quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Governo estuda aceitar mais uma cláusula estúpida da concessionária que administra o Maracanã

Reportagem em O Globo informa que o governo estuda conceder mais um benefício ao consórcio que administra o Maracanã.

Depois de reduzir o investimento no estádio em 80%, conforme previsto no edital original da licitação, de R$ 549 para R$ 120 milhões. Depois de acrescentar ao contrato uma nova cláusula de revisão trienal dos valores.

Agora, segundo o jornal, a Odebrecht quer uma cláusula de rescisão sem multa se não atingir projeção de lucro na gestão do estádio.

Ou seja, a empresa continuará administrando o Maracanã, com seus custos absurdos, baixa receita de marketing e venda de camarote, se não der certo, devolve esse monstro para o estado sem qualquer ônus.

Lembremos: em 2014 o Maracanã fechou com um rombo de R$ 77,2 milhões. Em 2013 o déficit foi de R$ 48,3 milhões.

E ninguém anula essa licitação, que já perdeu seus efeitos há tempo. Quem vê pensa que estão negociando alterações de cláusulas contratuais entre duas empresas privadas. Não! Tem o poder público do outro lado, tem dinheiro de imposto investido no Maracanã, que foi entregue limpo na mão de uma empresa cujo presidente está atrás das grades, no âmbito da operação Lava Jato, que investiga denúncias de corrupção envolvendo políticos, empreiteiras e a Petrobras.

Com a palavra o senador Romário, muito preocupado com questões do futebol nacional, mas que ignora a crise que vive o estado que o elegeu.

2 comentários:

Paulo Benja disse...

André,

um contrato de concessão onde o agente é livre para cobrar o que quiser do usuário do serviço, lembrando que quando o consórcio entrou ele queria ficar com 60% da bilheteria do Flamengo, para mim é nulo, porque ele é abusivo.

O concessionário de transporte de ônibus e de metro, por exemplo, tem limites no valor que pode cobrar do usuário no contrato.

Mas, quando você junta Sergio Cabral, empreiteira e no Brasil, aí parece que tudo é possível. Não existe lei, nem regra.

Eu votei nesse sujeito duas vezes para governador do Rio de janeiro. Votar nele novamente para um cargo público, jamé. Ele é mais um que entrou para a política e tornou-se milionário.

Flamengo sempre!

Anônimo disse...

É bom lembrar que estas exigências do consórcio são estão acontecendo porque o governo chegou e alterou o contrato depois de assinado não permitindo o aproveitamento do esqueleto museu do índio, do Célio de Barros abandonado e do Júlio Delamare, impedindo o investimento em estacionamento(super necessário) e shopping center que seria interessante para o consórcio. Não é a toa que o consórcio tenta meter a mão na bilheteria e nas outras receitas pois só com jogo que o estádio tem receita.
Qual multa que o governo pagou para alterar o contrato mudar o que estava na licitação???? Deveríamos é exigir o aproveitamento do projeto original em termos de estacionamento e shopping center o que vai melhorar a vida dos torcedores e em contrapartida exigir diminuição nas taxas do estádio, pois o consócio iria faturar com o shopping, estacionamento e uma maior circulação de pessoas mesmo fora de horário de jogos.
O maior diabo é o governo que fez demagogia e mudou a regra do jogo depois que fez a licitação.
O consórcio tomou 120 milhões de prejuízo, melhorar as condições de contrato com o Flamengo é que ele não vai.
E o estádio de volta ao estado é bom????? Para quem??? Maracanã no comando do estado vai ficar como sempre ficou entregue as baratas para vir depois de um tempo e se fazer uma reforma cara para que o estádio possa abrigar jogos.