Patrícia Amorim afirma que investirá até R$ 15 milhões nos esportes olímpicos. Maravilha!!!

Excelente notícia: Patrícia Amorim investirá R$ 13 milhões nos esportes olímpicos, e pode chegar a R$ 15 milhões com novos aportes de patrocínios, é o que informa o site AHE.

Que beleza, será ótimo se esse valor for confirmado, até porque ano passado o Flamengo gastou R$ 45 milhões entre clube social e esportes olímpicos, mas só tinha uma renda de R$ 18 milhões.

Enquanto o carro-chefe do Flamengo, o futebol, teve um superávit de R$ 41 milhões. Pena que o resto do clube não acompanhou esse enxugamento.

O problema do balanço é que ele não informa o que foi gasto de fato com os esportes olímpicos e o que foi gasto com o clube no geral. Tentei durante o ano vários contatos com a assessoria do Flamengo e diretamente com a vice-presidente de esportes olímpicos, Cristina Callou, em vão.

Callou chegou a afirmar que adoraria ter a metade dos R$ 45 milhões e que o valor estava errado, mas infelizmente não respondeu qual seria o valor correto. O espaço continua aberto para as explicações. Inclusive para falar também do Instituto Rubro Negro, que nem sinal de vida deu mais.

A administração dos esportes olímpicos no Flamengo

Acredito que os esportes olímpicos devem ser tratados da seguinte forma: "Flamengo heptacampeão brasileiro, e ainda, campeão brasileiro de basquete, remo, natação, judô". Ou seja, devem ser tratados como um plus, um algo a mais para a história e tradição do Clube. O fato é que ninguém quer saber de título nesses esportes para substituir um fracasso no futebol: "Flamengo não foi campeão brasileiro de futebol, ah, mas conquistou o brasileiro de basquete". É mesmo? E daí?

Patrícia Amorim sempre diz que quer deixar um Flamengo melhor do que encontrou, pode até conseguir na estrutura do Centro de Treinamento, da Gávea, nas categorias de base intactas e com um time de futebol bem montado, mas o que foi gasto ano passado nos esportes olímpicos, segundo o balanço financeiro, é preocupante e pode apagar todos os possíveis legados de sua administração.

A receita do clube social e outros esportes aumentou de R$ 15 milhões para R$ 18 milhões, porém, a despesa cresceu de R$ 25 milhões para R$ 45 milhões, sem capital para isso. Vamos lá, suponhamos que um presidente não ligado aos esportes olímpicos ganha a eleição, como vai manter esses gastos? Como vai equilibrar o orçamento se quiser investir o dinheiro de direito do futebol apenas para o futebol, afinal, o carro-chefe do Flamengo teve um superávit de R$ 41 milhões, total foi de R$ 110 milhões em 2010 para uma despesa de R$ 69 milhões.

Evidente que mesmo com o futebol na luta e forte pelo título Brasileiro, não dá pra gastar indiscriminadamente e cometendo loucuras com esportes que por incompetência ou fatalidade não conseguem nem se manter, quiçá dar lucro. Com essas notícias de empréstimos bancários e condições de pagamentos assustadoras, temo pelo balanço do ano que vem. E não será pelo possível título brasileiro, que ficará escondido ou justificado.

Flamengo à caça dos R$ 40 milhões

A diretoria Rubro Negra atira para todos os lados a fim de conseguir os R$ 40 milhões para fechar seu orçamento. Se pedir empréstimo bancário, o Flamengo teria que pagar o mesmo valor de juros até 2015. Já a Globo só adianta a metade, é o que informa a coluna Painel Futebol Clube da Folha de São Paulo:

Chegou tarde. Após vários clubes já terem pedido à Globo adiantamento da cota do Brasileiro de 2012, o Flamengo bateu na porta da emissora, mas a resposta não foi das melhores. O time pediu R$ 40 milhões e ouviu que o máximo possível a ser liberado é R$ 20 milhões.

É demais. O pedido de adiantamento à Globo é questionado no clube. Os conselhos fiscal e administrativo do Flamengo entendem que não é necessário fazê-lo, já que o clube recebeu R$ 45 milhões em luvas neste ano.

Depois da matéria chapa branca, Edu Peixoto coloca a casa em ordem

Só o Edu Peixoto mesmo para colocar a casa em ordem no Globo Esporte/Flamengo. Aquela matéria do Janir Júnior e do Richard de Souza com a presidente Patrícia Amorim nem o site oficial faria.

Imprensa chapa branca e baba-ovo é detestável. Não é errado exaltar as boas coisas de uma administração, mas nem uma perguntinha sobre a dívida monstruosa? Nem um questionamento sobre como vai se fechar a conta com rombo do ano passado?

Lembrando: A dívida de curto prazo, aquela que deve ser paga até o final do ano, cresceu de R$ 151 milhões em 2009 para R$ 225 milhões em 2010.

