terça-feira, 24 de março de 2015

Alexandre Póvoa: "O basquete, o Orgulho da Nação, conta com você mais do que nunca"

Confira relato do vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa, sobre esse final de temporada.

Lembrando que o ingresso pode ser comprado pelo site "Guiche Web". E quem já tenha comprado um ingresso para o NBB ou para o Final Four da Liga das Américas, tem direito a comprar o pacote para os quatro últimos jogos.


Caros amigos do basquete do Flamengo,

Passados 10 dias do Final Four da Liga das Américas de Basquete, escrevo para agradecer o apoio dos blogs rubro-negros antes, durante e após o evento que, dessa vez, teve o desfecho diferente do que sonhávamos.

Eu adoraria estar escrevendo mais uma mensagem de comemoração, tão comum para o basquete rubro-negro nos últimos dois anos. Ninguém mais que a diretoria, que fez um enorme esforço para trazer essa fase final da competição novamente para o Rio de Janeiro, sentiu o golpe duro daquela derrota na semifinal.  Sabíamos que tínhamos time para chegar à nona final consecutiva desde o ano de 2013 – duas de campeonato carioca, duas de LDB, duas de NBB, uma de Liga das Américas e uma de Mundial. Infelizmente, o esporte nos traz surpresas desagradáveis e, algum dia, nos impõe à dura realidade, sobretudo para o rubro-negro amante do basquete, que ficou tão “mal” acostumado: Não vamos ganhar sempre!

Primeiro, todos nós do clube sentimos esse golpe muito duro, desde o mais humilde funcionário, passando pelo grupo e comissão técnica, até o nosso presidente. No entanto, não nos arrependemos em nenhum momento, o Flamengo pode perder ou ganhar, mas não temos o direito de, como rubro-negros, não “pensarmos grande sempre”, O Flamengo deve estar na vanguarda das competições, seja dentro ou fora das quadras.

Cabeça sempre erguida, a vida continua. Temos um NBB pela frente, onde reunimos totais condições de chegar ao tricampeonato. Lembrando que o time campeão da Libertadores e do mundo de futebol de 1981, não ganhou o Brasileiro naquele ano. E que nos dois anos seguintes, em 1982/83, quando fomos bicampeões brasileiros de futebol, não conseguimos ganhar Estadual, Libertadores e Mundial. Ou seja, aquela geração que entrou para a história, também deixou de ganhar em algumas ocasiões e, mesmo assim, mora nos nossos corações até hoje.  Pelo enorme orgulho de ver o Flamengo sempre disputando tudo no topo.

Parabéns aos que nos venceram, mereceram muito. Inclusive, é mais do que normal que agora apareçam os que elegem novos “super-times”, “super-técnicos”.  Talvez faltem ainda dois Estaduais, uma LDB, dois NBBs, Mundial, convite para jogos contra equipes da NBA. Mas as pessoas gostam de  antecipar, de prever o futuro.

No Flamengo, vamos continuar fazendo o nosso trabalho de clube mais importante do basquete do Brasil e da América Latina. As ligas e confederações reconhecem isso pela grandeza de nossa marca. Porém, temos que trabalhar muito ainda para chegar à excelência.  Apesar de sermos o clube de maior sucesso na história da LDB, reconhecemos que nossas categorias de base precisam melhorar muito ainda.  Já não dependemos do futebol em termos financeiros. Vivemos ainda nossas dificuldades, apesar de sermos taxados pelos “experts” (que não devem saber fazer conta) como o elenco mais caro do Brasil.

Já melhoramos a nossa infraestrutura, mas precisamos contar com o nosso ginásio próprio, o que já estamos pleiteando com recursos 100% privados.Para as pessoas de memória curta, que fique claro que, quando essa diretoria chegou em 2013, o basquete não ganhava absolutamente nada (com exceção de campeonatos cariocas) desde 2009 e era totalmente dependente de recursos de outros setores do clube (notadamente o futebol) para existir. Hoje, dois anos depois, lamentamos e ficamos profundamente chateados com um terceiro lugar na Liga das Américas, que foi trazida para o Rio de Janeiro. A diferença de estágios mostra a nossa clara evolução, que é motivo de orgulho para todos nós, apesar de estarmos longe do que queremos.

Ganhando ou perdendo, estamos sempre avaliando o elenco. Mesmo vencendo todas as competições desde lá, dos 12 jogadores que alcançaram o nosso titulo mundial, apenas 5 estavam disponíveis para o jogo contra o Uberlândia na final da NBB 2012/13, sendo que somente um desses atletas foi titular. Planejamento é o nome do jogo. Podemos melhorar sempre o elenco, ganhando ou perdendo. Não é muito inteligente a frase de que “em time que está ganhando não se mexe”. Se for possível mudar para melhor, por que não?

Não é hora de jogar pedras, arrumar bodes expiatórios ou avaliar o elenco para 2015/16. É hora de apoiar, não necessariamente A, B, ou C da equipe ou da diretoria; é hora, com certeza, de apoiar incondicionalmente o basquete do Flamengo. O grupo já deu uma resposta muito positiva com boas vitórias fora de casa contra o Basquete Cearense e Brasília.

Temos quatro jogos decisivos pela frente na reta final da fase de classificação para chegarmos à melhor posição possível, todas as partidas no ginásio do Tijuca T.C. Vamos para cima deles, Mengo !


25.03 – Quarta - Fla x Mogi as 20:00 hs

28.03 – Sábado - Fla x São José as 18:00 hs

01.04 – Quarta - Fla x Rio Claro as 20:00 hs

03.04 – Sexta -  Fla x Limeira as 20:00 hs


Contamos com o apoio da torcida. Estamos fazendo uma promoção para que comprar o “combo” para ver toda essa reta final. Basta entrar no site:

www.guicheweb.com.br

O Orgulho da Nação conta com você mais do que nunca.

