Desabafo

Desde que começaram a ser postadas na comunidade os textos dos ‘Colunistas Do Flamengo’, sempre tentamos expor textos lúcidos, sensatos e excluir muitas vezes o sentimento pelo Flamengo, para que essas leituras se aproximem ao máximo da realidade.

Dessa vez não. Em frente ao computador exatamente 30 minutos após o ultimo episódio da novela rubro-negra em busca do Bicampeonato da Libertadores, só quero demonstrar o sentimento que nos toma neste momento. Se existe uma palavra para descrever o que sentimos, esta palavra ainda não é de meu conhecimento, pois o que sentimos é uma mistura de decepção, raiva, angustia, incredulidade, luto, magoa e também passa por nossas mentes as mais variadas reações, vontade de chorar, xingar, sumir, bater em algo, se esconder da mãe e do pai para que não o veja quanto esta abalado.

No inicio do jogo tudo era festa, a despedida do Joel, a recepção do Caio Jr e a esperança de uma bela vitória frente ao time outrora goleado por nós em sua casa.
Nem os mais otimistas dos Vascaínos acreditava em uma classificação Mexicana, apesar de torcer muito para tal, o que dirá então da torcida rubro-negra? Vínhamos de uma dura final onde conquistamos um titulo que daqui a alguns meses será ‘esquecido’. Eu particularmente já dava como certa a semi-final Fla x Flu, e já juntava meu pobre dinheirinho para comprar uma passagem para o Rio. Motivo? Assistir a final da libertadores. Enfim, podia dizer mil palavras na coluna de hoje, porém admito neste momento esta praticamente em estado de choque, sem palavras, sem reação. Semana passada fiz um texto dando como certo o titulo carioca, essa semana faria o mesmo com a nossa ‘classificação’ para as quartas de finais.
E nesse momento o que mais dói, é que mesmo Flamengo sendo o Flamengo e eu sendo eu, o sonho da libertadores era nosso, é como ver todo seu próprio ‘trabalho’ de torcedor indo por água abaixo. E assistindo pela TV perplexo com o acontecido, não pude segurar mais as lagrimas quando vi a cena do Bruno saindo de campo, apresentando um choro comparável a da perda de um ente querido. Eu do alto dos meus dezenove anos, tinha esperança que esse, seria o ano que veria o meu tão amado clube ganhar ou ao menos disputar a libertadores. Agora continuo tendo visto a Copa do Brasil como maior titulo conquistado, e ainda à espera de ao menos um campeonato Brasileiro pra salvar o ano. Para finalizar deixo uma frase de o que diria ser ‘Humor Rubro-Negro’. Quem chora por ultimo, chora pior.