quinta-feira, 24 de maio de 2018

Libertadores 2018: River Plate 0 x 0 Flamengo


Após a sofrida vitória contra o Emelec na semana passada, o zagueiro Réver, em entrevista, disse que o time brigaria pelo primeiro lugar do seu grupo da Libertadores. Para tanto, teria que vencer o River Plate na Argentina.

Passada a euforia, mesmo com todos os principais titulares e arriscando jogadores pendurados - inclusive o melhor da equipe: Paquetá, o Rubro Negro foi um time que em nenhum momento jogou para vencer.

Não deu para entender esse planejamento. E ainda não poupou os titulares para o jogo que vale a liderança do Brasileirão, no sábado, em Belo Horizonte, contra o Atlético Mineiro.

Não sei se faltou vontade, simplesmente. O Flamengo continua desorganizado taticamente. O River permitiu nos dois tempos uns 10 a 15 minutos iniciais de sossego, depois, em ambos os tempos, avançava uma marcação pressão que impedia qualquer transição defesa x ataque quando o Rubro Negro recuperava a bola.

Diego Alves precisou ser acionado várias vezes e quase entrega um gol no final.

Foram 51 passes errados no total, indicando uma média de apenas 81% de acerto no passe, segundo o Footstats. É o pior número da temporada para uma equipe que teve apenas 40% de posse de bola.

Não dá pra dizer que só faltou vontade de vencer.

Não que o River tenha aplicado um massacre. Na verdade os argentinos criaram poucas chances e tentavam aproveitar os erros de passe do Flamengo.

Paquetá pecava por preciosismo, que precisa ser corrigido. No ataque, Henrique Dourado foi constrangedor. A bola não chega, ele também não cria as jogadas, não prende o marcador. Um troço inacreditável.

Faltou Everton Ribeiro assumir a sua importância nesse meio de campo. Das vezes que participou, foi bem. Porém, preferiu - sabe-se lá por qual motivo, ficar escondidinho na direita.

De resto teve um River Plate distribuindo porradas, um pênalti absurdo não marcado a favor do Flamengo, outra vez, e uma satisfação inexplicável pelo empate.

Tanto que a primeira substituição da equipe da Gávea foi somente aos 36 minutos, cansando ainda mais os titulares. E depois Marlos Moreno entrando aos 41, para jogar seus cinco minutos protocolares.

Na fase de grupo foram apenas duas vitórias (as duas contra o Emelec) e quatro empates. E a classificação garantida para as oitavas de final da Libertadores após três edições sendo eliminado. Pelo menos isso.

Porém, o futebol ainda continua pobre.

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