rebaixados com alguma antecedência: afinal, iremos enfrentá-los nas duas últimas rodadas e seria muito útil o desinteresse do adversário em tais jogos. Já o rebaixamento antecipado do Ipatinga, Santos ou Fluminense é absolutamente desinteressante para o Fla, pois os enfrentaremos no início do returno; é bom que eles se mantenham interessados e tirando pontos dos advesários na reta final.
Tendo iniciado o ano na nona colocação (era a pior desde 1973), o Flamengo é hoje o sétimo colocado no ranking histórico dos Brasileiros, com 1261 pontos ganhos, 4 à frente do Atlético MG e empatado com o Palmeiras. O quinto é o Vasco, com 1285, a +24; o sexto é o Corinthians com 1278, a +17 mas que não pontuará este ano e provavelmente será ultrapassado.
Contra o Cruzeiro, o Fla tem desvantagem que pode ser igualada esse ano em Brasileiros: são 11 vitórias e 13 derrotas. No geral, empate com 23 vitórias para cada lado e 21 empates.. Confrontos importantes na história foram vários: quartas de final da Copa do Brasil 1995, 1x0 no Mineirão, gol de Sávio no último lance, e 1x1 no Rio. Pela semifinal da supercopa 1995, 1x0 no Mineirão no dia do centenário do Flamengo, gol de Ronaldão de cabeça, e 3x1 no Rio. A semifinal da Copa de 1996 teve outro duelo, 1x1 no Rio e 0x0 no Mineirão. Os clubes também fizeram duas semifinais da Copa dos Campeões, em 2001, 0x0 e 3x0 Fla, baile de Petkovic; no ano seguinte o troco mineiro com 1x2 no Castelão. A final da Copa do Brasil de 2003 teve o confronto mais importante, com 1x1 no Rio e 1x3 no Mineirão.
Ano passado, 3x1 Flamengo no Maracanã.
O Flamengo nunca havia liderado na história dos pontos corridos e liderou por dez rodadas esse ano. Está há vinte rodadas seguidas na zona de libertadores, mas pode sair dela se não vencer no domingo e com combinação de resultados.
Faltam 46 pontos para o título (média de 2.09 por jogo), 37 para a Libertadores (1.68 por jogo), 22 pontos para a Sulamericana (1 por jogo) e 14 pontos para a Série A 2009 (média de 0.63 por jogo). A campanha atual do Flamengo é de 1.75 por jogo.
O Fla já conquistou 38% do hexa, 43% da vaga para a Libertadores 2009, 56% da sulamericana 2009 e 66% da permanência na Serie A.
Por: Marcus Talamasca
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