Um Flamengo que ganha sem fazer esforço, sem atuar bem, sem pressionar para fazer mais gols e fica a espera do contra-ataque no segundo tempo, ou de uma bola, como disse o Luxemburgo, pra matar o jogo. É pouco? É. Pode mais? Pode. Mas é o que vem dando resultado, afinal, 21 jogos não é pouca coisa.
Contra o Horizonte pela Copa do Brasil, a atitude deverá ser outra, primeiro jogo em casa, um bom placar já ajudaria, porque no final de semana seguinte tem a semifinal da Taça Rio, na quarta o jogo de volta e no domingo a final.
O time vem cumprido suas etapas, isso sem ter um padrão, sem ter um Ronaldinho brilhante, sem ter atacante, sem ter um lateral esquerdo, vendo pelo lado positivo, pode ter aí algum mérito do Luxemburgo.
O clássico ontem foi chato. Muitos passes errados, sem emoções. Ronaldinho até fez um bom primeiro tempo, perdeu uma chance livre do cruzamento do Alvin e fez boas invertidas para a direita, mas é pouco. Thiago Neves fez o gol em excelente oportunismo na área, depois do cruzamento do Renato. Segundo o Mauro César na ESPN, foi a décima assistência do Renato desde que chegou ao Flamengo, cinco ano passado e cinco esse ano.
Segundo tempo o Botafogo teve que sair pro jogo, mas bem a sua maneira: cruzamento na área. Segundo o Rica Perrone, foram 36 cruzamentos no total. O Felipe não fez uma grande defesa, mas às vezes tem se perdido nas saídas do gol. A zaga foi razoavelmente bem, tirando aquela matada do Loco Abreu no peito e uma cabeçada para fora, até que tirou a maioria das bolas.
O Lucas entrou bem, infernizou o Alvim. Não tem outra opção, até chegou um possível lateral esquerdo, Alvin é o que aproveitou melhor a chance que teve.
Ronaldinho esteve apagado no segundo tempo, fez apenas uma arrancada que o Thiago Neves errou no passe para Diego Maurício e depois o Léo Moura teve que fazer sua jogadinha no meio de campo e deixar Thiago Neves na cara pra matar o jogo.
Léo Moura vem jogando pouco. Na verdade faltam jogadores para ajudá-lo. Thiago Neves joga mais pelo meio, Ronaldinho fica mais na esquerda e tem o apoio do Renato e até do Alvin. É um time meio torto, por isso as invertidas do Ronaldinho para o Léo Moura não tiveram muito efeito. Willians tem ficado mais na marcação.
Assim vai o Flamengo, com suas duas linhas de três: Maldonado, Willians e Renato Abreu, com Ronaldinho, Thiago Neves e Deivid. Luxemburgo se quiser ser mais ousado pode tirar o Maldonado, que ontem até esteve bem, e colocar o Fierro, por exemplo, mas vai sofrer lá trás. Pra jogar com dois atacantes, terá que tirar o Renato, o que é praticamente impossível de ser feito.
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