Coube ao Flamengo na última rodada conseguir o que não conseguiu em todo o campeonato brasileiro: virar uma partida.
Aliás, esses três últimos jogos tem sido de momentos excepcionais: duas viradas e uma vitória fora de casa em uma partida sul-americana.
Após o jogo contra o Corinthians o time conseguiu encontrar um grau de competitividade que tem resolvido os jogos decisivos dessa reta final. Desde o início o discurso do Rueda foi de competitividade, de não aceitar as derrotas, de guerrear a cada partida, confrontando com uma narrativa passiva e sem ânimo da atual diretoria que contaminava o elenco.
Em que pese ainda não ter encontrado um futebol de encher os olhos. No entanto, ninguém a essa altura do campeonato está preocupado com boas atuações, o objetivo é terminar a temporada de forma digna.
E afinal, o time não conseguiu um padrão de jogo o ano inteiro, porque se cobraria tal feito em um momento que é preciso fretar voo pro elenco ganhar horas de descanso após mais de 80 jogos?
E novamente coube a base resolver os problema do Flamengo. Em um jogo ruim, de um time que já passou dos 80 jogos, contra 60 do Vasco, por exemplo, dessa vez foi Vinicius Jr que destravou o time com bela jogada pela esquerda e o drible que sofreu falta e resultou no pênalti. E tudo isso em 30 minutos.
No gol, novamente César salvou. Poucos vão se lembrar, mas antes da virada em Salvador o goleiro fez uma defesa inacreditável e salvou a pátria Rubro Negra.
É bizarro ver que o clube tinha um goleiro desse nível em seu elenco e não conseguiram enxergar. Da mesma forma que Jorge só virou titular quando o time não pôde contar com os então três laterais: Anderson Pico, Thallyson e Armero, César só chegou ao gol porque Diego Alves se machucou, Muralha nem deveria estar mais no clube e Thiago estava sem ritmo.
E dessa forma que tratam a base do Flamengo. São incapazes de avaliarem se um jogador tem condições de assumir a titularidade e assim não precisar de contratar reforços.
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A última rodada foi divertida. Tudo se encaminhava para o Vasco conseguir a vaga direta na fase de grupos. E, com todos os resultados da rodada: vitória do Atlético Mineiro e Chapecoense, o Flamengo correria risco de nem disputar a pré-libertadores via Brasileiro e tendo mais uma faca no pescoço contra o Independiente.
Eis que nos acréscimos, pênalti para o Flamengo, virada garantida e a classificação para a fase de grupos.
É motivo de festa, comemoração? Não vou discutir qual deveria ser o sentimento de cada um, mas foi engraçado e só.
Tomara que não encarem como missão cumprida a classificação direta para a fase de grupos por ter conseguido um decepcionante sexto lugar no Brasileiro.
Agora é lutar pela batalha da Sul-Americana.
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