Com grande alegria apresentamos a entrevista que fizemos por e-mail com o pivô Fernando Coloneze. Ele é uns dos mais antigos jogadores do Flamengo, chegou em 2006 ajudando o time a conquistar o bicampeonato estadual.
Conquistou 3 títulos estaduais, 2 brasileiros brasileiros, e uma Liga Sul-Americana, essa sensacional, e agora tem a missão de substituir Baby que se transferiu para o Paulistano.
Estamos na torcida Coloneze! Obrigado pelo apoio ao Ninho da Nação, e por sempre jogar com garra e vontade, honrando o Manto Rubro Negro.
Você está na Gávea desde 2006, já jogou mais de 150 jogos com o Manto do Flamengo, como explicar essa história de amor?
Coloneze: Eu comecei no Tijuca nas categorias de base, mas sempre tive esse sonho de jogar no Flamengo. Estava no maracana particamente toda semana pois morava perto e tive a sorte de pegar otimas fases no futebol do Mengao quando era crianca. Tive a chance de ver no Maraca o Flamengo ser campeao Brasileiro em 87 e 92. Se depender de mim vou jogar mais uns 500 jogos pelo Fla antes de me aposentar
Porque Cascão Coloneze?
Coloneze: Coloneze é o meu sobrenome. Cascao é um apelido que tenho desde os 6 anos de idade. Me deram esse apelido no colegio quando nao tomei banho depois de uma aula de educacao fisica. Ai na hora nao gostei e reclamei, e voce sabe como eh crianca ne, foi ai que pegou mesmo. Quando comecei a jogar basquete tinha um amigo do colegio que tambem jogava no Tijuca, ai esse apelido se transferiu para o meio do basquete tambem e dura ate hoje.
O jogo final contra o Quimsa foi o mais emocionante da sua carreira?
Coloneze: Acho que esse jogo contra o Quimsa e o jogo 3 da final do Brasileiro de 2008. Foram duas conquistas ineditas para o Mengao e tenho um orgulho muito grande de ter participado ativamente dessas batalhas.
Na final, aquele pé na final foi intencional ou não? Qual foi o sentimento na hora?
Coloneze: O pé foi intencional, eu vi que o jogador ia passar por mim e quis parar o lance. Nao contava que o arbitro nao iria marcar o pé na bola, mas para nossa alegria ele engoliu o apito e conseguimos a posse de bola que garantiu a vitoria. No momento o sentimento foi de apenas querer que o tempo passasse logo para comemorar o titulo, mas depois que ganhamos, um pouco depois do jogo é que caiu a ficha da importancia daquele lance naquele momento. Uma cesta deles ali teria tirado a nossa vitoria.
Como foi jogar 3 partidas em Corrientes na final da Liga Sul-Americana em 2008? O que passaram de perrengue lá?
Coloneze: Foi um aprendizado muito grande para o nosso grupo. Acho que aquela final nos deu a tranquilidade para ganhar no ano seguinte dentro da Argentina. Foram 3 partidas duríssimas, com direito a cuspes na cara, arbitragem tendenciosa, falta de seguranca no ginasio, intimidacoes, comida ruim, viagem longa e cansativa. Mesmo assim, valeu muito, estivemos com chances de ganhar em todas as 3 partidas, uma nos teria dado o titulo. Essas partidas nos deram mais calma e forca para no ano seguinte conseguir uma vitoria la na casa deles.
Quais foram os avanços desde 2006 até hoje no basquete Rubro Negro?
Coloneze: O maior avanco foi na qualidade do time. Ainda tem muito a crescer no basquete do Flamengo. Nos temos um grupo sensacional que supera todos os tipos de dificuldades e continua lutando e vencendo. Tenho orgulho de participar desse grupo.
Conte-nos o que aconteceu em Joinville, as dificuldades, e o que levou Marcelinho a tomar aquela atitude intempestiva em não sair da quadra, apesar da falta de inteligência dos juízes.
Conte-nos o que aconteceu em Joinville, as dificuldades, e o que levou Marcelinho a tomar aquela atitude intempestiva em não sair da quadra, apesar da falta de inteligência dos juízes.
