quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Copa Sul-Americana 2017 - 2º jogo da final: Flamengo 1 x 1 Independiente


À exemplo de 1995, o sonho de terminar a temporada de fracassos com um título foi por água abaixo. Tanto lá quanto cá, os graves problemas antes e depois do jogo se repetiram, que vão merecer um capítulo à parte.

Outra vez ocorreu invasão, brigas, gente pisoteada e muita confusão. Um clima absurdo de guerra, de ameaças tomou conta dos entornos do Maracanã. Presenciei antes do jogo diversas crianças e famílias não conseguindo entrar no estádio porque as bombas, a correria e o gás de pimenta eram intensos. E depois do jogo era assustadora a quantidade de bombas voando, tiros disparados, grades sendo arremessadas, pessoas desesperadas sem saber para onde correr e a bandidagem roubando quem passava.

Falha grave da segurança pública de um falido Rio de Janeiro, e também do Flamengo, que deve receber uma dura punição. Afinal, era de conhecimento público que teriam invasão e brigas, e foram incapazes de armar uma barreira para só acessar a área perto das entradas quem tivesse com o ingresso.

O Rubro Negro perdeu uma chance imensa de criar uma casca em competições sul-americanas, após duas eliminações seguidas na fase de grupos da Libertadores. Ganharia moral derrotando uma equipe de tanta tradição sul-americana e daria fôlego a um elenco que lutava para parecer cascudo, pelo menos nessa competição. Eram so aparências. O time mostrou que segue sem nenhuma estrutura psicológica e expôs sua frágilidade em termos de organização, diante de um adversário muito melhor prostrado, que não se abateu com o ambiente hostil e muito menos com o gol sofrido. Mostrou porque são de fato "os reis de copas".

O gol perdido pelo Éverton logo no começo foi um mal sinal. Uma finalização bizarra, sem olhar, diante de um goleiro que já estava caído.

Se Diego fazia outra uma partida bem ruim, Paquetá realizava jogo de gente grande e experiente. Impressionou a tranquilidade, a frieza. A bola grudava no pé e ninguém tirava. Já havia marcado no Maracanã pela final da Copa do Brasil, voltou a balançar as redes agora pela final da Sul-Americana.

Porém, a vantagem e a euforia duraram pouco. Em um pênalti muito mal marcado pelo árbitro de vídeo, o Independiente chegou ao empate. Como conseguiram ver a penalidade, em um jogo onde poucos contatos físicos eram marcados, é uma incógnita.

Aliás, a arbitragem também merece um capítulo à parte. Os absurdos três minutos de acréscimos em cada tempo, após um longo período para decidir sobre o pênalti, a contusão do César que ficou mais de cinco minutos sendo atendido no gramado e as seis substituições, além de a todo momento o árbitro mandando voltar para que se cobrasse a falta no ponto exato onde ocorreu.

Merece discussão se a arbitragem de vídeo não vai funcionar também para avisar pro árbitro que o jogo ficou paralisado por tantos minutos. Em suma, uma vergonha.

No segundo tempo um Flamengo morto, sem forças para reagir, sem saber como chegar na área do Independiente. Se não fossem as bolas erguidas na área, não teria levado perigo algum. A única jogada individual foi com Paquetá, que merecia outro gol pela categoria.

Por pouco Réver não marca de cabeça e no rebote, no último minuto. O Independiente com mais espaço, valorizava a posse de bola, não recuou tanto como na Argentina, não ficou esperando o time do Flamengo e ficou perto da virada, se não fosse Juan salvando em cima da linha.

Por fim, Rueda foi obrigado a usar a base, e jogar com atletas de 16 e 17 anos em plena final sul-americana porque as super contratações da diretoria não resolveram.

A única que deu certo foi de Diego Alves, e só veio por apelo da torcida, que pressionou pelas redes sociais. Todas deram erradas ou não foram utilizadas quando deveriam. Muito dinheiro gasto, muita contratação furada e um planejamento que gastou muita grana para pouco resultado.

Mas o trabalho do Rodrigo Caetano segue indiscutível. O atual vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba, já até anunciou que o executivo está garantido para 2018, tudo capitaneado pelo presidente Eduardo Bandeira, que até outro dia comandava diretamente o futebol (não que hoje tenha se afastado) e Fred Luz, CEO do clube.

