quinta-feira, 4 de abril de 2019
Libertadores 2019: Flamengo 0 x 1 Peñarol
Quando a torcida começa a acreditar que o Flamengo seguiria em boa fase, abrir frente na Copa Libertadores e praticamente encaminhar a classificação, toma uma porrada. E que porrada!
O Peñarol não vencia fora de casa em uma competição internacional há 15 jogos. E deu uma aula de como jogar uma Libertadores contra uma equipe melhor tecnicamente, diante de um Maracanã completamente entupido.
Mostraram dentro campo o que disseram nas entrevistas pré-jogo: que estudaram bastante o Rubro Negro e sabiam que a principal arma era a velocidade. E mataram o jogo.
A equipe titular foi poupada visando justamente essa partida de ontem. Teve jogador, como o Diego, que estava dez dias sendo preservado, e parecia que o time estava carregando um peso nas costas.
O Flamengo foi incapaz de avançar a marcação, pressionar a saída de bola, intimidar o adversário, que se sentia confortável mesmo com um ambiente extremamente hostil. Uma estrategia que deu tão certo contra a LDU, não foi repetida, sabe-se lá por qual motivo.
Foi Diego Alves que precisou de trabalhar na primeira etapa, ao realizar grande defesa aos 41 minutos. O time da Gávea, que se acostumou a empilhar finalizações, criar boas chances, arrumar interessantes triangulações, não conseguiu se encontrar em campo e praticamente não fez o goleiro adversário ver a cor da bola.
Para tentar ampliar o poder de fogo e buscar os chutes de longa distância no segundo tempo, Abel tirou Arão e colocou Vitinho. Seria uma ideia válida se os homens da frente estivessem resolvendo e se o adversário estivesse todo fechado, esperando o jogo acabar.
Entretanto, Abel Braga é de uma particularidade invencível. Poderia ter tirado Bruno Henrique ou Éverton Ribeiro, ambos mal, era só escolher, e colocar Arrascaeta. Sem pensar muito. Resolveu tirar um volante e alterar a posição de pelo menos três jogadores lá na frente.
Bruno Henrique em suas primeiras partidas no Flamengo jogava aberto, pela esquerda. Agora está mais centralizado, como segundo atacante, afunilando muito. Não parece ser uma ideia boa.
Para piorar, Gabigol passou a jogar na ponta e foi expulso aos 29 minutos. Abel poderia ter corrigido a primeira substituição, mas só resolveu fazer alguma mudança 11 minutos depois: aos 41 minutos. E fez ainda para piorar o desempenho: tirando Bruno Henrique e colocando Uribe, sem nenhuma necessidade.
Qualquer treinador que tem um jogador seu expulso, corrige de imediato com alguma substituição. Ora, se tirou um volante para colocar um atacante mais agudo, era hora de reconstruir o meio de campo. No entanto, foram longos e decisivos 11 minutos sem qualquer reação do Abel após perder Gabigol.
Faltou casca de Libertadores para entender que o empate, naquela altura do campeonato, seria um bom resultado. O Flamengo ainda não conseguiu chegar a meio termo: ou é pilhado demais, ou não sente a fervura do jogo, como em outras edições da Libertadores.
Por fim, o treinador terminou com uma substituição no bolso e com Arrascaeta no banco. O uruguaio que acabou de decidir a final da Taça Rio no domingo no último minuto e, como prêmio, esquenta o banco os 90 minutos em plena Libertadores, mesmo vendo os jogadores da frente tendo atuações sofríveis. Sendo ele o líder em assistência para finalização do Flamengo. O jogador do passe vertical, para quebrar as linhas defensivas e organizadas do adversário. É surreal!
A sorte nessa rodada foi que o LDU empatou contra o San José. Se vence, o grupo teria um tríplice empate com seis pontos e tudo estaria zerado para um segundo turno com dois jogos fora de casa.
Após essa derrota, o Flamengo terá que arrancar pelo menos um ponto fora de casa, seja em Quito, seja em Montevidéu.
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Um comentário:
Abel Braga claramente nao estava em condicoes de saude para estar a beira do campo. A palidez na cara ja dava para ser cista antes do jogo começar.
Taticamente o Flamengo foi engolido. Um losangulo defensivo na intermediaria forcava o time a usar as laterais, e a marcação duicava no lado que o time escplhesse. Com Everton Ribeiro e Bruno He rique errando qualquer coisa que tentassem, ficou muito dificil sair da armadilha.
E ai.. em jogos assim, tava na cara que aquele gol ia sair. Nao pq o Penarol levasse qlqer perigo, mas pq em jogos assim o Flamengo SEMPRE toma um gol no final... pode mudar o time inteiro, o tecnico, o presidente... em jogos assim, o Flamengo sempre perde no final... se nao faz gol, nao consegue segurar o empate e a aba perdendo...
SRN Marcel Pereira
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