Na semana que vem teremos o jogo de volta no Maracanã e saberemos quem tem o que comemorar após esse 0 x 0.
Com um técnico que fez apenas um treinamento oficial, não pôde contar com Éverton Ribeiro, Geuvânio e Guerrero e que
tentou acertar na base da conversa, dá para dizer que o Botafogo respeitou demais o Flamengo.
Não foi aquele time que sobe a marcação, que força erros do adversário e que mata a partida no contra-ataque, como era seu histórico jogando em casa.
A estratégia declarada era deixar Márcio Araújo livre, com liberdade para fazer suas barbaridades.
O Globo Esporte abriu o jogo:
Porém Rueda não é Jayme, que em duas oportunidades que teve escalou Márcio Araújo. Com apenas um treino, Cuellar ganhou novamente a vaga de titular. E fez uma de suas melhores atuações. Forçoso lembrar que Zé Ricardo caiu, entre outros motivos, porque foi teimoso e apostou no jogador pragmático.
Deixando o passado, a realidade promete ser diferente.
Após o horroroso jogo de domingo contra o Atlético Mineiro, o Flamengo fez uma partida de respeito e merecia sair com a vitória nesta quarta-feira.
A equipe Rubro Negra foi compacta na defesa, impediu a saída em contra-ataque do Botafogo e menos afoita no ataque, tendo paciência pra buscar melhor passe.
O mapa de calor do Footstasts traduz exatamente as duas equipes sem força ofensiva, e um Flamengo mais organizado e torto pela direita com Berrío, com Éverton afunilando mais:
Mapa de calor do Flamengo |
Mapa de calor do Botafogo |
Faltou justamente ser mais agressivo, mais incisivo. Principalmente porque Diego, principal arma ofensiva, não encontrou novamente seu bom futebol.
Cuellar e Arão revezavam na saída de bola, procurando o passe vertical, porém sentiram falta do Guerrero para fazer o papel de pivô e ajudar no agrupamento do ataque, hoje muito espaçado.
Na jogada que deve servir de modelo, Cuellar recebeu, passou, se movimentou, pediu de volta e Berrío perdeu de forma inacreditável o gol nos acréscimos do primeiro tempo.
O Botafogo não exerceu a pressão inicial e viu o Flamengo tomar a dianteira. Só a partir dos 20 minutos tentou ser mais incisivo, no entanto Muralha não foi forçado a fazer uma única defesa, ainda bem.
Na virada do segundo tempo um Flamengo surpreendente querendo a vitória. Éverton finalmente apareceu e sofreu falta. Diego carimbou a trave em cobrança de falta.
Em seguida, Rodrigo Lindoso quase quebrou o tornozelo de Berrío, sendo punido apenas com um amarelo.
Jair Ventura tirou o jogador amarelado e colocou o Botafogo pro ataque com as entradas de Guilherme e Gilson.
Com Berrío machucado, Rueda entrou com Márcio Araújo, o que foi evidentemente um erro.
Depois ainda tentou corrigir com a saída do Éverton e a entrada do Vinicius Jr, que precisou de voltar pro banco após a absurda expulsão do Muralha.
Um jogo que poderia ter ficado aberto e emocionante no final, foi brutalmente prejudicado pela arbitragem.
E ficou para quarta-feira.
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O Flamengo respira. Há três dias tudo parecia perdido e chegaram a acreditar que o Botafogo iria atropelar.
Rueda deu sinais de que começa a executar sua filosofia: laterais mais presos - quase não subiram, um jogo de menos cruzamentos - foram apenas 19 e mais passes verticais entre as linhas do adversário.
Além de neutralizar os contra-golpes e apostar no volante mais técnico. Em poucos dias Rueda estudou e colocou em prática o que era esperado em tão pouco tempo.
O colombiano terá uma semana para resolver o problema do ataque Rubro Negro, que não marca há três jogos: Vitória, Atlético-MG e Botafogo.
É rezar pela volta do Guerrero.
Um comentário:
Bienvenido Rueda!
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