quinta-feira, 30 de março de 2017

Conselheiros do TCE-Rio que engavetaram investigação de obra do Maracanã são presos


O governador do Rio que reformou e cedeu o Maracanã está preso. Os fiscais das contas públicas que não contestaram a licitação, estão presos. Os executivos da empresa que venceu o processo licitatório, estão presos.

Diante desse cenário, é estarrecedor que o consórcio do Maracanã ainda continua de pé e não há nenhuma ação, seja do Ministério Público ou da Justiça do Rio para anular esse processo e iniciar um novo do zero.

Quatro meses após a prisão do ex-governador, o Ministério Público Federal pediu e o Superior Tribunal de Justiça determinou a prisão de cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

Os conselheiros são acusados de receberem propina da Odebrecht. Segundo delação de executivos da empresa, o presidente do TCE-Rio, Jonas Lopes, pediu dinheiro para aprovar o edital de concessão do Maracanã.

Durante seis anos, o tribunal engavetou 21 dos 22 processos de investigação das obras do Maracanã. O Conselheiro José Maurício Nolasco era relator de 11 desses processos engavetados também foi preso.

Com a pressão da filial da Lava Jato carioca, o TCE-Rio decidiu dar andamento nos 26 inquéritos sobre o contrato do consórcio com o Maracanã. Todos os processos foram unificados e estavam na mão do conselheiro José Gomes Graciosa, que já havia determinado o bloqueio de R$ 198,5 milhões em repasses do Estado do Rio para as construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta, por suspeita de irregularidades na reforma do estádio do Maracanã. Tarde demais, foi levado preso na operação.

Com seis anos de atraso, o TCE-Rio também havia determinado a retenção do valor que será pago à empreiteira pelo repasse do consórcio e recomendou ao governo que anule esse contrato de concessão e faça uma nova licitação. Foi determinado também a abertura de duas auditorias extraordinárias: uma para inspecionar os cálculos que embasaram a concessão do estádio, em 2013, e outra para monitorar a operação de transferência do estado.

Por enquanto o processo de compra da concessão pela empresa francese Lagardère segue de pé. Não se sabe até quando.

2 comentários:

Pedro disse...

André,
pelo que eu li, todos os falsos conselheiros (ladrões) que foram presos foram indicação política, ou seja, ex-governadores colocaram eles lá para aprovarem o roubo deles e também receberem um dindin fruto desse roubo. Pelo que sei também todas essas indicações têm que ser aprovadas pelos nossos deputados estaduais. Eles não viram que pelo menos um deles já tinha processos por corrupção e, portanto, não tinha reputação ilibada?

A única conselheira que não recebeu propina, não roubou, se manteve honesta é concursada. Ou seja, não caiu de paraquedas no TCE-RJ pelas mãos de ex-governadores com interesses que não eram o bem coletivo e sim o enriquecimento ilícito pessoal e de sua escrota gangue.

Roubar dinheiro da população e/ou se eleger com dinheiro roubada da população dá cadeia!!!!!

Claudio disse...

Pedro,
além disso, tem que perder o cargo.

Não dá para a população ficar pagando subsídio, aposentadoria para gente que ocupando função pública nos roubou.

Tudo é aprendizado.

E quem não é punido, não sofre as consequências dos seus erros, nunca aprende, cotinua a cometer esses erros.

Um abraço.