Coloneze: Acho que o Marcelo, que é o nosso capitao em quadra, ja falou tudo o que tinha para falar sobre esse caso e nao tenho muito mais a acrescentar alem de que nos do grupo estamos juntos e unidos e que sabemos que mais dificuldades vao aparecer durante a temporada. Sabemos que temos um alvo nas nossas costas pelas conquistas recentes que tivemos e teremos que lutar e passar por cima de tudo que vier pela frente.
No último jogo contra o Universo, o Baby foi expulso, como foi jogar aquela partida com 15 mil Rubro Negros enlouquecidos?
Coloneze: Como voce disse antes, eu ja estou no Fla desde 2006. Ja tinha jogado a final do nacional no Maracanazinho cheio e a final do sulamericano no maracanazinho cheio. Todas essas partidas foram especiais. Essa especificamente se tornou mais dificil pelo fato de que nao vinha jogando tanto tempo quanto antes, e nao ter o mesmo ritmo de jogo que tinha nas temporadas anteriores. Mas fico feliz que conquistamos o Bi Campeonato e pude contribuir.
E agora estamos definitivamente sem o Baby, você será o titular, qual a tua expectativa para essa temporada?
Coloneze: Estou no meu quarto ano de Flamengo, e tivemos o Baby conosco durante um semestre. Ele e um otimo jogador e se tornou um amigo. Agora ser titular ou nao nao e o principal, e sim se sentir util ao grupo. O que em alguns momentos nao me sentia durante essa ultima temporada. Estou treinando muito forte e me preparando para poder ajudar o Flamengo durante essa temporada. Espero poder contribuir bastante para o sucesso do grupo e que nos nos mantenhamos competitivos em todos os campeonatos que disputarmos. As conquistas seram o reflexo da nossa determinacao e trabalho.
O Flamengo caiu no mesmo grupo do Quimsa pela Liga Sul-Americana, ele se reforçaram com Roman Gonzales, da seleção argentina, e Tintorelli, outro ótimo pivo que já foi campeão sulamericano pelo Regatas Corrientes contra o próprio Flamengo em 2008, o Flamengo precisa de reforços para essa temporada ainda?
Coloneze: Acho curioso a pergunta sobre reforços para o time. Do meu ponto de vista quem precisa se reforçar não é o Flamengo, é quem perdeu. Nós somos os atuais campeões e já temos a base pronta, o que leva o grupo a se tornar mais forte com o tempo. Outra realidade é que um time de basquete tem um numero limitado de jogadores e nesse momento contratar reforços significa deixar jogadores que já estão no grupo de fora. Isso é complicado de se fazer num grupo que vem ganhando tudo. Também temos a questão financeira do clube, o Flamengo vem tendo dificuldades para pagar a folha do time de basquete e isso é publico. Acho que nessa situação fica complicado justificar aos jogadores, que treinam, se dedicam (com salários atrasados) a contratação de jogadores caros para aumentar ainda mais a folha.Pergunta do jornalista Enéas Lima:
"Qual a importancia de ter um supervisor como o André Guimarães a frente da equipe de basquete, do João Batista, do Ricardo Machado e principalmente do Paulo Sampaio, o Chupeta, nas conquistas que o Flamengo conseguiu nas ultimas temporadas?
Coloneze: No nosso grupo cada um sabe o seu papel e o que deve fazer para contribuir com o todo. Desde o Mineiro e o Michila, respectivamente roupeiro e massagista, ate o Marcelinho, que é o nosso capitão, temos uma harmonia e uma vontade de vencer muito grande. Jogar no Flamengo é diferente de jogar em outros clubes: A pressao e a expectativa sao muito maiores.
Todos nós precisamos ter na cabeça o tempo todo que torcedor rubro negro espera no mínimo o máximo! Se o torcedor não ver isso na hora do jogo ele cobra. Mas tenho certeza que o fator motivação nesse grupo não vai faltar nunca. Podemos ate jogar mal, a bola pode nao cair, a tatica pode nao ser a certa, mas falta de raca e disposicao, isso ninguem nunca vai cobrar desse time.
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