As diferenças entre "cornetar" e "criticar", por José Lêudo

Após a vitória contra o Nacional do Uruguai no Maracanã e o empate do Cienciano contra o Bolognesi, ganhamos uma sobrevida nesta Libertadores, com chances de até ficarmos na primeira colocação do grupo.

Mas assim mesmo, algo continua a me incomodar: Por que insistem tanto em criticar jogadores que foram e ainda estão sendo essenciais nas boas campanhas da Libertadores e do Campeonato Carioca, onde temos tudo para conquistar o Bicampeonato.

Jogadores como Fábio Luciano, Juan, Toró, entre outros, continuam a ser criticados pela torcida por algumas poucas más atuações, o que é normal em se tratando de jogadores profissionais, ou mesmo "cornetados" de maneira injusta.

Sem falar é claro de Joel Santana, que continua sendo duramente questionado por parte de alguns torcedores sem nenhuma razão, afinal perdemos nesta temporada apenas três jogos, contra bons times em que uma derrota era mais que natural - Botafogo, Fluminense e Nacional, lá no Uruguai.

Por isso, resolvi abrir, por meio desta coluna, uma discussão: até que ponto uma crítica pode se transformar em uma "cornetagem"? Eis o que penso.
Quando a crítica é construtiva, baseado em argumentos sólidos e inquestionáveis, esta é válida. Por exemplo, quando criticamos Souza e Obina, estamos fazendo uma crítica construtiva, pois os mesmos não estão jogando um bom futebol. Souza por perder muitos gols e Obina por estar acima do peso, o que é um absurdo em se tratando de um atleta profissional.

Mas, em relação a Joel, Juan, Fábio Luciano e Bruno o que se tem são "cornetagens"; críticas infundadas, que nada trazem de bons argumentos ou mesmo de uma coerência, uma vez ambos, a meu ver, vem desempenhando um ótimo trabalho.

Joel pelos motivos acima citados, Juan por desempenhar junto com Léo Moura um trabalho de assistência ao ataque pelas laterais, aliás, são ótimos laterais, uma das melhores duplas que o time já teve nestes últimos anos.

Já Bruno, fantástico goleiro, um dos melhores do Brasil, senão o melhor, Angelim e Fábio Luciano, sem esquecer é claro de Cristian, fazem do setor defensivo/marcação do Flamengo ser eficiente e confiável, coisa que não acontecia há muito tempo.

Confesso que há muito tempo não tinha tanta confiança em um goleiro, desde a saída de Júlio César, hoje na Inter de Milão. No mais, enfim, temos que ter muito cuidada, pois muitas vezes "cornetamos" injustamente jogadores que tem dado para o sucesso do time.
Por isso, se é para criticar, que se faça de maneira construtiva, com bons argumentos e uma boa justificativa.

Por: José Lêudo de Araújo Nóbrega - Colunistas do Flamengo -http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=42812707