O Flamengo saiu derrotado em várias frentes, em todos os sentidos na noite dessa quarta-feira, e conseguiu até arrastar a torcida para o meio desse furacão.


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O Ninho da Nação foi convidado pela Bumbet, site de jogos on-line e patrocinador oficial da Copa Sul-Americana para assistir o jogo da final no camarote da empresa. Parabéns à turma pelo ótimo ambiente e serviço proporcionados aos convidados. Se tivesse vindo o título, teria sido uma noite Rubro Negra perfeita.


3 comentários:

Caio Badaró disse...

Esse time é uma vergonha! Uma das poucas vezes na vida que vi um time que precisava ganhar, e depois de um gol para levar para a prorrogação, terminar a partida sem NENHUM momento de abafa, de pressão. Em nenhuma parte do jogo tive a sensação de que o time iria fazer um gol a qualquer momento, aquela sensação de que era só uma questão de tempo. Pelo contrário, no final da partida tive a sensação de que o Flamengo inevitavelmente levaria um gol (e só não levou porque o incansável Juan salvou!). Pode ter faltado perna, pode ter faltado futebol, mas acima de tudo falta atitude, que é diferente de raça! Não vou perder mais tempo falando o que todos já sabem: falta atitude no comando, e isso contagia.

Pergunto: como pode o Willian Arão ser titular absoluto? O cara aparentemente nem é contestado lá dentro! Alguém tem dúvida que ele começa o ano de titular absoluto novamente? A atuação dele foi ridícula, absolutamente ridícula! O cara se metia no meio dos atacantes na saída de bola do time e na marcação tava sempre longe. Jogador medíocre! E as entrevistas? Que parcimônia! Retrato de um time perdedor.

Trauco, Everton, Pará... Como podem ser titulares absolutos de um time com orçamento gigantesco? Jogadores para, no máximo, compor o elenco.

Sobre o Maracanã, dei sorte de não presenciar nenhuma confusão, mas o clima era de muita tensão. Mas isso foi surpresa? A polícia tem parcela de culpa, só que o Flamengo é responsável pelo seu torcedor! Cobram o olho da cara no ingresso, sócio torcedor gasta uma grana durante o ano, e o Flamengo faz de conta que não é com ele? Como assim não tem culpa?! Ainda emite uma nota com ar de sociologia barata... Nossa sociedade é violenta, mas uma coisa é o torcedor que quer brigar se meter na Avenida Brasil para brigar com rivais, outra é o cara ir para o Estádio e assaltar os torcedores do próprio time, enfiar a porrada em qualquer um que passa, e não haver nenhuma segurança no "evento". Não havia nenhuma segurança! Se não há contingente policial suficiente, é dever do Flamengo organizar uma estrutura, contratar segurança. No Maracanã o bloqueio tem que ser num raio de 2km do estádio, no mínimo! Aliás, quando cheguei já não havia nenhum bloqueio. A corja do Banana de Mello nos trata como clientes, mas só quando interessa a eles. Apenas o venha a nós, o vosso reino nada! Na hora de retribuir ao cliente, nos tratam como gado e se eximem de culpa. Enfim, vergonha e nojo disso tudo...

Alívio por acabar o ano. Pela primeira vez na vida passarei as férias sem a sensação de que falta jogo do Flamengo. Estou é angustiado com (e não pela) volta ano que vem. Afinal, não há nenhuma perspectiva de mudança. Fred Luz e Rodrigo Caetano seguem intocáveis... Haja!

João Paulo disse...

Como torcedor estou bem tranquilo, haja vista, o Flamengo até 2020 vai dominar completamente o futebol brasileiro.

Sérgio Holanda disse...

João Paulo,

então podemos esquecer 2018 e 2019?

O time do flamengo em 2017 é a cara do seu comandante em 2017: retardado, acomodado, fracassado.

Lembrando que o comandante do futebol do flamengo é, pasmem: o presidente.

Coloquem alguém capaz de VP de Futebol e tudo muda.

A gente quer ser campeão, quer ganhar títulos, ser feliz, mas dirigente vagabundo, fracassado emocionalmente, carente de atenção, quer aparecer mais que todo mundo e atrapalha, estraga o nosso ano.