Mostrando postagens com marcador Independiente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Independiente. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Copa Sul-Americana 2017 - 2º jogo da final: Flamengo 1 x 1 Independiente


À exemplo de 1995, o sonho de terminar a temporada de fracassos com um título foi por água abaixo. Tanto lá quanto cá, os graves problemas antes e depois do jogo se repetiram, que vão merecer um capítulo à parte.

Outra vez ocorreu invasão, brigas, gente pisoteada e muita confusão. Um clima absurdo de guerra, de ameaças tomou conta dos entornos do Maracanã. Presenciei antes do jogo diversas crianças e famílias não conseguindo entrar no estádio porque as bombas, a correria e o gás de pimenta eram intensos. E depois do jogo era assustadora a quantidade de bombas voando, tiros disparados, grades sendo arremessadas, pessoas desesperadas sem saber para onde correr e a bandidagem roubando quem passava.

Falha grave da segurança pública de um falido Rio de Janeiro, e também do Flamengo, que deve receber uma dura punição. Afinal, era de conhecimento público que teriam invasão e brigas, e foram incapazes de armar uma barreira para só acessar a área perto das entradas quem tivesse com o ingresso.

O Rubro Negro perdeu uma chance imensa de criar uma casca em competições sul-americanas, após duas eliminações seguidas na fase de grupos da Libertadores. Ganharia moral derrotando uma equipe de tanta tradição sul-americana e daria fôlego a um elenco que lutava para parecer cascudo, pelo menos nessa competição. Eram so aparências. O time mostrou que segue sem nenhuma estrutura psicológica e expôs sua frágilidade em termos de organização, diante de um adversário muito melhor prostrado, que não se abateu com o ambiente hostil e muito menos com o gol sofrido. Mostrou porque são de fato "os reis de copas".

O gol perdido pelo Éverton logo no começo foi um mal sinal. Uma finalização bizarra, sem olhar, diante de um goleiro que já estava caído.

Se Diego fazia outra uma partida bem ruim, Paquetá realizava jogo de gente grande e experiente. Impressionou a tranquilidade, a frieza. A bola grudava no pé e ninguém tirava. Já havia marcado no Maracanã pela final da Copa do Brasil, voltou a balançar as redes agora pela final da Sul-Americana.

Porém, a vantagem e a euforia duraram pouco. Em um pênalti muito mal marcado pelo árbitro de vídeo, o Independiente chegou ao empate. Como conseguiram ver a penalidade, em um jogo onde poucos contatos físicos eram marcados, é uma incógnita.

Aliás, a arbitragem também merece um capítulo à parte. Os absurdos três minutos de acréscimos em cada tempo, após um longo período para decidir sobre o pênalti, a contusão do César que ficou mais de cinco minutos sendo atendido no gramado e as seis substituições, além de a todo momento o árbitro mandando voltar para que se cobrasse a falta no ponto exato onde ocorreu.

Merece discussão se a arbitragem de vídeo não vai funcionar também para avisar pro árbitro que o jogo ficou paralisado por tantos minutos. Em suma, uma vergonha.

No segundo tempo um Flamengo morto, sem forças para reagir, sem saber como chegar na área do Independiente. Se não fossem as bolas erguidas na área, não teria levado perigo algum. A única jogada individual foi com Paquetá, que merecia outro gol pela categoria.

Por pouco Réver não marca de cabeça e no rebote, no último minuto. O Independiente com mais espaço, valorizava a posse de bola, não recuou tanto como na Argentina, não ficou esperando o time do Flamengo e ficou perto da virada, se não fosse Juan salvando em cima da linha.

Por fim, Rueda foi obrigado a usar a base, e jogar com atletas de 16 e 17 anos em plena final sul-americana porque as super contratações da diretoria não resolveram.

A única que deu certo foi de Diego Alves, e só veio por apelo da torcida, que pressionou pelas redes sociais. Todas deram erradas ou não foram utilizadas quando deveriam. Muito dinheiro gasto, muita contratação furada e um planejamento que gastou muita grana para pouco resultado.