Para terminar: Muito em breve, nos próximos 30 dias, deveremos ter boas novidades que encherão ainda mais de orgulho o peito do amante do basquetebol do Flamengo.

Saudações Rubro-Negras,

Alexandre Póvoa
VP de Esportes Olímpicos

4 comentários:

Barreto disse...

Alexandre Póvoa é realmente um grande dirigente.
Vamos aguardar os próximos 30 dias para ver que novidades são essas.
Vários comentários foram postados aqui no blog sobre jogadores que poderiam fazer arte de uma possível reformulação do elenco de basquete para a próxima temporada e um dos nomes ventilados foi Scott Machado que joga atualmente na liga VTB cujos jogos são transmitidos ao vivo por um site que tenho assinatura.
Assim, assisti ontem pela primeira vez a uma partida deste atleta vendo na Internet o jogo do seu time, KALEV, contra o OKTYABR , realizado na Estônia.
Scott jogou todos os 40 min, começou mal a partida e aos poucos foi se encontrando, terminado o jogo com uma atuação muito boa.
Estes foram os seus números:
1) Pontuação
- 3 pontos ( 2 de 4 )
- 2 pontos ( 5 de 9 )
- Lances livres ( 3 de 4 )
- Total - 19

2 )Outros números
Assistências - 6
Rebotes- 5
Roubos de bola- 2
Turnovers- 4
Faltas- 2
É difícil avaliar o atleta apenas por esta partida, mas foi possível ver que ele tem uma boa visão de jogo, muita habilidade, facilidade para fazer o time jogar e realizar infiltrações. Parece também não priorizar os arremessos de 3 pontos.
Como pontos fracos neste jogo destaco o nº excessivo de turnovers e a marcação deficiente em alguns momentos.
O resultado da partida foi a vitória do KALEV por 82 x 80.

Antônio Neto disse...

Não sei se o Póvoa vai ler essa minha mensagem, mas gostaria de dar duas sugestões para melhorar a relação do "Flabasquete" com o torcedor.

A primeira é sobre a comunicação do clube pelas redes sociais, a sugestão que faço é que o Flamengo crie um perfil oficial do Basquete, pois o perfil oficial do clube é futebol e pouco mais, já notei até mesmo que o basquete é ignorado até mesmo quando está em quadra jogando, enfim, penso que é pouco eficaz esse meio de comunicação que temos hoje, a divulgação das partidas por exemplo deixa muito a desejar, é tão ineficaz, que eu que acompanho o basquete do clube há tempos só fui saber do jogo contra o Brasília algumas horas depois de já terminado.

Outra sugestão que dou é a transmissão de jogos via web, alguns clubes já fazem e o resultado é fantástico, é algo bem fácil e prático de se fazer.

Se alguém quiser opinar sobre algum ponto aí, sinta-se livre para comentar.

SRN a todos.


José Carlos disse...

Legais essas sugestões do Antônio, realmente precisamos de um perfil oficial do clube nas redes sociais, se bem que ja existe o perfil não oficial ''Garrafão Rubro Negro'' no Facebook e Twitter que faz uma cobertura 100% dedicada ao basquete e que em nada fica a dever a perfis oficiais ou a própria imprensa. Agora transmissão própria eu imagino ser mais dificil, já que até 2018 o NBB é propriedade da Globo (não só a transmissão, mas a própria marca NBB). Outra sugestão que eu indicaria envolve o clube como um todo, mas ajudaria diretamente ao basquete: hoje o ST do Flamengo tem todos seus recursos destinados ao futebol por força de contrato com a Brahma e a Golden Goal (o ST do Fla faz parte do programa ''futebol melhor'' da Brahma), só que uma parte considerável da renda do ST vai pra Brahma e pra Golden Goal e o clube só pode investir sua parte no futebol. A meu ver o Flamengo tem que fazer um programa de ST independente do ''futebol melhor'' para poder destinar a verba para outros esportes de destaque do clube, como o basquete, afinal não somos somente futebol. o ST hoje rende ao Flamengo mais de 30 milhões ao ano, já imaginou 10% dessa renda indo pro basquete, junto aos patrocínios da lei de incentivo? teríamos um time a nível de Euroliga. Quanto a carta do Póvoa, mas uma vez esclarecedora e bem redigida, e nas entrelinhas dando um choque de realidade no Bauru, que só porque é o time da moda acha que tem uma história maior do que a nossa no basquete. Quanto a surpresa dos próximos 30 dias, eu imagino que seja a confirmação da Arena Mc Fla, já que segundo o Bandeira de Mello, só falta a aprovação da CET-Rio que parece já estar encaminhada. E para reforços, Scott Machado é o único armador brasileiro que vejo no mercado em condição de suprir uma eventual saída do Laprovittola.

Antônio Neto disse...

José Carlos, eu acho que é preciso de um perfil oficial, o trabalho do Garrafão Rubro Negro é muito bom como você falou, mas é um trabalho independente né. E acho que um perfil próprio seria ótimo para ações de marketing também.

Sobre a transmissão web tem essa questão contratual mesmo, mas se não houver nenhum empecilho por parte dos patrocinadores, não vejo motivos para não fazer.

E sobre o plano de sócios, já foi discutido aqui por alguns colegas aqui no blog, no caso a ideia era a opção de um pequeno acréscimo nos planos, cabendo a pessoa então decidir se quer ajudar ou não o basquete. Agora se o dinheiro for realmente destinado apenas para o futebol, então a solução seria um plano independente.