Com dois meses no cargo e diante da maior tragédia da história do clube, o presidente do Flamengo pediu licença até 16 de março.
Teoricamente o vice estaria ali para substituí-lo, no entanto, este também pediu licença. Rodrigo Dunshee, que também é o vice-presidente jurídico do clube, só volta dia 6 de março.
Quem assume a principal cadeira do clube até pelo menos a próxima quarta-feira é o presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Alcides.
Tudo isso justamente em um momento delicado: quando o clube tem seu CT interditado pela prefeitura, quando o time vai estrear na Libertadores, quando as negociações com as famílias das vítimas do incêndio do Ninho do Urubu estão acontecendo.
Landim tem uma postura discreta na presidência. E vinha bem: não frequenta vestiário, não besbilhota os treinos, não se fez presente nas apresentações de Arrascaeta, Gabigol ou Bruno Henrique. Deixou para a direção do futebol o protagonismo. É o justo, cada um em seu lugar.
No entanto, tem momentos onde a figura do presidente, que representa a instituição, precisa aparecer, marcar presença. O que não aconteceu na primeira reunião de tentativa de acordo com as famílias, por exemplo. Demorou muito tempo também para se manifestar em coletiva para a imprensa. Reparem que, após a entrevista de domingo, cessaram as reportagens caluniosas.
É compreensivo que esteja vivendo momentos turbulentos. Quando uma pessoa se candidata à presidência do Flamengo já se prepara para passar por várias crises, protestos, falta de títulos, tendo que tomar decisões ligados ao futebol. Mas ter que administrar a morte de dez crianças dentro do próprio clube não é mera dificuldade cotidiana. É um baque.
É aceitável, vendo pelo lado humano, se afastar para respirar. Nesse momento que o vice deveria assumir suas responsabilidades. No entanto, o correto seria Rodolfo Landim cancelar qualquer viagem programada e permanecer junto ao clube nesse momento delicado.
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