Mas o trabalho do Rodrigo Caetano segue indiscutível. O atual vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba, já até anunciou que o executivo está garantido para 2018, tudo capitaneado pelo presidente Eduardo Bandeira, que até outro dia comandava diretamente o futebol (não que hoje tenha se afastado) e Fred Luz, CEO do clube.

O Flamengo saiu derrotado em várias frentes, em todos os sentidos na noite dessa quarta-feira, e conseguiu até arrastar a torcida para o meio desse furacão.


****************


O Ninho da Nação foi convidado pela Bumbet, site de jogos on-line e patrocinador oficial da Copa Sul-Americana para assistir o jogo da final no camarote da empresa. Parabéns à turma pelo ótimo ambiente e serviço proporcionados aos convidados. Se tivesse vindo o título, teria sido uma noite Rubro Negra perfeita.


terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O histórico de Flamengo x Independiente

1995

Era 6 de dezembro de 1995, ano do centenário, e o Flamengo precisava de um título para salvar a temporada, que havia começado esperançosa, com a contratação de Romário, campeão do mundo, que se juntou ao jovem Sávio, formando com Edmundo o que deveria ter sido o "melhor ataque do mundo".

O Flamengo já havia perdido o título estadual no gol de barriga de Renato Gaúcho, havia sido eliminado da semifinal da Copa do Brasil para o Grêmio de Felipão e fazia um Brasileiro miserável. 

A última esperança era a Supercopa dos campeões, torneio que reunia os campeões da Libertadores. A campanha era boa: havia eliminado o Vélez da Argentina, Nacional do Uruguai e o Cruzeiro. Já o adversário, das três classificações, duas foram obtidas nos pênaltis.

No primeiro jogo, sem Edmundo, que havia se envolvido no acidente de carro que provocou a morte de duas pessoas no Rio de Janeiro, o Independiente fez 2 x 0, com o jornalista Apolinho de treinador da Gávea.

O primeiro gol argentino foi relâmpago: logo aos 40 segundos. Segundo relato do jornal, Romário e Sávio faziam uma partida apagada. O jogo seguia quente, com muitas faltas. Aos 27 minutos do segundo tempo, quando o Flamengo era melhor, o Independiente marcou o segundo.


Aqui o histórico com as notas e comentários sobre as atuações dos jogadores sem firulas: "mal na defesa, pior no apoio", "cobrança de falta bisonha" e "noite horrorosa".


O time voltou pro Rio com a missão de encerrar a temporada com o título, após altos investimentos feitos para o ano do centenário:


O Maracanã recebeu mais de 105 mil torcedores. As catracas foram arrebentadas e houve invasão do estádio. Uma mulher foi pisoteada e faleceu dias depois.

Porém, o resultado não veio, e o centenário terminou de forma trágico. Apenas 1 x 0 aos 16 minutos da etapa final com gol de Romário não foi o suficiente:


E as notas com os ótimos comentários: "Horroroso", "Nem cruzamento de bola parada acertou", "Inútil como cabeça de área". 



1999

Quatro anos depois, Flamengo x Independiente se cruzaram novamente, porém, dessa vez, pela quarta de final da Copa Mercosul em 1999. O último título relevante havia sido em 1992, apesar da vitória contra o fortíssimo Vasco no Estadual daquele ano, recém campeão da Libertadores no ano anterior.

Na última rodada da fase de grupos o Flamengo precisava de vencer por diferença de quatro gols para conseguir a classificação. Romário tratou de garantir a vaga marcando os quatro. Com 35 minutos do primeiro tempo, a missão já estava cumprida. Terminando com um sensacional 7 x 0 contra o Universidad do Chile.

No primeiro jogo da quartas de final, empate com sabor de heroísmo. Com dois a menos o Flamengo segurou como pôde o 1 x 1 em Buenos Aires. 

A história do jogo conta que Beto foi expulso no primeiro tempo e mesmo com um homem a menos, Fábio Baiano abriu o placar. Na etapa final, Reinaldo também foi expulso. Os argentinos empataram e Clemer pegou tudo para segurar o importante resultado e decidir a vaga no Maracanã.


