Patrícia preferiu ficar em cima do muro e morrer abraçada ao estatuto

A torcida que lamentou e protestou durante todo o dia contra a saída do Zico, esperou para assistir a coletiva de Patrícia Amorim e ver uma postura mais corajosa, mais firme e repudiando o que fizeram com o Zico e sua família.

Mas ela preferiu ser política demais, adotou o estilo paz e amor e não quis comprar briga com setores do Clube, preferiu dizer que respeita o estatuto e que entende o papel do Conselho fiscal e infelizmente em momento algum foi firme na defesa da honra e do caráter do Zico.

Foi no mínimo infeliz quando disse estar ali de peito aberto, dando a entender que Zico "fugiu" do combate e da guerra. Entre Capitão Léo e Zico, ela ficou em cima do muro, lamentável.

E ainda colocou a culpa no estatuto e no "aqui no Flamengo é assim mesmo", quando perguntaram porque em quatro meses o Clube não fez uma ação de MKT relacionado ao Zico.

Aliás, o estatuto está sendo desculpa frequente para a falta de profissionalização do Clube. Acho que falta muito mais vontade, desejo político de encarar os dinossauros do que proibição do regimento interno.

Por exemplo, o Arnaldo Szpiro deixou o basquete porque precisava seguir sua vida pessoal, pois no Flamengo ele trabalhava como amador, apesar do trabalho excelente e profissional, fica a pergunta, o estatuto proibe a profissionalização do cargo de diretor de basquete com metas a cumprir e orçamento próprio?

Ficou difícil de saber de qual lado ela está. Ela perdeu uma grande chance de marcar posição, mesmo que com isso começasse uma perseguição política, isso faz parte de toda luta política, onde sempre tem gente disposta a te derrubar.

Enquanto isso ninguém sabe quem assume o futebol, ninguém sabe se o "projeto" de profissionalização vai continuar sem o Zico, e sinceramente, não vejo nomes palpáveis para assumir o cargo e tocar o projeto que Zico começou.

Segundo a Patrícia, vai ficar tudo para segunda-feira.