quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Copa Sul-Americana 2017 - Quartas de final: Flamengo 3 x 3 Fluminense - CLASSIFICADO


Com grande raça, frieza e determinação o Flamengo arrancou um empate dramático contra o Fluminense por 3 x 3, após estar perdendo por 3 x 1, e garantiu a classificação para a semifinal da Copa Sul-Americana.

Após 16 anos o Flamengo volta a disputar uma semifinal de uma competição sul-americana. A última vez foi lá em 2001, pela Copa Mercosul.

O Rubro Negro não perdeu nenhum Fla-Flu no ano. Foram oito jogos, três vitórias e cinco empates.  Em seis oportunidades o tricolor saiu na frente. Em cinco partidas o time da Gávea conseguiu o gol depois dos 38 minutos, seja para garantir o empate ou a vitória.

Foram tantos momentos marcantes da partida: a falta cobrada do Diego, o calcanhar do Éverton Ribeiro, a entrada do Vinicius Jr que incendiou o clássico, a experiência do Diego Alves encorajando seus companheiros após levar o terceiro gol e na hora de esfriar e deixar o relógio rodar.

Importante destacar: não teve só raça, luta e vontade. Teve habilidade, o improviso de jogadores talentosos, experientes e da base, que fizeram a diferença em momentos decisivos.

Vejamos: quando o Fluminense abriu o placar aos três minutos, em falha absurda de Trauco, Diego sofreu falta e cobrou magistralmente logo depois, aos 9 minutos. Quando tudo pareceria perdido, com 3 x 1 no placar, Diego Alves literalmente empurrou seus colegas para não desistirem, pois o empate viria. Quando parecia que nada daria certo, Éverton Ribeiro achou um calcanhar magistral para Vizeu. Quando o tempo passava e a ansiedade só aumentava pelo empate, Vinicus Jr sofreu falta que resultou no terceiro gol.

Desde o começo da decisão o Flamengo deixou de ser um time de jogadores educados e blasés para um time que lutava e dividia todas as bolas. Até Diego, geralmente contido e morno, após ser chutado, levantou com raiva, xingou e por pouco não enforcou o adversário. Arão, já há algumas partidas, tem jogado com uma raça impressionante.

No entanto, faltava futebol. Ao contrário do primeiro jogo, o Fluminense entrou melhor em campo, parecia mais à vontade para chegar ao ataque. Cuellar estava pouco inspirado, e a a saída de bola Rubro Negro encontrava muita dificuldade. Sem Réver para tirar as bolas aéreas e Guerrero para cortar as bolas do primeiro pau, o Fluminense desceu para o vestiário com 2 x 1 no placar. Poucos antes, Diego Alves defendeu uma cabeçada evitando um prejuízo maior.

O Flamengo voltou da mesma forma para o segundo tempo. O Fluminense seguia melhor e aproveitava qualquer bola para erguer na área. Em escanteio, novamente Renato Chaves subiu livre para ampliar: 3 x 1.


No entanto, clássicos não se jogam, se ganham. Esse tem sido o lema de Reinaldo Rueda, que foi decisivo para obter a classificação.

O Fluminense já ensaiava uma recuada, aceitava o toque de bola da Gávea e tentava acertar pelo menos um contra-ataque.

Entrou em cena então Vinicius Jr, exatamente aos 19 minutos no lugar do Trauco, com Éverton caindo na lateral. Aos 22 deu o passe para Éverton Ribeiro que, com toque magistral, deixou Vizeu livre para diminuir o placar.

A torcida Rubro Negro, em ampla maioria no Maracanã, reencontrava as esperanças e viu dentro de campo uma equipe que se entregava e buscava a classificação a qualquer custo.

Rueda tira Cuellar, deixa Arão de primeiro volante e coloca o Paquetá, encurralando ainda mais o Fluminense em sua defesa.

Aos 37 minutos, Vinicius Jr sofreu a falta, após passar por dois tricolores, que culminou com a cabeçada de Arão, que vinha errando tudo na partida, para fazer 3 x 3.

Eis a diferença de um ponta que ataca na vertical para um motorzinho. Éverton já pode voltar pra lateral e abrir espaços para o garoto de 17 anos.

Dali pra frente não teve mais jogo pro Fluminense. Teve pro Flamengo, graças a Vinicius Jr completamente ensandecido, ajudando na marcação, buscando contra-ataque, roubando bolas e poderia ter recebido de volta o passe que deu açucarado para Diego, que acabou chutando e desperdiçando o que seria um 4 x 3 inacreditável.

Diego Alves abusou da experiência e encerou o quanto pôde para fazer o tempo passar, até receber cartão amarelo e gastar mais tempo ainda.

Flamengo e torcida novamente se encontraram onde gostam: no Maracanã.

Um comentário:

Barreto disse...

Já houve tempo suficiente para este treinador ter apresentado alguma coisa. Até agora nada apresentou. O cara está completamente perdido. Pior que a armação do time são as suas entrevistas. Sempre com um discurso conformado. Fala sempre baixinho com mesmo tom mesmo quando as coisas terminam como ontem, não mostrando qualquer indignação . Mais uma vez temos uma prova de que este elenco não é bom e, para a próxima temporada, serão necessárias muitas outras ações além do que apenas dispensar Vaz, Muralha, M. Araujo e Gabriel. Na minha opinião de todo o elenco apenas poucos deveriam ser aproveitados e mesmo assim algum deles somente para a reserva.