Os preparativos para o jogo de volta foram animadores: quem comprasse ingresso até às 18h no metrô da Gávea ou no Maracanã garantiria também o ingresso para assistir o jogo contra o Santos pelo Brasileiro para garantir o G8. (Não adiantou muito, porque o Rubro Negro perdeu por 1 x 0 gol de Dodô. Ato contínuo, na última rodada, com todos os resultados favoráveis para voltar a entrar na zona de classificação do Brasileiro, acabou perdendo para o Juventude por 3 x 1. Foi justamente no Sul do país a última partida de Romário pelo Flamengo. A partir da semifinal da Mercosul em diante, quem deveria resolver era Lê, Reinaldo, Caio e cia)

Sem Reinaldo e Beto expulsos na Argentina, os problemas de contusão eram inúmeros: Fabão, Jorginho, Leonardo Inácio, Rodrigo Mendes, Caio e  Marco Antônio também desfalcam o elenco do Carlinhos, que contou com apenas cinco suplentes no banco de reservas: Júlio César, Juan, Ronaldo, Maurinho e Lê. 


Com menos de 24 minutos o Flamengo já atropelava o Independiente por 3 x 0: Leandro Machado aos 10, Fábio Baiano aos 15 e Romário aos 24. E aos 11 minutos do segundo tempo, Leandro Machado marcou seu segundo gol.


A vaga para a semifinal estava garantida e o adversário seria o Peñarol.


2001

Após um começo horrível na Copa Rio-São Paulo, quando o Flamengo fez sua pior campanha na história, o sol começou a brilhar na Gávea. 

Na disputa pelo título da Taça Guanabara, decisão contra o Fluminense, pênaltis, e o gol espírita de Cássio, após defesa do goleiro tricolor, a bola quica e entra de mansinho. O Vasco venceu a Taça Rio e novamente os dois rivais estavam na disputa pelo Carioca.

Primeiro jogo, vitória vascaína por 2 x 1. O Flamengo precisaria de ganhar por dois de diferença para ser campeão. Vencia por 2 x 1 até os 43 minutos do segundo tempo, quando Petkovic fez o histórico gol de falta, que rendeu o tricampeonato carioca, ambos conquistados em cima do rival de São Januário. 

Logo na sequência, embalado pelo título carioca, nova conquista: Copa dos Campeões, torneio que reunia os campeões estaduais e o campeão se classificaria para a Libertadores do ano seguinte. No primeiro jogo da decisão contra o São Paulo, vitória por 5 x 3, no segundo, derrota por 3 x 2. Pet novamente marcou outro golaço de falta, o segundo, que garantiu a conquista. Em poucos meses, dois títulos seguidos, e a classificação para a Libertadores do ano seguinte. 

A temporada deveria ter sido animada, no entanto, no decorrer do ano, novamente um Brasileiro tenebroso, lutando para não ser rebaixado. 

Outra vez o clube joga todas as fichas na Mercosul. O espírito era bem diferente: primeiro lugar do grupo 2 com apenas uma derrota e novamente o adversário nas quartas de final era o Independiente. 

Primeiro jogo da final, uma boa atuação do Flamengo, que criou as melhores chances, mas não conseguiu marcar. O empate sem gols estava de bom tamanho:


Vésperas do jogo de volta, que foi disputado em Brasília, problemas internos entre as duas estrelas da equipe: Edilson e Petkovic. Tudo começou quando o gringo se recusou a assinar uma camisa com os dizeres: "Edilson 100%". Sem condições de saúde pra contornar os problemas do vestiário, Zagallo transferiu a responsabilidade para a diretoria, que também nada fez.


Com esse clima, o Flamengo novamente goleou o Independiente por 4 x 0 e garantia a vaga na semifinal contra o Grêmio.

Graças à trégua entre as duas estrelas da equipe, após apelo dos próprios companheiros, entre eles Julios César no gol, a dupla conversava através de passes dentro de campo e encaminhava a bela vitória. 

