Enfim, a estreia do Flamengo na Libertadores contra o San Lorenzo no Maracanã

O Flamengo não é favorito para a Libertadores, o Flamengo não é favorito para ir às oitavas de final e o Flamengo foi eliminado na fase de grupos nas duas últimas edições que participou.

São com essas credenciais que a equipe começa a disputa de mais uma Libertadores. Por mais que tenha um elenco experiente, com jogadores tarimbados e temidos pelos adversários, Diego Aguirre, técnico do San Lorenzo, por exemplo, acredita que o Flamengo tenha um dos três melhores times do Brasil, o retrospecto da participação Rubro Negra na competição precisa ser levado em conta.

Não basta ter um Guerrero em ótima fase, um Diego no meio de campo, Réver na zaga, Bérrio na ponta jogando em velocidade, na Libertadores nem sempre o elenco mais forte leva.

Por pura displicência e má vontade, o time foi eliminado da Sul-Americana pelo ridículo Palestino, que está na metade da tabela do poderoso campeonato chileno. Nem precisava jogar muito ou fazer a melhor atuação do ano, precisava apenas ter postura de time que quer brigar pelo título.

A Libertadores não permite um minuto de desatenção, vide a dura lição que o Atlético Paranaense tomou ontem. Vencia por 2 x 0, jogando em casa, e levou dois gols no final da partida. Pra completar o drama, ainda acertou a trave no último segundo e perdeu a chance de sair com os três pontos. Parecia um certo clube da Gávea jogando Libertadores.

Por ser o primeiro jogo oficial do San Lorenzo no ano, em virtude da greve dos jogadores na Argentina, o campeonato nacional ainda não reiniciou: foram disputadas 14 rodadas entre 26 de agosto e 19 de dezembro, a 15ª rodada prevista para duas semanas atrás não aconteceu, o Flamengo não sabe o que esperar do San Lorenzo e nem o Aguirre tem ideia do verá hoje à noite da sua equipe, ele próprio confessou.

Mas do Rubro Negro, apesar da desconfiança em uma competição sempre com eliminações traumáticas, espero encontrar uma equipe focada os 90 minutos, que jogue de maneira séria, que não se ache favorita, que não se afobe e parta com todo mundo pro ataque, que saiba a hora de acelerar e cadenciar, fazer cera, chamar falta quando precise. Que seja valente, que tenha o espírito de Libertadores, que seja incisiva e não fique apenas na trocação interminável de passes na intermediária, mas também que tenha paciência para saber a hora certa de atacar.

Enfim, estaremos na torcida!