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terça-feira, 11 de junho de 2019

Gustavo de Conti: "A pressão no Flamengo foi maior do que eu esperava, mas era isso que vim buscar"


Gustavo de Conti conquistou o bicampeonato do NBB. Na temporada passada foi campeão pelo Paulistano, dessa vez, veio para o Flamengo e conquistou mais um título do NBB.

O blog entrou em contato com o treinador que, gentilmente, concedeu essa entrevista.

Confira:

O Flamengo quebrou duas marcas nessa temporada: foi o clube que teve a menor média de pontos sofridos (71,1 pontos por jogo) e a maior média de rebotes (42,3 rebotes por jogo) em toda a história do NBB. Eram esses uns dos seus objetivos? Qual avaliação que faz desses números para a conquista?

São dois fatores fundamentais para ganhar jogos e campeonatos. Um completa o outro. Defesa e rebotes. Esses números mostram a nossa supremacia na temporada e entram para a história do NBB.


Na temporada 2012/2013 o treinador José Neto escalou o paraguaio Zanotti justamente para anular o americano do adversário - na época Robert Day, do Uberlância. E deu certo, terminando com o Flamengo campeão. Dessa vez você escalou o Crescenzi pra tentar anular o David Jackson. E também deu certo, terminando como Flamengo campeão. Conte um pouco dessa estratégia deliberada em ter um jogador mais exclusivo pra marcação do que ofensivo, como seria o Deryk.

Não foi exclusivamente com essa função, mas sem dúvida o Crescenzi exerceu uma boa defesa sobre o Jackson. Coloquei também porque ele é um grande arremessador, e poderia preocupar a defesa de Franca, abrindo um pouco mais a quadra para o Flamengo


Nos segundos finais, com o Flamengo campeão, vimos um abraço e uma conversa sua com Varejão. Como foi a relação de vocês, seja no campo técnico e no campo pessoal. O que foi dito?

O Anderson é um cara muito especial. Não teve uma temporada fácil, com muitas dores, muita fisioterapia, jogando com dor muitas vezes. Ele é muito fácil de lidar, pois quer ganhar sempre. Naquele momento, apenas parabenizei e agradeci por toda temporada.


No terceiro jogo o Flamengo abriu 18 pontos e permitiu a virada. Na quinta partida abriu 17 pontos, levou 11 x 0, e só aí pediu você pediu tempo. Como funciona essa administração de pedido ou não de tempo. Passou um filme na cabeça de vocês de Franca outra vez virar o jogo?

Eu tinha certeza que não tomaríamos uma virada, como no jogo 3. Estávamos mais preparados e concentrados, mais prontos. Eu tenho que administrar os pedidos de tempo, pois só tenho 3 e tenho que deixar alguns para os últimos minutos, que são os mais importantes do jogo.


É sua terceira conquista de título no Pedrocão (uma com o Paulistano e duas agora com o Flamengo). Há um gosto especial por vencer na casa francana? Foram várias as provocações durante a semana. Qual seu sentimento após a conquista do NBB?

Tenho um respeito muito grande por Franca e por seu povo. São uma equipe muito tradicional e as provocações são normais dentro do ambiente do jogo. Nas últimas vezes, conseguimos fazer bons trabalhos no Pedrocao e sair com as vitórias, mas devo confessar que não é fácil.


Balbi exaltou muito a confiança que você depositou nele. Ele teve nos playoffs médias superiores de pontos, rebotes, assistências e eficiência. Qual sua análise sobre a temporada do argentino?

Ele é um grande jogador, versátil, inteligente, decisivo. Foi muito importante em toda a temporada. Teve uma adaptação muito rápido e excelente. Ele não precisa muito de confiança. Ele é um cara de muita personalidade é muito experiente.


Agora, ao fim da temporada, já visando a próxima, qual sua avaliação que faz do elenco? Onde precisa ser reforçado, onde você acha que não teve resultado suficiente?

Nosso elenco se completou muito bem. Foi muito bem montado, tanto é que os resultados estão aí. Cada jogador entendeu bem a sua função e a cumpriu com excelência. E foi somente a primeira temporada juntos. Espero que consigamos manter todos os jogadores e dar sequência ao trabalho.


Agora após uma temporada completa, qual sua avaliação em linhas gerais do Flamengo? No tocante a estrutura, torcida, expectativa, cobrança. 