Com um a mais, Pet tocou para Edílson abrir o marcador aos 24 minutos. Na comemoração, os dois nem se olharam. Pet seguia endiabrado e deixou o zagueiro Juan livre para fazer 2 x 0 aos 25 minutos. Aos 34 minutos, escanteio novamente cobrado pelo gringo e Juan fez 3 x 0. Aos 24 minutos da etapa final, Edílson marcou de cabeça e liquidou a fatura.


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

A repercussão argentina da vitória do Independiente no primeiro jogo da final Sul-Americana

A vitória por 2 x 1 na primeira partida das finais da Copa Sul-Americana rendeu as tradicionais reportagens apaixonadas, dramáticas, típico dos argentinos.

O La Nacion destacou a mística da equipe argentina: "Independiente apelou para a mística e conseguiu triunfo contra o Flamengo, pelo primeiro jogo de ida da final da Copa Sul-Americana".

E completou: "Estar em uma final da Copa Sul-Americana e para os torcedores do Independiente é como se sentisse a alma voltando ao corpo".

O jornal destaca a juventude dos jogadores argentinos contra um Flamengo experiente e de jogadores rodados: "É uma geração de jovens que surgem no clube, que jogaram com personalidade como se fossem experientes: Alan Franco (21 anos), Fabricio Bustos (21), Martín Benítez (23) e Maxi Meza (25), contra um Flamengo que chega como favorito e tem em seu plantel jogadores experientes, com média de 27 anos, com histórico de várias finais em seu histórico, e que foram eclipsados pela maturidade e coragem mostradas pelos jovens do Independiente, que não se intimidaram pela pressão que vinha da arquibancada".

O Clarín destacou a seguinte manchete: "De menor a maior", destacando que o Independiente deu o primeiro passo rumo à glória. E que no mítico cenário do Maracanã vai buscar tentar ganhar mais um título internacional, após sete anos.

E as capas dos jornais argentinos dessa quinta-feira:


Copa Sul-Americana 2017 - 1º jogo da final: Independiente 2 x 1 Flamengo


Nos primeiros 90 minutos da decisão da Sul-Americana, diante de um punhado de vermelhos, que lotou o estádio "Libertadores de América", o Flamengo abriu o placar, mas permitiu a virada contra o Independiente por 2 x 1 e vai precisar de vencer por pelo menos dois gols para erguer a taça no Maracanã.

Sem gol qualificado, uma vitória simples Rubro Negra e a decisão vai para a prorrogação, seguida de pênaltis.

Em que pese a bonita festa e um estádio erguido na vertical para assustar qualquer mortal que nele pisar, o Flamengo iniciou a partida como manda a cartilha: tocando bola, agredindo o adversário e não aceitando pressão.

Em cobrança de falta, o Rubro Negro já apresenta logo de cara sua principal arma nessas últimas partidas sul-americanas: a bola erguida na área para subida dos zagueiros. Trauco cruzou na medida para Réver abrir o placar aos 8 minutos.

Tensão na arquibancada e um Independiente assustado com o gol logo no início. O Flamengo parecia um time copeiro, não se intimando por jogar fora e tratou de continuar trabalhando a bola e chegar com perigo.

Aos 20 minutos faltou pouco, mais muito pouco mesmo para Juan quase ampliar o marcador, após cruzamento do Diego.

A partir daí o Flamengo começou aos poucos a recuar. Estava disposto a sofrer um pouco e a bola teimava em não parar mais no ataque. Era um bate e volta desgraçado e pressão do Indepediente, liderado por Mesa, Benitez e Barco, que trocavam freneticamente de posição, arrumavam boas triangulações e começavam a chegar com perigo, novamente nas costas do Trauco, que já havia sofrido um bocado com a dupla "Chará-Téo" do Atlético Júnior.

O duro é que o time conseguiu sofrer, aguentar a pressão, César fez boa defesa em cobrança de falta, Pará se jogou para impedir um gol certo, e me leva gol de contra-ataque.

Bola com Éverton Ribeiro, que resolve fazer graça no ataque e perde a bola. Velocidade fulminante do adversário, que consegue o empate aos 32 minutos.

