Pacote olímpico beneficia Flamengo, Morro da Viúva renderá lucro a ser investido no CT

O Flamengo tem hoje um prédio de mais de 140 apartamentos, que é o Morro da Viúva, na Praia do Flamengo, e uma mansão em São Conrado, que infelizmente não revertem nada em benefício do clube, pelo contrário, são dívidas de IPTU e ações judiciais.

O vice de patrimônio do Flamengo Alexandre Wrobel, encarregado de finalizar as obras do Ninho do Urubu, afirmou que tentaria utilizar o dinheiro vindo do Morro da Viúva e da Mansão de São Conrado para investir no CT, e ao que se parece, uma dessas fontes de renda pode ser garantida.

Wrobel disse em entrevistas recentes, que o Morro da Viúva poderia ser explorado por uma empresa: "Cedê-lo em definitivo, nunca. Apesar de ser espetacular, é um lugar desgastado e sua reforma giraria em torno de R$ 20 milhões. O investimento ali seria por tempo determinado. Seria uma parceria para totalizar 60% da verba do CT"

Está em O Globo de hoje:

A Câmara aprovou uma emenda que permite a transformação em hotel de um prédio residencial que pertence ao Flamengo, localizado na Avenida Rui Barbosa. A emenda havia sido apresentada originalmente pela vereadora Patrícia Amorim (PSDB), presidente do clube, que abriu não da proposta, reapresentada com modificações pelas comissões da casa.

- Se o Flamengo for beneficiado pela emenda, não há conflito, mas convergência de interesses. O bairro é uma região sob influência dos Jogos Olímpicos. As competições de vela serão realizadas na Baía de Guanabara, e o aterro será cenário da maratona e das provas de ciclismo - disse Patrícia.

A presidente da associação de moradores do Flamengo (Flama), Leila Maywald, foi à Câmara tentando convencer os vereadores a não autorizarem a mudança:

- Os moradores da Rui Barbosa querem que o prédio seja recuperado e preservado o uso residencial. Eles temem que, pelo tamanho dos apartamentos, o imóvel seja transformado até em uma espécie de apart-hotel.

O prédio do Flamengo tem 148 apartamentos, com cerca de 150 metros quadrados cada, mas apenas 40% dos imóveis estão ocupados. O imóvel tem sido alvo frequente de ações judiciais por dívidas tributárias, inclusive de IPTU. O ex-vice presidente do Flamengo Delair Dumbrosck disse que, durante a administração Márcio Braga, o clube chegou a estudar o uso hoteleiro do imóvel, mas desistiu porque a legislação não permitia.