Foi muito superior à tudo o que eu esperava. Estrutura superior, torcida mais apaixonada e vibrante do que eu esperava, diretoria muitíssimo competente e profissional, sempre dando muito respaldo ao trabalho e proporcionando as melhores condições. A pressão também foi maior do que eu esperava, mas era isso mesmo que eu vim buscar aqui no Flamengo. Eu gosto de pressão. Eu gosto dessa paixão, quero sempre ganhar. O Flamengo combina muito comigo, porque sou assim também. Inquieto, buscando sempre fazer melhor. Vamos buscar ainda mais títulos na próxima temporada.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Os preparativos para o segundo jogo da final do NBB: Franca x Flamengo, às 20h


O Flamengo entra em quadra nessa quinta-feira, às 20h, pela segunda partida da final do NBB contra Franca. No primeiro jogo, vitória Rubro Negro jogando no Maracanãzinho por 82 x 68.

Na fase de classificação, Franca venceu em casa por 84 x 77. Porém, na final do Super 8, torneio que reuniu os oito primeiros colocados do primeiro turno do NBB, no Pedrocão, o Flamengo foi campeão ao vencer a equipe paulista por 79 x 75.

Confira entrevista exclusiva com Gustavo de Conti, treinador do Rubro Negro:

No primeiro jogo da final foram 31 quintetos diferentes. Sem entregar o ouro pro bandido, mas como administra todas essas rotações? Tem tudo na cabeça? Ou há variantes de acordo com o jogo?

Quanto às rotações, não é nada programado ou “planilhado”. As substituições ocorrem de acordo com o que o jogo está pedindo, de acordo com o que o Flamengo está necessitando naquele determinado momento. Pode ser que em algum jogo futuramente façamos poucas trocas, isso não tem como prever, é a percepção do momento.

Qual o objetivo prático em sempre ter rotação alta? Franca fez 17, por exemplo.

Acredito que, no caso específico desse primeiro jogo, nós mantivemos sempre com muita energia e intensidade durante grande parte dos 40 minutos. Porém, como te disse, isso não é receita de bolo. As coisas variam de jogo para jogo, e as necessidades da próxima partida podem ser diferentes.

O Flamengo fez Franca anotar 20 pontos abaixo da sua média na temporada. O adversário é  forte nas bolas do perímetro e no jogo de velocidade. O Flamengo conseguiu anular essas duas armas?

Anular não, porém conseguimos diminuir bastante os pontos fortes de Franca. No entanto, trata-se de uma equipe tão qualificada que ainda terminaram o jogo com 40% nas bolas de 3pts.

Qual tem sido sua orientação pro Balbi? Chutador ou um armador clássico? Mesmo com baixo aproveitamento ofensivo, quase terminou com um triplo-duplo.

A orientação tem sido a mesma durante toda a temporada. Ele pode ser mais agressivo no ataque, pode também organizar mais, passar mais a bola. Ele tem capacidade para fazer, e tem uma leitura de jogo muito boa para saber em qual momento se comportar mais agressivo ou não. Ele tem a minha total confiança.

O duro jogo na semifinal contra o Botafogo, ao contrário de Franca contra Mogi, teve algum reflexo em quadra, na sua opinião?

Não sei dizer se foi melhor jogar uma série mais dura (Botafogo), ou uma série mais tranquila (Mogi). Nunca saberemos isso, mas independente dos adversários, o Flamengo sempre treina muito forte, em ritmo e intensidade de jogo mesmo, e isso nos ajuda muito a estarmos sempre preparados.

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Basquete: Os alucinantes 31 quintetos diferentes de Gustavo de Conti no primeiro jogo da final


No primeiro jogo da final contra Franca, vencido pelo Rubro Negro por 82 x 68, já com menos de quatro minutos, Gustavo De Conti promoveu as primeiras mudanças do quinteto titular: Saíram Deryk, Olivinha e Varejão e entraram Davi, Nesbitt e Mineiro.

Já Helinho só foi promover as primeiras mudanças faltando menos de três minutos para o fim do primeiro quarto.

O incomodo do treinador Rubro Negro teve a ver com uma defesa pouco agressiva, que dava muita liberdade para Franca. De Conti sabia que, na trocação, não seria possível ganhar de Franca. O jogo precisava ser mais agressivo na defesa e forte nos rebotes.

A rotação do treinador Rubro Negro foi intensa, como tem sido durante a temporada. Para isso montou um elenco farto, sem muitas estrelas como em outros tempos, é verdade, mas com jogadores atléticos, polivalentes e que lutam pelo rebote em todas as oportunidades. Até Varejão entrou no ritmo. 

