O blog entrevistou o vice-presidente de patrimônio, Alexandre Wrobel.
Confira como foi:
1) O assunto é a licitação do Maracanã. Qual é a posição hoje do clube? Qual a linha que a diretoria vai seguir a partir de agora?
Não vejo o Maracanã se tornar viável economicamente sem a participação do Flamengo. A casa do Flamengo foi, é e sempre será o Maracanã. É uma relação de dependência, umbilical! Não tenho duvidas de que qualquer que seja o consórcio vencedor, em qualquer modelo de exploração, o Flamengo exercerá um papel de protagonista. De qualquer forma vários aspectos do modelo de exploração ainda não estão bem definidos, ou seja, o assunto deverá ser encaminhado com mais profundidade pela próxima diretoria a ser eleita no dia 03.
2) O Cruzeiro assinou essa semana com a empresa que ganhou a concorrência do Mineirão e vai explorar comercialmente um percentual de estacionamento, bares, entre outras coisas, nos jogos do clube. Fazendo uma análise fria, o caminho é esse mesmo para o Flamengo?
Como eu disse, os detalhes do modelo de gestão ainda não estão efetivamente definidos. Não é uma operação simples, envolve inúmeras questões e particularidades que exigem uma análise técnica aprofundada. Não podemos errar!! Exatamente por isso sou radicalmente a favor da contratação de uma empresa com ”know how” para nos assessorar nessa negociação, dada a sua importância para o futuro do Flamengo. Temos que pegar exemplos das operações semelhantes ocorridas em outros países (como por exemplo no San Siro em Milão, MetLife Stadium em Nova Jersey e outros) para buscarmos a formatação que melhor atenda aos nossos anseios. De qualquer forma, em linhas gerais, vejo o Flamengo como parceiro em todas as operações e consequentemente nas receitas que envolvam os seus jogos no estádio.
3) A EBX já foi parceira do Flamengo na questão do Morro da Viúva. Existe alguma conversa, ou na sua opinião, pode haver algum acordo no futuro em relação ao Maracanã caso esta ganhe a licitação?
São coisas distintas. Uma operação não tem qualquer tipo de ligação com a outra, não obstante o fato de mantermos um ótimo relacionamento com a EBX.
4) Existe algo concreto com relação a uma arena na Gávea?
Existem estudos em andamento visando a revitalização do estádio da Gávea, hoje absolutamente subutilizado e deteriorado. Confesso que me causa enorme incomodo ver aquela estrutura obsoleta em um dos pontos mais valorizados e belos da nossa Cidade. A verdade é que o ótimo é inimigo do bom, não adianta sonhar com um estádio para 60.000 pessoas na Gávea porque isso é inviável e mais uma vez cairíamos naquelas soluções megalomaníacas que nunca saíram do papel. Nossa idéia é revitalizarmos completamente o estádio, criando uma arena multiuso moderna, dentro dos padrões internacionais, com capacidade para aproximadamente 12.000 pessoas, voltada para jogos de pequeno apelo, das divisões de base, treinos e eventualmente alguma outra finalidade que gere recursos para o clube. Juntamente com a arena estaríamos criando uma nova área de estacionamento, restaurantes e alojamentos. O projeto já vem sendo desenvolvido e nossa pretensão é que a sua implementação ocorra no prazo de 2 anos.
5) Sobre o CT. O acordo com a Prefeitura de R$ 9 milhões será suficiente para quase concluir a construção do CT para as divisões de base?
Juntamente com o dinheiro proveniente do Morro da Viúva e da parceria com a Brahma teremos recursos suficientes para a conclusão definitiva da totalidade do projeto do CT, ou seja, da base e profissional, incluindo toda a parte de urbanização e paisagismo.
6) O que o torcedor pode esperar o módulo profissional ainda neste ano?
Até o final do ano teremos quase 80% das obras civis concluídas. Nossa previsão era de finalizarmos os módulos do futebol profissional até o final desse ano, porém, infelizmente, diante da penhora sofrida nas contas do clube, tivemos que reduzir o ritmo das obras o que acabou acarretando um inevitável atraso. De toda forma, se tudo correr bem e a situação for regularizada, as obras estarão concluídas nos primeiros meses de 2013.
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