quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Copa do Brasil: Botafogo 0 x 0 Flamengo

No primeiro jogo da semifinal, empate sem gols entre Flamengo e Botafogo, no Engenhão.

Na semana que vem teremos o jogo de volta no Maracanã e saberemos quem tem o que comemorar após esse 0 x 0.

Com um técnico que fez apenas um treinamento oficial, não pôde contar com Éverton Ribeiro, Geuvânio e Guerrero e que
tentou acertar na base da conversa, dá para dizer que o Botafogo respeitou demais o Flamengo.

Não foi aquele time que sobe a marcação, que força erros do adversário e que mata a partida no contra-ataque, como era seu histórico jogando em casa.

A estratégia declarada era deixar Márcio Araújo livre, com liberdade para fazer suas barbaridades.

O Globo Esporte abriu o jogo:


Porém Rueda não é Jayme, que em duas oportunidades que teve escalou Márcio Araújo. Com apenas um treino, Cuellar ganhou novamente a vaga de titular. E fez uma de suas melhores atuações. Forçoso lembrar que Zé Ricardo caiu, entre outros motivos, porque foi teimoso e apostou no jogador pragmático.

Deixando o passado, a realidade promete ser diferente.

Após o horroroso jogo de domingo contra o Atlético Mineiro, o Flamengo fez uma partida de respeito e merecia sair com a vitória nesta quarta-feira.

A equipe Rubro Negra foi compacta na defesa, impediu a saída em contra-ataque do Botafogo e menos afoita no ataque, tendo paciência pra buscar melhor passe.

O mapa de calor do Footstasts traduz exatamente as duas equipes sem força ofensiva, e um Flamengo mais organizado e torto pela direita com Berrío, com Éverton afunilando mais:

Mapa de calor do Flamengo 

Mapa de calor do Botafogo 

Faltou justamente ser mais agressivo, mais incisivo. Principalmente porque Diego, principal arma ofensiva, não encontrou novamente seu bom futebol.

Cuellar e Arão revezavam na saída de bola, procurando o passe vertical, porém sentiram falta do Guerrero para fazer o papel de pivô e ajudar no agrupamento do ataque, hoje muito espaçado.

Na jogada que deve servir de modelo, Cuellar recebeu, passou, se movimentou, pediu de volta e Berrío perdeu de forma inacreditável o gol nos acréscimos do primeiro tempo.

O Botafogo não exerceu a pressão inicial e viu o Flamengo tomar a dianteira. Só a partir dos 20 minutos tentou ser mais incisivo, no entanto Muralha não foi forçado a fazer uma única defesa, ainda bem.

Na virada do segundo tempo um Flamengo surpreendente querendo a vitória. Éverton finalmente apareceu e sofreu falta. Diego carimbou a trave em cobrança de falta.

Em seguida, Rodrigo Lindoso quase quebrou o tornozelo de Berrío, sendo punido apenas com um amarelo.


Jair Ventura tirou o jogador amarelado e colocou o Botafogo pro ataque com as entradas de Guilherme e Gilson.

Com Berrío machucado, Rueda entrou com Márcio Araújo, o que foi evidentemente um erro.

Depois ainda tentou corrigir com a saída do Éverton e a entrada do Vinicius Jr, que precisou de voltar pro banco após a absurda expulsão do Muralha. 

Um jogo que poderia ter ficado aberto e emocionante no final, foi brutalmente prejudicado pela arbitragem. 

E ficou para quarta-feira. 


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O Flamengo respira. Há três dias tudo parecia perdido e chegaram a acreditar que o Botafogo iria atropelar. 

Rueda deu sinais de que começa a executar sua filosofia: laterais mais presos - quase não subiram, um jogo de menos cruzamentos - foram apenas 19 e mais passes verticais entre as linhas do adversário. 

Além de neutralizar os contra-golpes e apostar no volante mais técnico. Em poucos dias Rueda estudou e colocou em prática o que era esperado em tão pouco tempo. 

O colombiano terá uma semana para resolver o problema do ataque Rubro Negro, que não marca há três jogos: Vitória, Atlético-MG e Botafogo. 

É rezar pela volta do Guerrero. 

Um comentário:

José Roberto disse...

Bienvenido Rueda!