terça-feira, 15 de maio de 2018

Basquete: José Neto deixa o Flamengo após seis anos


José Neto chegou ao Flamengo em 2012 para substituir o argentino Gonzalo Garcia, que havia sido eliminado na semifinal do NBB para São José, mesmo contando com Kammerichs e David Jackson de estrangeiros, o pivô Caio Torres, que estava na Espanha, além de Marcelinho e Duda em seu elenco.

Com a chegada de Neto, o Flamengo fez uma limpa, mantendo apenas Caio Torres, Marcelinho e Duda. Foram contatados Benite, Marquinhos, Olivinha, Kojo, Gegê e Shilton.

E começava uma época de ouro para o basquete da Gávea. No ano seguinte o elenco foi ainda mais qualificado com as chegadas dos inesquecíveis Nicolás Laprovittola e Jerome Meyinsse.

Depois chegou o campeão olímpico Walter Herrmann e o Flamengo conquistou os títulos mais importantes da sua história: em 2014 foi campeão do estadual, NBB, da Liga das Américas e do Mundial com um forte esquadrão: Laprovittola, Benite, Marquinhos, Herrmann e Meyinsse, tendo no banco Gegê, Marcelinho, Olivinha e Felício.

Desde a saída de Laprovittola o clube busca outro armador, o que tem sido tarefa difícil: Rafael Luz, Fischer e Cubillan já passaram pelo posto e ninguém consegue substituiu o argentino à altura.

Nesse meio tempo, após três temporadas, Jerome Meyinsse também deixou a Gávea e voltou para a Argentina.

Em seis anos, foram quatro títulos brasileiros, a Liga das Américas e o Mundial. Mas também muitas derrotas que deixaram marcas, como as já relatadas nesse blog.

José Neto merece respeito por ter colocado o basquete Rubro Negro no topo do mundo e mantido por quatro anos uma hegemonia nacional. No entanto, os dois últimos anos não foram nada bons. Percebe-se claramente um esgotamento técnico, que o ciclo estava, de fato, encerrado.

Tentou-se ainda esticar por mais uma temporada mesmo após rodar em plena quartas de final para um Pinheiros após abrir 2 x 0, porém, dessa vez, não teve outra escolha e não ser iniciar uma grande limpa no elenco, começando pela comissão técnica.

4 comentários:

Marcel Pereira disse...

Comentei isso na última postagem: alguém reparou que no último jogo contra o Mogi na Arena Carioca que o Sérgio Ovelha Hernandez estava sentado na beira da quadra, atrás do garrafão?
Será algum indício ou só veio estudar o basquete brasileiro??

Ninho da Nação disse...

Barreto, amigo, escreva lá!

Marcel Pereira disse...

Demetrius e Gustavinho recusaram a sondagem do Flamengo para cumprir seus contratos com Bauru e Paulistano até o final... Parece claro então que a opção daqui para frente vai ser por um técnico estrangeiro...
O nome do Sérgio Hernandez tá muito falado e o lance dele estar na beira da quadra no jogo 3 contra Mogi diz bastante coisa, mas não garante nada...
Para "ajudar" a diretoria a pensar em outras alternativas se a negociação com o Ovelha não evoluir:
O espanhol Paco Garcia que foi o semeador deste trabalho do Mogi que está dando frutos Jones, está há duas temporadas como técnico do Valladolid, na 2a divisão da Liga Espanhola... Um projeto de ponta no Brasil com chance de brigar por tiros internacionais nas Américas, poderia seduzi-lo.
Ruben Magnano passou a última temporada sem clube, depois de pedir dispensa após 4 meses no Trotamundos da Venezuela pq o presidente do clube quis forca-lo a escalar um jogador.
O espanhol Pelo Claros, que já ganhou uma Liga das Américas com o Pioneira, do México, já trabalhou na NCAA e já foi treinador do Saskia Baskonia, un dos grandes da Espanha, está treinando o Akita, do Japão...
Três nomes só para ajudar num "Toró de idéias"
SRN
Marcel Pereira

Antônio Neto disse...

Na minha opinião as "recusas" do Demétrius e do Gustavinho foram mais políticas do que qualquer outra coisa.

O primeiro após uma ótima temporada certamente vai tentar uma boa valorização salarial, se o Flamengo bancar a proposta do Bauru acho muito difícil ele optar por continuar em um time com menor chance de titulos e visibilidade.

Já o caso do Gustavinho,o que sabemos é que ele tem contrato até junho de 19 e na teoria qualquer clube teria que tirar dinheiro do bolso para contrata-lo, entretanto, acho que a possibilidade do time paulistano perder duas finais seguidas pode causar uma frustração tão grande que talvez facilite uma futura negociação.