Jogando com três meias, sendo que novamente dois desses não faziam uma boa partida, faltava profundidade pro time ficar mais esticado e não embolar o meio de campo. Faltava velocidade para Diego e Éverton Ribeiro empurrar o time pro ataque e tentar se aproximar do Vizeu, muito isolado e sem a capacidade de dominar os chutões que recebia.

Outra vez Rueda é incapaz de corrigir o problema antes de acontecer o dano fatal, é incapaz de antevê o que está escancarado. Logo aos 10 minutos, veio o castigo: jogada de Barco pela esquerda, Arão atrapalha a marcação, e Mesa marca um belo gol para fazer 2 x 1.

Exatamente um minuto depois, aos 11, entra Éverton no lugar de Paquetá. Aos 26 minutos Vinicius Jr entra no lugar do Diego.

Com a virada, o temor era que o Indepediente viesse pra cima para tentar liquidar a fatura em seu território, aproveitando-se da semana livre que teve de preparação e de um Flamengo que carrega nas costas o peso de mais de 80 jogos e uma maratona de voos fretados. Porém, à exemplo da semifinal contra o Libertad, quando os argentinos abriram 3 x 1 no primeiro tempo e jogaram na defesa no segundo tempo, outra vez repetiram a estratégia.

Com as substituições, o Rubro Negro consegue pressionar e empurrar o adversário. Dessa vez Éverton Ribeiro mais centralizado, achou dois bons passes para Vizeu e Éverton Cardoso.

Pela direita, Vinicius Jr se virava para arrumar espaço e criar as jogadas.

O Flamengo pressiona, o Independiente sofre e consegue segurar a pressão, pois joga mais concentrado e sem errar, ao contrário do Rubro Negro.

Agora o time da Gávea terá uma semana limpa para se preparar, rever a escalação de Diego e Éverton Ribeiro juntos, para tratar de ganhar o título no Maracanã.

É possível!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Clarín: "Independiente necessitará de sua mística copera para superar o Flamengo"


Reportagem do Clarín invoca a a mística copera para superar o Flamengo na final da Copa Sul-Americana, "que apostou na Libertadores e terminou com a ilusão da Sul-Americana".

Segundo o jornal, a equipe do Independiente chega à final com merecimento, mas tem detalhes que precisam ser ajustados, principalmente no sentido de dar continuidade ao rendimento durante todo o jogo, pois, nas semifinais contra o Libertad mostrou muita intensidade no primeiro tempo, quando marcou três gols, (fez 3 x 1) e mostrou desnível na segunda etapa, recuando por demais, e que essa oscilação, "contra um rival superior, como parece ser a equipe brasileira, pode ser grave". Que o objetivo é ser intenso o máximo de minutos.

A torcida pela mística é tamanha, que o jornalista Nahuel Lanzillotta fez uma crônica explicando "O que é a mística?"

E cita diversos jogadores que fizeram história no Independiente, relembra as sete conquistas da Libertadores, em que pese não ganhar uma há 33 anos, as 18 finais sul-americanas, só perdendo três.

Por óbvio, lembra do título de 95 no Maracanã contra o Flamengo: "mística é levantar a Supercopa dos campeões de 95 e bailar de carnaval no Rio de Janeiro no Maracanã repleto de Rubro Negros de um Flamengo de Romário".

E termina:

"Mística é cair no inferno e ser empurrado por demônios (como sua torcida é conhecida) para voltar a levantar-se e disputar outra final de copa, como essa noite contra o Flamengo. Mística é jogar na Libertadores da América (nome do estádio do Independiente), desbravando e reeditando épocas douradas".

La Nacion: "Em 16 anos, nunca houve uma final de Sul-Americana com duas equipes de tão grande prestígio"

Após sete anos, o "rei de copas" está de volta a uma final sul-americana.

Segundo o impresso argentino, em 16 Copas Sul-Americanas, não houve uma final de tamanho prestígio como esse de 2017 entre Flamengo x Independiente:


Na única decisão entre as duas equipes, o Independiente conquistou a Supercopa dos Campeões, torneio que reunia os campeões da Libertadores, após vencer em casa por 2 x 0 e perder por apenas 1 x 0 no Maracanã.

