Marcelo Salles cumpriu seu papel: entregou o Flamengo classificado para as quartas de final da Copa do Brasil e terceiro colocado no Campeonato Brasileiro.
Foram quatro jogos, três vitórias e um empate jogando pior que o adversário. E o melhor: quatro partidas sem sofrer gol, feito inédito na temporada.
É a melhor sequência desde a reta final do Brasileirão 2018, (Santos, Sport, Grêmio e Cruzeiro) com Dorival Júnior.
Mesmo jogando contra adversários risíveis, Abel jamais conseguiu tornar a defesa segura.
Problema que o legado deixado pelo ex-treinador é bem negativo. É um Flamengo que ainda não conseguiu ter um jogo sólido, que tem dificuldade para jogar contra times mais organizados e, quando enfrenta times reativos, até cria inúmeras chances, como contra o CSA, mas impressiona a ansiedade que o ataque tem para fazer gol.
A vitória de ontem, mesmo com sete desfalques - sendo cinco titulares, poderia ter sido bem mais fácil e até por goleada, se o ataque não desperdiçasse tantas oportunidades. Foram mais de 60% de posse de bola, inúmeras finalizações, mas vários gols perdidos.
Jorge Jesus acertou na análise após o Fla-Flu de domingo quando disse que viu uma equipe ansiosa em campo. Geralmente quando não se tem confiança no que está fazendo, quando tudo é na base da individualidade e não no coletivo, resulta nesse tipo de comportamento.
O novo treinador retorna para o Rio de Janeiro dia 17 de junho. O elenco se apresenta dia 20. E Rafinha, novo lateral direito, será apresentado no dia 24.
O trabalho só não será iniciado do zero porque o interino Marcelo Salles aplacou os problemas defensivos como pôde nesses quatro jogos, mas em termos de organização, ideia de jogo, pressão na saída de bola, menos ansiedade, o português e sua trupe terão muito o que fazer.
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