domingo, 27 de maio de 2018

Brasileirão 2018: Atlético Mineiro 0 x 1 Flamengo


Uma vitória para ser muito comemorada. Após uma desgastante viagem para Argentina, o Flamengo teve que encarar um Atlético Mineiro fora de casa, valendo a liderança do Campeonato Brasileiro.

E era uma tarefa duríssima, contra um adversário que venceu os três jogos que fez no Independência, que teve a semana livre e não perdia para o Rubro Negro em Belo Horizonte pelo Brasileirão há oito anos.

E para piorar, o Flamengo jogava com uma zaga jovem: Léo Duarte e Thuler, que acabara de ser campeão estadual sub-20 na semana passada contra o Vasco e jogando de titular, mesmo tendo 19 anos.

Foi um sufoco desgraçado, muita pressão, duas bolas na trave e Diego Alves realizando milagres, porém os três pontos vieram e o clube da Gávea dorme na liderança e pode terminar a rodada em primeiro caso Corinthians não vença por três gols de diferença.

É um Flamengo que aceita a condição inferior em certo momento e permite o adversário ter a posse de bola. Quantas vezes o Rubro Negro não foi questionado justamente por ter posse de bola e ser arame liso, não conseguindo finalizar e levar perigo?

Nas duas últimas partidas o time entregou a bola ao adversário: contra o River e agora contra o Atlético Mineiro o Flamengo teve apenas 40% de posse.

Sem dúvida é uma mudança de característica. Não é necessário ter o controle do jogo em todos os momentos e em todas as situações.

Aliás, ter 40% da posse de bola é o normal de todos os adversários da equipe mineira jogando no Independência. Contra o Vitória: 65% x 35%; contra o Corinthians: 58% x 42%; contra o Cruzeiro: 64% x 36%.

Vamos ver se será uma nova característica desse Flamengo de Barbieri ou foi apenas pelas circunstâncias de jogo.


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Sem Cuellar, com a seleção colombiana, Jonas foi o destaque com incríveis nove desarmes, recorde da atual edição do Brasileiro, segundo o Footstats.

No entanto, o grande nome foi Vinicius Jr. A única fonte de escape no primeiro tempo, de um Flamengo que buscava o passe na vertical de forma inteligente, contra um linha de zaga avançada, que tinha o goleiro Victor praticamente de líbero.

No segundo tempo, já sem o inoperante Dourado, Jean Lucas entrou e empurrou Vinicius Jr pro atacante. Foi nessa posição que ele aproveitou o rebote e, em um contra-ataque de almaque, deixou livre para Éverton Ribeiro garantir a vitória.

Vale lembrar, quem não se lembra da titularidade absoluta do Éverton, que impedia Vinicius Jr de jogar, ou o argumento de que o garoto só podia atuar nos 15 minutos finais? Pois é, como as coisas mudaram.

A jovem dupla de zaga Léo Duarte e Thuler foi providencial, pois dificilmente Réver e Juan aguentariam a velocidade do ataque mineiro. Ambos foram decisivos nos cortes dos 49 cruzamentos atleticanos.

Existe muita coisa a ser melhorada, reforçada, contratada, começando pelo treinador. O Flamengo segue líder do Brasileiro, mesmo tendo atuações pouco convincentes. Que não se deixem levar pela euforia.

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