O Inter desembarcou no Rio com a missão de não perder e tentar marcar um gol, pois estava há três jogos sem fazer um golzinho sequer Não conseguiu uma coisa nem outra. Jogou como time pequeno e respeitando um imponente cenário.
O Flamengo precisava da vitória para permanecer na liderança isolada. E contou com mais de 60 mil torcedores no Maracanã para garantir os três pontos, chegar aos 10 e assegurar o primeiro lugar do Brasileiro após quatro rodadas.
Ao término do jogo os jogadores colorados reconhecerem que o Rubro Negro cresceu com a força da torcida.
Essa deve ser a campanha para esse Brasileiro: #Fla60mil. Com uma precificação justa do ingresso, sem populismo, mas sem a estupidez de fechar setores para economizar nos custos porque não consegue encher um estádio.
Muito se fala em planilhas, ticket médio, mas e o ganho esportivo? Na quinta contra a Ponte Preta já foram vendidos 15 mil. Contra o Emelec mais de 40 mil. A história do Flamengo foi forjada passando pela força da Nação Rubro Negra.
Quem for jogar no Maracanã deve sempre temer a massa, deve sempre ter essa preocupação de que, em volta, na arquibancada, estarão 60 mil vozes.
PRIMEIRO TEMPO
O primeiro tempo foi de muito toque de bola, mais de 60% a favor da Gávea, porém de pouca emoção. Quem ameaçou mais foi o Inter, que contou com boa a defesa de Diego Alves em dois cruzamentos.
Além do toque de bola o Flamengo apresentou outra boa novidade: a marcação avançada, pressionando a saída de bola. Foi interessante.
No entanto, faltava profundidade. O trio Cuellar, Paquetá e Everton Ribeiro se posicionava distante dos três da frente. Tanto que Vinicius Jr nem pegou na bola e Geuvanio errou tudo que tentou.
Os principais lances de perigo surgiram com Rodinei. Dourado também teve uma boa chance, mas chutou pressionado.
SEGUNDO TEMPO
Nos primeiros minutos do segundo tempo uma boa chegada de Geuvanio, que chutou rasteiro, após ótimo passe de Everton Ribeiro, bem semelhante à jogada do gol contra a Ponte Preta em Campinas.
O Inter, pensando que podia segurar o empate, se fechava ainda mais.
Só que não contavam com a fervura do Maracanã com a entrada de Guerrero. E logo no primeiro passe, toque sutil tirando dois da marcação e deixando Vinicius Jr livre, para ótima defesa do goleiro colorado.
Ao contrário do jogo contra a Ponte Preta que o Flamengo morreu no segundo tempo, dessa vez o time cresceu.
O gol de Paquetá, após cobrança de falta na barreira, deu justiça ao placar.
A arquibancada tremia e o Flamengo não se acomodou. Com Everton Ribeiro à frente de Paquetá, Guerrero qualificando o passe sem quebrar o ataque, o time fazia uma boa apresentação.
Em lindo contra-ataque, um gol para dar muita moral ao Everton Ribeiro, que fazia um bom jogo, e lembrar dos tempos do Cruzeiro.
Com o 2 x 0, o Inter finalmente acordou e coube a Diego Alves fazer duas grandes defesas.
Esse é o Flamengo, já há cinco jogos sem sofrer gol. A última vez que isso aconteceu foi em 2009.
CUELLAR, JEAN LUCAS E PAQUETÁ
- Gustavo Cuellar continua impressionando e sendo um dos melhores volantes do país. Foram 68 passes certos, apenas um errado e seis desarmes.
Mapa de calor de Cuellar (via Footstats) |
- Barbieri já cortou William Arão das substirtuições e Jean Lucas vem ganhando mais minutos.
- Paquetá parece um veterano. Organizando as jogadas com Cuellar, dando carrinho na marcação, unindo tática e raça e jogando em todo o campo. Não entrou na provocação de D'Alessandro, que além de conversar muito, foi maldoso duas vezes: quando entrou de sola no joelho do Vinícius Jr e deu um tapa no Paquetá.
Como resposta, levou um chapéu de cada um. A resposta não poderia ter sido melhor.
Mapa de calor de Paquetá (via Footstats) |
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