Conforme já dito por aqui: na temporada regular, o Flamengo teve média de 43 rebotes por jogo. É o melhor número na história do NBB. E se não bastasse, foi o time que menos sofreu pontos na história do NBB: média de 70 por jogo.

Gustavo De Conti impôs a Franca impressionantes 31 quintetos diferentes. Foi com essa rotação que manteve a força física, defensiva e técnica durante a partida inteira. Fica difícil para o adversário manter a estratégia com tantas mudanças em 40 minutos.

Franca mandou em quadra bem menos: 17 times diferentes.

Os três quintetos que mais entraram em quadra do Flamengo foram:

Balbi, Deryk, Marquinhos,Olivinha e Varejão por 11:44
Davi, Balbi, Marquinhos, Mineiro e Nesbitt por 3:45
Balbi, Jhonatan, Marquinhos, Mineiro, Olivinha por 02:18

Total: 17:07 com nove jogadores diferentes.

Os três quintetos que mais entraram em quadra de Franca foram:

Elinho, Lucas, Cipolini, Jimmy e Jackson por 12:04
Alexey, Elinho, Lucas, Jimmy e Hettsheimeir por 05:33
Elinho, Lucas, Jimmy, Hettsheimeir e Jackson por 04:11

Total: 21:48 com sete jogadores diferentes.

O relatório completo está aqui.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Entrevista: Gustavo de Conti, treinador da equipe de basquete do Flamengo


O treinador Gustavo Conti concedeu, gentilmente, essa entrevista exclusiva para o blog.

Confira:


No primeiro dia útil após o título do Paulistano, o Flamengo te anunciou treinador. Como surgiu a proposta, o que foi dito pela diretoria e porque aceitou essa incumbência de treinar o maior clube do país?

Realmente o acerto com o Flamengo se deu bem rápido, muito por conta de ser o Flamengo,um clube que qualquer treinador que trabalhar, qualquer jogador quer jogar, então tudo aconteceu bem rápido mesmo, logo no domingo, depois do título do Paulistano, a gente já entrou em conversações. A vontade era de ambas as partes de acontecer um acerto, então tudo foi facilitado por conta disso.

A incumbência de ser treinador do Flamengo, que já tinha uma ideia da dimensão que é, mas que estou aprendendo dia a dia, que tudo isso aqui é muito gigante e é uma nação que está por trás de tudo, tudo é feito para a Nação Rubro Negra, então estou me ambientando, mas acho que nesse mês e pouco já estou me sentindo em casa, porque me identifico muito como modo que o Flamengo gosta das coisas. Vi um clube muito organizado, muito certinho, muito bem estruturado, e que tem essa gana por vitórias, essa raça, tudo combina com minha personalidade, então estou me sentindo muito bem aqui.


O Paulistano foi campeão mesmo estando atrás financeiramente de pelo menos quatro times do último NBB. Quando você sentiu que, mesmo sem dinheiro, seria possível montar um elenco forte para bater os principais rivais?

O Paulistano não é um clube que tinha tando dinheiro para investir em jogadores na temporada passada, mas sem dúvida nenhuma está entre as melhores estruturas do país. É um clube que assim como o Flamengo honra todos seus compromissos, dá ótimas condições para jogadores e treinadores trabalharem, tem ótima categoria de base, então isso diminui bastante os custos da equipe principal, porque sai muitos jogadores dali, então a cada ano a gente crescia um pouco mais e conseguia subir um degrau a cada ano, as vezes até mais rápido do que imaginava. Durante a temporada o time foi melhorando muito, dando muita confiança para todo mundo, e percebemos que já estávamos conseguindo jogar de igual para igual com todos os grandes times do NBB e que teríamos condições de brigar pelo título.


O Paulistano venceu as duas partidas contra o Flamengo no último NBB (72 x 67 e 72 x 71). Agora do outro lado, qual foi o segredo para conseguir tal feito? O que enxerga de dificuldade na antiga equipe Rubro Negra?

É difícil falar sobre as vitórias do Paulistano contra o Flamengo, porque eram jogos muito iguais, o segundo jogo aqui no Rio a gente abriu uma diferença maior, mas terminou em um ponto, o que posso falar é que minha equipe do ano passado estava com uma confiança muito grande e jogadores muito bem preparados. Tínhamos muita noção de onde queríamos chegar. Era um equipe que jogava de forma muito aguerrida, muito atlética, que revezava bastante, jogando com uma intensidade muito alta, é o que eu posso falar da equipe que eu treinava. Do Flamengo não posso falar porque não estava aqui. Mas sem dúvida nenhuma o Paulistano era uma equipe muito difícil de ser batida na temporada passada.