A última final de Sul-Americana da equipe argentina foi em 2010 contra o Goiás, nos pênaltis.

Porém, dessa vez será um Flamengo x Independiente:


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Final da Copa Sul-Americana 2017: raio-X de Flamengo e Independiente

Confira:


A ótima de coletiva de Reinaldo Rueda um dia antes da decisão da Sul-Americana


Reinaldo Rueda concedeu coletiva nessa noite e foi certeiro em diversos pontos.

A ideia de jogar pensando em decidir no segundo jogo costuma não dar certo. O objetivo e foco deve ser a partida dessa quarta-feira: "Temos 180 minutos, mas o principal é o primeiro jogo. Se amanhã vamos bem, estamos próximos de ganhar. Precisamos de muita concentração. Não podemos deixar o rival tomar confiança. Jogo importante para nós não é o jogo de volta, mas sim o de amanhã ".

A vaga para a fase de grupos, conquista no domingo, não é o fim, pelo menos para o colombiano: "Precisamos não ser conformistas, só com a vaga. É um prêmio para a vaga que conseguimos no domingo. Foi muito difícil, e é o que está vivendo Junior nesse momento. Poderíamos estar vivendo isso. Se perdemos contra Junior e Vitória, acabava todo o projeto".

Rueda cita o Atlético Junior, que foi eliminado pelo Flamengo na Sul-Americana e perdeu nos pênaltis nas quartas de final no campeonato nacional.

Segundo o treinador, os jogadores também estão se cobrando pelo título: "Depois do jogo se falou de evitar o conformismo, os jogadores estão se auto pressionando. Para Flamengo, não é fácil chegar à final. Flamengo não jogava duas Libertadores seguidas há 10 anos, não jogava final internacional há 16 anos".

Impossível não se lembrar da última final da Sul-Americana onde Reinaldo Rueda foi um dos promotores em entregar o título para a Chapecoense, após a tragédia que vitimou toda a delegação de Chapecó:

"O campeonato terminou como terminou a vida dos jogadores da Chapecoense. Não teria sentido aspirar um título. Por isso a decisão para que a Conmebol desse esse reconhecimento a Chapecó".

A torcida do Flamengo e Reinaldo Rueda merecem essa conquista.

La Nacion: "Flamengo convive com desgaste em sua última oportunidade"


Reportagem do La Nacion relata de forma fiel e certeira a expectativa do Flamengo para a grande final da Copa Sul-Americana:

"A final da Copa Sul-Americana contra o Independiente parece ser para o Flamengo o último salva-vidas para encerrar uma temporada de tormentos, onde conquistou o campeonato carioca e não alcançou nenhum dos objetivos principais, que eram a Copa Libertadores - onde se despediu na etapa de grupos, o Campeonato Brasileiro - que nunca esteve à altura do campeão Corinthians, e a Copa do Brasil - perdendo a final para o Cruzeiro nos pênaltis".

Destaca, no entanto, que o Independiente não enfrentará uma equipe debilitada e sem confiança pois, desde a chegada de Reinaldo Rueda, segundo La Nacion, o Flamengo conseguiu importantes conquistas.

Citando a classificação para a fase de grupos da Libertadores, com o triunfo marcante contra o Vitória por 2 x 1 pela última rodada do Brasileiro que, de alguma maneira, alivia a carga para a final da Sul-Americana.

A reportagem ainda narra a categórica classificação para final ao eliminar o Atlético Junior "que aparentava ser um rival maior do que realmente foi", destacando o surgimento do César, após dois anos parados, e do atacante Vizeu, em substituição ao Guerrerro.

Na zaga, o jornal destaca que o "veterano de mil batalhas" Juan e Réver são infalíveis no jogo aéreo, mas frágeis com a bola no pé. E que os laterais, Pará e Trauco, precisam realizar boas coberturas.