Ou seja, a diretoria deve está precisando desses R$ 40 milhões para fechar essa conta de R$ 225 milhões até dezembro.

E o pior, esses R$ 40 milhões vão virar oitenta milhões a serem pagos em 48 parcelas até 2015!  E o mandato dela acaba ano que vem. 

Oras, assim é fácil manter a sede social bem cuidada. Não é assim que se trabalha com esportes olímpicos. Periga criar uma bolha e lá na frente alguém vai ter que assumir essa conta. 

Cristina Callou e a administração dos esportes olímpicos do Flamengo

A vice-presidente de esportes olímpicos Cristina Callou foi entrevistada pelo blog Esporte Rio, veja aqui. Entre outros assuntos, falou sobre o dinheiro do esporte amador, a falta de patrocínio para os esportes olímpicos e o projeto de reforma do Parque Aquático Fadel Fadel.

Ela afirma que os esportes olímpicos não são auto-sustentáveis e que entram na fila do já famoso regime de caixa único. Isso quer dizer que o dinheiro de todos os patrocínios, mais contratos de televisão, mais receita do Clube social entram em um único caixa e depois a verba é distribuída para cada departamento.

Segundo o balanço de 2010, a despesa dos esportes olímpicos/Clube social foi de R$ 45 milhões. Os gastos com os esportes olímpicos aumentaram em R$ 20 milhões, já no futebol o corte foi brutal: R$ 19 milhões, coincidência ou não, praticamente o mesmo valor. Bem diferente dos 5% que Cristina Callou afirmou na entrevista.

O Flamengo conseguiu aprovar lá no começo do ano cinco projetos através de um Instituto formado por ex-atletas olímpicos do Clube que somam cerca de R$ 9 milhões e contemplam oito modalidades: natação, pólo aquático, nado sincronizado, basquete, vôlei, remo, judô e ginástica olímpica. O prazo para captação é até 31 de dezembro renovável por mais um ano, porém, segundo o Ministério do Esporte, até agora só um projeto foi captado, o "Esportes Terrestres Individuais", com valor de R$ 225 mil, 1/5 do total do projeto. E já se vão quase um ano.

Foi comentado também que o Flamengo nunca teve na área de marketing um profissional exclusivo para os esportes olímpicos. O que se sabe é que quem estava lá pediu para sair. Trata-se de Alexandre Franklin. Vamos ver como Marcus Duarte, novo executivo profissional, vai resolver esse vazio.

E segundo Cristina Callou, já existe um projeto pronto para a reforma do parque aquático Fadel Fadel. O total é de R$ 4 milhões e agora está em busca de parceiros. Será que nenhuma empresa gostaria de ter um César Cielo como garoto propaganda e em troca reformaria as piscinas do Clube?

Patrícia Amorim tenta explicar o balanço de 2010. Vive uma realidade paralela

Não dá! O Flamengo vive uma crise política branca: não tem uma voz, um sopro de oposição para fazer um questionamento formal e pedir explicações sobre o terrível balanço do ano de 2010.

É marcante, onde estão os ex-presidentes? Os dirigentes influentes? Os que eram tarados por carta-aberta quando Zico estava lá? Onde foi parar a sanha investigativa dessa gente? Ah, devem esperar pro ano que vem, ano eleitoral, aí saem da toca.

A entrevista que Patrícia Amorim deu ao Superesportes foi um festival de embromations. O jornalista deve ter feito a entrevista por email, porque era só pegar o balanço e as contas para contradizer tudo que a presidente disse.

Patrícia diz que é simbólico que não mexeu nada no futebol, o balanço prova justamente o contrário. O carro-chefe do Flamengo sofreu um corte de R$ 19 milhões e conseguiu ter um superávit de R$ 41 milhões, mas nem o Clube social e os esportes olímpicos acompanharam esse enxugamento. A despesa cresceu de R$ 25 milhões para R$ 45 milhões, ficando com um déficit de R$ 27 milhões.

A presidente ainda fala do aumento no quadro associativo com mais dois mil novos sócios, mas no balanço a receita social aumentou apenas de R$ 15 milhões para R$ 18 milhões.

Ela disse ainda: "É preciso ter a sensibilidade de saber até onde se pode ir, o importante é que cada departamento tenha o seu orçamento e que no futebol ninguém mexe, muito pelo contrário". 

Seria perfeito se fosse colocado na prática, mas pelo andar da carruagem, 2011 não mudou em nada. Visto que a natação até hoje, desde a retomada do esporte, não conseguiu um, um patrocínio se quer. Quem banca?

Contrato de televisão aprovado: Fla tem em caixa R$ 45 milhões

Muito bem, contrato com a Globo aprovado, o Flamengo já tem em caixa para esses seis meses finais do ano R$ 45 milhões, já pro ano que vem, terá disponível R$ 98 milhões.

