sexta-feira, 24 de junho de 2016
Arena na Gávea: Secretaria de Meio Ambiente veste a carapuça da burocracia para obtenção das licenças
O vice-presidente de esportes olímpicos Alexandre Póvoa concedeu uma entrevista ontem ao Globo Esporte afirmando que as pendências do IPHAN e CET-Rio para a construção da Arena Multiuso estavam sanadas e que o próximo passo seria a licença da Secretária de Meio Ambiente e, por fim, a aprovação final da Secretária de Urbanismo.
O dirigente argumentou que o Custo Brasil está embutido no lento e burocrático processo da obtenção das licenças.
Eis que a Secretária de Meio Ambiente vestiu a carapuça e soltou uma nota afirmando que "lamenta a transferência de responsabilidade no qual o Flamengo trata o caso", e que "na verdade o pedido de licenciamento foi protocolado na secretaria apenas no dia 31/05/2016 e aguarda o cumprimento de uma série de exigências, que o “interessado” sequer veio tomar conhecimento".
Reparem que em nenhum momento na entrevista o Alexandre Póvoa acusa a secretaria de ser a responsável pelo atraso na obra, mas sim protesta pelo conjunto do processo, cuja tramitação nos órgãos públicos já dura cinco anos.
É evidente que o Flamengo só poderia ter dado entrada na Secretária de Meio Ambiente após o cumprimento da nova exigência: aprovação das alterações do projeto pelo IPHAN.
O blog enaltece o zelo pela fauna e torce para que o Secretário Carlos Alberto Muniz não seja acusado novamente pelo Ministério Público por ter concedido licença ambiental equivocada, como já o fez, segundo o MP, que o acusou de destruir uma floresta considerada de preservação permanente em benefício da construtora Decta Engenharia Ltda.
Veja aqui.
Entretanto, o mais importante da reportagem do Globo Esporte é saber que o McDonald's continua interessado na arena, apesar da lentidão e burocracia, e inclusive injetando dinheiro para que se cumpra todas exigências de construção da obra.
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3 comentários:
Infelizmente aqui é sempre a mesma coisa; para fazer obras caras de futuros elefantes brancos com dinheiro público (velódromo, arenas...) as licenças saem num estalar de dedos, agora quando é pra uma construção de relativo pequeno porte, que pode vir a atender uma quantidade enorme de atletas de diferentes esporte e lazer numa região privilegiada da cidade e com dinheiro privado é uma morosidade só! A parte boa do texto do André é que ele foi lá e botou uns podres do cara. Boa André!
Vai Brasil!!!
A gente trabalha, paga impostos, para vagabundo que tá no poder roubar.
Algum brasileiro, em sã consciência, discorda da minha afirmação?
Alguma novidade, André? Algum email e número de processo para que possamos cobrar?
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