quinta-feira, 3 de abril de 2008

Flamengo, Inimigo n° 1 da altitude

Recomendações da FIFA a parte, o fato é que teremos jogos na altitude, pode espernear, pode gritar, pode até chorar como fazem alguns dos nossos rivais, mas teremos que subir o morro de qualquer maneira, afinal, se outros foram a Cuzco, por que não iremos?

O Flamengo trava uma briga feroz contra a altitude e não é de hoje. Desde a traumática experiência ‘potócitica’ na libertadores do ano passado, até os dias atuais, o Flamengo é o único Filho-de-Deus que deu a cara a tapa e foi à guerra contra a altitude. Cruzeiro, Fluminense, São Paulo e outros clubes espertinhos, olham para o Flamengo e dizem:
- Muito bem, você esta certo, tem meu apoio, mas é só o apoio, vou deixar só o teu na reta, se alguém for tomar em Cuzco que seja só você.

E assim vai o Flamengo, botando Cuzco na reta, indo FIFA, Conmebol, ONU, terreiro de macumba, seção de descarrego e tudo que é lugar o Flamengo já foi, e numa tentativa até o momento fracassada, tenta alertar o mundo que na altitude não há apenas o risco de cair e se espatifar, mas também há o risco de morrer sem ar.

Por trás de toda a discussão, duas coisas se destacam. Uma é o poder da FIFA, que decide uma coisa e é prontamente atendida pelas organizações menores (Ler-se Conmebol), a outra, é o modo como se respeita a vida do atleta, que por sua vez é bastante cuidada se levar-mos em consideração que qualquer ser - humano normal sai do nível do mar e vai jogar a trocentos mil metros de altura e nada vai acontecer, afinal, ele é atleta e cabe a ele ter cinco pulmões para agüentar a falta de ar, ou na verdade ele teria que ter apenas um? Se tiver apenas um pulmão ele respira menos, e se lá em cima tem menos ar, ta tudo certo.

Boa solução, arranquem um pulmão do Obina outro do Toró e os liberem pra correr feito loucos no alto do morro, quem sabe assim podemos disputar de igual para igual com os moradores das alturas.

Ironias a parte, o Flamengo se tornou inimigo numero um da altitude. E para os moradores ‘potociticos’ e ‘cuzcozianos’, virou questão de honra ganhar do Flamengo já que o Flamengo luta para acabar com os jogos nas suas cidades a 'beira-céu'. A chegada do Flamengo em Cuzco será algo como, Osama Bin Laden chegar no E.U.A num jatinho, ou como Obina chegar degustando um acarajé em São Januario. O clima será de total hostilidade por parte da imprensa local, da população e a pressão será das maiores.

Resta ao Flamengo, mostrar que sua história, sua tradição e a qualidade do seu elenco são maiores que qualquer altitude, seja de Cuzco, seja de Potosí. Temos que ir a Cuzco, sem necessariamente tomar no mesmo, encararemos a altitude e a enfrentaremos como homens, com raça, amor e paixão. Avante Mengão!

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