quinta-feira, 29 de março de 2018

Finalmente uma reação após um vexame: a limpa do futebol e a expectativa pelo novos nomes


O Flamengo já passou por eliminações bem mais constrangedoras e vexatórias do que essa na semifinal do Estadual e nunca houve uma reação como a que vimos hoje.

A gestão Eduardo Bandeira de Mello foi eliminado por 16 vezes e passividade sempre foi a regra.

Portanto, bendita bola na trave de Henrique Dourado, bendita eleição em dezembro.


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A demissão de Carpegiani era fava contada. Qualquer torcedor sabia que era questão de dias para seu fracasso dentro de campo ressurgir. Seu histórico com os últimos clubes já deveria ter servido de alerta antes de sua contratação. Lembrando que ele veio para ser coordenador e caiu de paraquedas na função de treinador, sem querer essa missão.

Que até começou interessante, buscando uma formação com apenas um volante e quatro meias, mas as dificuldades foram surgindo e o treinador não conseguiu resolver mesmo com um vasto elenco.

No jogo contra o Botafogo, Carpegiani fez cinco alterações do time titular. Voltou a utilizar Arão ao lado do Jonas. Arriscou com Éverton na lateral. Em 45 minutos um ridículo Botafogo derrubaram a semana livre de trabalho e as mudanças que não surtiram efeito. No intervalo, voltou ao esquema tradicional - saíram Jonas e Arão e entrando Cuellar e Geuvânio, e abusou dos cruzamentos como única jogada ofensiva: foram 45 cruzamentos com apenas seis corretos.

Com o placar em desvantagem, a incoerência de Carpegiani veio à tona: Marlos Moreno e Geuvânio, que nem foram relacionados nas últimas partidas, tiveram que entrar e precisavam resolver, mesmo sem ritmo de jogo.

Sem contar ter colocado Paquetá preso na linha lateral e tendo que marcar avanço pela esquerda. A ponto de brigar com Vinicius Jr, porque este teve a ousadia de inverter com o Paquetá. Que absurdo, não, alterar posição para tentar enganar a marcação!

Um festival de barbeiragens que lhe rendeu a demissão.


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Além do treinador, Rodrigo Caetano, o super executivo de futebol também rodou. Ninguém entendia tanta moral que o dirigente tinha, principalmente com os jornalistas, que sempre os bajularam.

Após ter nas mãos o controle do futebol por três anos, conquistou apenas um campeonato carioca, sendo eliminado 16 vezes. Na temporada passada valorizou essa conquista do estadual e comemorou um sexto lugar no Brasileirão.

Foram demitidos também Mozer e Jayme. Uma limpa completa. Faltou só Fred Luz.


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O vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba, em entrevista no vestiário após a derrota contra o Botafogo, prometeu uma sérias mudanças no futebol e cumpriu. Menos de 24h depois a limpa já havia sido realizada.

A verdade é que estavam todos acostumados com derrotas sem consequências e sem cobrança. O jogador do Flamengo tem que saber que se perdeu, terá reação. A mesma coisa para os dirigentes, nunca cobrados ou punidos por resultados ruins.

Segue o questionamento: se por acaso não tivesse eleição no final do ano as demissões teriam acontecido? Ainda mais sabendo que Lomba deve ser o nome do Bandeira para a presidência. Difícil saber.

O importante é que faltam 17 dias para a estreia do Brasileiro e 20 para a partida contra o Santa Fé pela Libertadores, onde a equipe vai jogar no Rio e pode fazer sete pontos faltando três rodadas e ficar muito perto de uma classificação para as oitavas de finais, após três Libertadores sendo eliminado na fase de grupos.

As demissões, as reações no futebol, vieram no momento certo. O Flamengo tem condições de ter os melhores profissionais em todas as áreas. Precisa investir pesado e acertar no alvo seus contratados.
Agora é aguardar os novos nomes e tentar salvar a temporada.

5 comentários:

João Paulo disse...

Parabéns para essa diretoria, grande trabalho, reestruturaram o clube. Pagaram todas as dívidas. Hoje o Flamengo é um clube de primeiro mundo. Contrataram o melhor manager do futebol, tudo muito profissional. Montaram um super elenco, contrataram o melhor técnico, avalizado por ninguém menos que Vanderlei Luxemburgo. O time é show, só tem craque. Vamos dominar o futebol brasileiro em pouco tempo. Estádio próprio, ginásio novo, vamos encampar o Maracanã. É um clube que acredita e investe na base. Ele planta hoje pra colher amanhã. Temos a melhor estrutura. Não me canso de parabenizar essa diretoria. Não falo o nome do presidente porque ele além de muito competente é humilde (depois de eleito ele voltou a pé pra casa) e não ia admitir levar os méritos pra si só, pra ele é tudo um trabalho de equipe.

Barreto disse...

Há muita gente enaltecendo o Lomba pela sua atuação depois do jogo contra o Botafogo. O sujeito está no Flamengo deste quando? O que ele fez antes disso? Ele também é omisso e já mudou de tonalidade novamente. Não serve também para o Flamengo.

João Paulo disse...

Caso o Flamengo fosse contratar um desses treinadores desempregados, já teriam anunciado ou todo mundo já saberia quem era. E, caso o Renato descartasse o Flamengo, nessa altura do campeonato já teria feito de maneira categórica.

João Paulo disse...

Barbieri diz não ao Flamengo e Eduardo Bandeira de Melo deve assumir a equipe até o final da temporada.

João Paulo disse...

Venda do Everton, um dos destaques, se não o destaque da temporada passada, explicita que o futebol fica em segundo plano no Flamengo. E o técnico Barbieri como fica no meio disso tudo? Aprova a saída desse jogador?
Alguém sabe que só de salários o clube paga um milhão e seiscentos mil reais mensais para o Marlos Moreno, Geuvânio e Henrique Dourado?
Tem que vender o Everton pra pagar essa gente, igual vender o Jorge pra pagar o Cirino.