quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Na balança, um ano de Luxemburgo pesa favoravelmente. Se saísse hoje, entregaria um time melhor do que encontrou
Luxemburgo completa um ano de Flamengo nessa quarta-feira. Desde 2007 com Ney Franco o Clube não fica com um treinador o ano inteiro. E a balança pesa mais para o lado positivo que negativo.
Ele chegou ano passado quando o time era um arremedo e rondava a zona de rebaixamento. Foi demitido do Atlético Mineiro e veio para o Flamengo tendo como meta a modesta vaga na Sul-Americana, e conseguiu. Mesmo com toda desconfiança e com a credibilidade abalada, teve a oportunidade de montar o famoso projeto para a temporada, sendo o homem forte do futebol.
Conquistou o Estadual invicto sem apresentar um futebol convincente. Por ironia, foi eliminado da Copa do Brasil para o Ceará justamente quando o time fez uma boa partida. Na montagem do elenco não dá pra dizer que o Luxemburgo não foi bem. Apesar de alguns vácuos que custaram a eliminação na Copa do Brasil - mas foram preenchidos na janela no meio do ano, como na zaga, na lateral esquerda e na posição de volante, e claro, algumas apostas esdrúxulas como Fernando e Jean.
No Brasileirão fez um belíssimo primeiro turno, terminando em segundo lugar e tendo feito o melhor jogo do campeonato, mas os dez jogos sem vitória podem pesar para o título nessa reta final. As contusões pesaram muito sim, mas Luxemburgo poderia ter buscado uma solução dentro do próprio grupo. O bendito esquema com três volantes e o futebol vivendo de talentos individuais, Luxemburgo não vai mais abandonar, não vai ser agora que vai mudar alguma coisa.
A parte estrutural vai bem com Luxemburgo. Seu maior mérito foi ter tirado de vez os treinos da Gávea. Era uma forma de pressionar a diretoria a correr atrás da estrutura provisória do CT até o final das obras dos profissionais, com prazo para a metade do ano que vem.
O Flamengo vai brigar pelo título até a última rodada, com isso Luxemburgo vai para mais uma temporada, dessa vez com um miolo de time mais formado, que já com um goleiro, um zagueiro, um lateral esquerdo, três volantes, dois excelentes atacantes.
Se Luxemburgo fosse embora hoje, seu substituto precisaria de apenas de alguns reparos para reforçar o time, bem diferente de quando chegou ano passado, como um atacante de velocidade, um meia armador clássico, porque com Botinelli não deu certo nesse primeiro ano, e um atacante. E claro, o uso dos jogadores da base: Diego Maurício mais maduro, Luiz Antônio recuperado e especialmente o Thomás e Adryan.
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