Tendo carta branca para formar o elenco do Flamengo. Percebe-se que são jogadores fortes atleticamente, velozes, para jogar em mais de uma posição, praticamente todos bons chutadores e pivôs rápidos. Quais suas ideias diante do elenco montado para o clube voltar a conquistar o brasileiro, apos duas temporadas na seca?

Você resumiu muito bem na pergunta, acrescento que são jogadores vencedores também, tanto os que continuaram da temporada passada, que já ganharam muitos títulos pelo Flamengo, quanto os que vieram, que são jogadores de nível de seleção brasileira, acostumados a jogar partidas importantes e a ganhar títulos, então acho que a equipe terá essa cara, um time brigador, uma equipe muito atlética - hoje o basquete exige isso, muita da parte física, é uma equipe que vai poder revezar bastante e jogar em alta intensidade. Espero que a gente possa entrosar o mais rapidamente possível para brigarmos por todos os campeonatos que fomos disputar nessa temporada.


O Flamengo não revela jogador há tempo. Qual o primeiro passo para voltar a ser celeiro de bons atletas. Qual sua missão nessa empreitada nesse sentido.

Isso foi uma das coisas que me atraiu bastante. Nas primeiras conversas com o vice-presidente Póvoa, e o Marcelo Vido, diretor de esportes olímpicos, ficou bem clara a preocupação deles com as categorias de base, revelar mais jogadores, de ter um olhar diferente para as categorias de base, que é uma coisa no qual identifico muito, então foi uma das coisas que me trouxe para cá também, que me atraiu. A vinda do Diego Jeleilate como gerente de basquete é fundamental para isso possa acontecer, é um cara que junto comigo no Paulistano teve uma experiência muito grande com isso. Nos últimos anos talvez tenha sido o clube que mais colocou jovens jogadores para jogar, que reabilitou outros jogadores mais velhos que estavam um pouco desacreditados, mas principalmente um olhar muito grande para as categorias de base, então a gente vem para ajudar, para trazer um pouco do fazíamos no Paulistano, da nossa experiência também para as categorias de base, para que possam surgir jogadores que integrem a equipe adulta em um menor prazo possível, que nas próximas temporadas a gente já tenha jogadores da base do Flamengo na equipe principal. E isso ajuda muito também na questão orçamentária, que você não precisa trazer jogadores de fora, que muitas das vezes são mais caros.


Você é um treinador de muita vibração e não exita em ser incisivo nas cobranças nos tempos técnicos. Foi nesse ritmo que mudou o Paulistano de patamar do basquete brasileiro. Como os jogadores reagem e se pretende manter esse se estilo no Flamengo?

Pretendo ser eu mesmo, fui contratado pelo Flamengo e toda diretoria já sabia como eu sou. Muitas vezes estas questões dos tempos técnicos, dos treinamentos transparece uma outra coisa, mas ali está todo mundo querendo ganhar os jogos. O jogador as vezes precisa de uma cobrança maior, o treinador precisa de uma cobrança maior, as vezes acontecem desentendimentos ali no tempo, no treino, no jogo, que são coisas totalmente normais para um ambiente de time de basquete competitivo que a gente vive, mas sempre com muito respeito, sempre sem levar nada para o lado pessoal. É uma cobrança para a gente se entender, pro time as vezes dar uma chacoalhada e melhorar, tudo pensando no bem coletivo, no bem da equipe, sem olhar o próprio umbigo e sempre para melhorar para as vitórias chegarem. É por isso que as vezes transparece uma coisa para as pessoas que estão de fora, mas verdade aquilo é uma coisa corriqueira que acontece o tempo inteiro nos treinos, para tudo sempre para o lado positivo

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Basquete: Gustavo de Conti é o novo treinador do Flamengo


Em 7 de novembro de 2017, na vergonhosa derrota para o time amador do Olimpia do Paraguai, em pleno Tijuca, pela Liga Sul-Americana de basquete, por 78 x 76, o blog pediu a imediata demissão do José Neto e a contratação de Gustavo de Conti, então no Paulistano.


Ao final da temporada, em entrevista aqui no blog, o vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa, citou o Paulistano como exemplo a ser seguido:


Enfim, chegou a hora: Gustavo de Conti, atual campeão brasileiro, assinou com o Flamengo por duas temporadas.

Agora o mercado começa a pegar fogo pra valer.