Nestes últimos dias, após a boa partida do argentino Maxi contra o Fluminense, recomeçaram os comentários sobre a possibilidade de ele ter a sua primeira oportunidade como titular sob comando de Caio Júnior. Muitos, inclusive eu, querem muito ver o "baixolinha" atuando mais com a camisa do Flamengo.
Esquecido no elenco por Joel e conseqüentemente sem oportunidades, cheguei a pensar que Maxi iria deixar o clube a qualquer momento. Enganei-me. Ao contrário do que pensei o argentino não fez como muitos que "correm da raia" nos momento difíceis. Ele permaneceu no clube e declarou que não desistiria da maior oportunidade de sua vida. Maxi tem noção da dimensão do que é jogar no Flamengo e intuitivamente começou a amar o clube. Mesmo em condições adversas ele mostra determinação. Sua raça começa fora de campo, refletida por seu caráter lutador.
Recebeu inúmeras ligações de sua família pedindo o seu retorno já que não conseguia se firmar no Flamengo. Resistiu veementemente. Seu pai muitas vezes alegou que ele já deveria ter espaço no time e questionou o porquê ainda não havia o conseguido. Maleavelmente Maxi teve que convencer seu pai que conseguiria se destacar no time mesmo com todos os problemas. Somente agora sabemos da sua insatisfação com os "métodos seletivos" de Joel Santana. Esse era o motivo para que ele permanecesse sem chances.
Com a chegada de Caio Júnior, Maxi renovou suas esperanças. E isto tem se refletido em seu comportamento nos treinos e em seu ânimo. Parece que agora tem certeza que a oportunidade que ele tanto espera virá. E nós, torcedores, também nos animamos com esta possibilidade, já que enxergamos no Maxi um jogador com qualidades quase extintas no futebol.
Essas qualidades puderam ser observadas no pouco tempo em que ele esteve em campo. Velocidade e ousadia fazem deste argentino um jogador raro no futebol brasileiro. Encontrar um jogador que “parta para dentro” como ele faz esta difícil atualmente. Não podemos perder um valor desses.
Desde que começou ele encontra dificuldades em sua carreira. Não teve grandes oportunidades no futebol argentino devido a sua baixa estatura. Para não abandonar sua carreira foi obrigado a migrar para o futebol do Paraguai, recomeçando a sua carreira no modesto Sportivo Luqueño. Destacou-se. Tornou-se o camisa 10 do time e com suas arrancadas levou o clube paraguaio ao título do Torneio Apertura. Após isso recebeu o convite de jogar no Flamengo. E desde então sua carreira parece ter se estagnado.
Isso mudará, tenho certeza disso. Caio Júnior tem a visão necessária para usar esse jogador em prol do Flamengo. Em alguns de seus treinos, já o testou até como meia-ofensivo, assim como jogava no clube paraguaio. Enfim, resta a nós e ao Maxi a esperança de um novo tempo com Caio Júnior no comando, onde os melhores jogam e onde se conquista a vaga pelo esforço e não pelo afeto. Que comece, de fato, uma nova era no Flamengo.
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