No meio de campo, afirma que nenhum ataque do Flamengo é realizado sem a bola passar nos pés do Diego, e por isso é o homem a ser marcado. Lembrando que Éverton Ribeiro não é o mesmo dos tempos do Cruzeiro.

Por fim, novamente outro jornal argentino cita o fato do Flamengo já ter realizado 81 partidas oficiais na temporada e que conta com vários desfalques, como Berrío, Guerrero, Diego Alves e Éverton.

Não tenham dúvidas: vão arrumar correria pra cima do Rubro Negro para tentar aproveitar do desgaste no ano.

As opiniões de Ariel Holan, treinador do Independiente, sobre a grande final da Sul-Americana


Em matéria do jornal Clarín, o jornalista Nahuel Lanzillotta destaca trechos da coletiva do treinador do Independiente, Ariel Holan.

Confira:

A falar sobre o jogo, o técnico toma o microfone para explicar conceitos. Ao se referir sobre a especial atfmosferta copera, o sentimento venceu a razão em suas palavras. E, em uma frase, Holan unifica a paixão e a lógica para resumir: "Temos que ser mais Independiente que nunca".

O treinador de 57 anos demonstra frieza, mas sem esconder o lado emotivo: "Tenho muitos anos como treinador e para essas circunstâncias a experiência é muito útil, porque justamente nessas horas é importante estar tranquilo e, mais do que tudo, transmitir tranquilidade para minha equipe".

E deu pistas da forma que pretende jogar contra o Flamengo: "Sempre é uma alternativa jogar com dois pontas por dentro, como já utilizamos, porém não é garantia que teremos eficácia", disse em referência a Emmanuel Gigliotti e Leandro Fernández atuarem juntos.

"Temos uma equipe muito competitiva, por esse motivo temos diferentes alternativas de jogo. Os últimos ajustes vão ser baseados no poder de fogo do rival. Será buscado uma forma detalhada de desequilibrar e neutralizar o rival"

Sobre o Flamengo, Holan: "É uma equipe que jogou mais de 80 partidas no ano, e está acostumado a jogar quarta e domingo. Tem atletas de muitíssima experiência e trajetória internacional e de grandes individualidades. E jogadores que podem resolver a qualquer hora, te obrigando a manter a atenção o tempo inteiro."

Sobre o Independiente: "Temos que ter posse de bola, jogar de forma fácil e simples e partir pra buscar a vitória, minimizando a margem de erro para não ser contragolpeado. E na hora de defender, tem que ser desde o primeiro homem lá na frente até o goleiro, como se fossem leões"

domingo, 3 de dezembro de 2017

Por não ter vencido o Santos, Flamengo faz operação de guerra para desembarcar em Salvador. Independiente folga na rodada e foca apenas na final

Após a belíssima vitória contra o Atlético Junior na Colômbia por 2 x 0, que garantiu a vaga na final da Copa Sul-Americana, o Flamengo fretou um voo e já desembarcou em Salvador na manhã de sexta-feira.

A mobilização tem sentido: o Rubro Negro precisa de vencer o Vitória, pela última rodada do Brasileirão, para garantir a vaga na fase de grupos da Libertadores.

Se tivesse vencido o Santos na Ilha, não precisaria de viver essa operação de guerra. Agora terá que entrar com time titular e jogar pra valer, para evitar o vexame de ver o Vasco, Botafogo, Atlético-MG e até o Chapecoense, ficarem à frente no Brasileiro.

Com os três jogos que restam para terminar a temporada, o Flamengo jogará oficialmente 83 partidas no ano. O recorde em sua história, igualando 1993.


****************


Rhodolfo foi punido pela agressão ao Vizeu e está fora. Já o atacante também foi punido, no entanto, o clube conseguiu efeito suspensivo e o jogador poderá entrar em campo. Não liberaram o efeito suspensivo para o zagueiro.

Com Juan poupado, a zaga deverá ser formada por Léo Duarte e Vaz.


****************


Enquanto isso, o Independiente, adversário do Flamengo na final da Copa solicitou e conseguiu: não entrará em campo pelo campeonato argentino e poderá focar exclusivamente na final da Copa Sul-Americana na quarta.