A voz lúcida que vem da Gávea, por incrível que pareça, é do presidente do Conselho Fiscal Leonardo Ribeiro, que em um acordo político entre os poderes do Clube, decidiu como será gasto esse dinheiro.

Para reforços serão gastos R$ 10 milhões.

Para o investimento do CT, R$ 8 milhões. Ou seja, o Flamengo já tem R$ 3,4 milhões (R$ 2,1 milhões da Ambev e R$ 1,3 milhões dos Tijolinhos) e a área do futebol profissional está estimada em R$ 8,5 milhões. Isso quer dizer que a diretoria já tem a verba para esse primeiro investimento e vai sobrar R$ 2,9 milhões para a segunda fase da obra.

E R$ 15 milhões serão destinado ao pagamento de impostos atrasados, só que esse valor é insuficiente, visto que só no ano passado, o Clube deixou de pagar R$ 18 milhões em impostos - ao contrário do que Patrícia Amorim dizia: "os impostos estão em dia", conversa fiada. O total da dívida tributária, excluindo a Timemania, é de R$ 52 milhões. Sendo assim, a tão sonhada Certidão Negativa de Débito vai ser adiada para o próximo ano.

Fazendo as contas desses valores divulgados, faltam ainda direcionar R$ 12 milhões restantes. Existem pagamentos de luvas em atraso, prêmios do título estadual em débito. Que coloquem a casa minimamente em dia, apesar de não está muito esperançoso não.

A dívida de curto prazo que deve ser paga até dezembro é de R$ 224 milhões. Tenho até medo de saber quanto desse valor já foi pago. E amanhã, já vamos completar seis meses sem patrocínio master, e agora com o contrato de televisão assinado não tem mais desculpas.

Extra publica matéria sobre o balanço de 2010. Diretoria se cala

O jornal Extra publicou uma matéria sobre o trágico balanço do exercício de 2010 do Flamengo. Não disse nada que os vários blogs já publicaram, e, diga-se de passagem, foram os primeiros a denunciarem as lamentáveis contas do primeiro ano de Patrícia Amorim.

Caio Barbosa tentou ainda falar com a presidente e o vice de finanças, Michel Levy, mas nenhum dos dois respondeu a ligação.

O que mais impressiona é o discurso de que os impostos estavam em dia e que o dinheiro do futebol não seria investido nos esportes olímpicos. Bobagem, os números provam justamente o contrário.

Relembrando: o futebol teve um corte de R$ 19,3 milhões nas despesas, e um superávit de R$ 41 milhões. Legal, daria pra investir no CT ou no pagamento de dívidas, nada disso aconteceu.

Todo esse lucro do futebol foi consumido pelos esportes olímpicos, para o pagamento dos salários atrasados do futsal (oito meses), basquete (quatro meses) ginástica (três meses), reformas na estrutura e obras emergências. Foram gastos um total de R$ 45 milhões (R$ 20 milhões a mais que 2009), porém a receita foi de apenas R$ 18 milhões (R$ 3 milhões a mais que 2009), um déficit de R$ 27 milhões.

E o dado mais alarmante são os impostos atrasados. Em 2010, cresceu mais R$ 18 milhões, chegando a exatos R$ 51.968.682.

Onde estão os ex-presidentes, que eram tarados por cartas abertas quando Zico estava no comando? E a oposição, sumiu? E os órgãos fiscalizadores, viraram aliados?

Que balanço é esse!?

O Flamengo divulgou o balanço referente ao exercício de 2010, e com um olhar leigo, foi catastrófico, inacreditável, surreal.

A dívida de curto prazo, aquela que deve ser paga até o final do ano, cresceu de R$ 151 milhões em 2009 para R$ 225 milhões em 2010. Ou seja, o Clube tem até dezembro para honrar com esse compromisso. Como isso cresceu assustadoramente é um mistério.

A receita do futebol foi de R$ 104 milhões em 2009 para R$ 110 milhões em 2010, a despesa caiu, de R$ 88 milhões para R$ 69 milhões. Superávit de R$ 41 milhões!

Mas observem o que aconteceu com o clube social e os esportes olímpicos: a receita aumentou de R$ 15 milhões para R$ 18 milhões, porém, a despesa cresceu de R$ 25 milhões para R$ 45 milhões. Déficit de R$ 27 milhões, um aumento de R$ 20 milhões de gastos e sem ter receita para isso, quem pagou?

Os gastos com os esportes olímpicos e clube social aumentaram R$ 20 milhões, mas a receita aumentou apenas R$ 4 milhões. Já no futebol a receita subiu R$ 6 milhões e o corte foi brutal: R$ 19 milhões. E quando se lembra do time ano passado, do Zico reclamando da falta de dinheiro. É...

Nos próximos dias o André Monnerat e outros mais capacitados vão fazer uma análise mais profunda. Mas é muito decepcionante e desanimador esses números. Não é assim que se investe em esportes olímpicos.