domingo, 10 de junho de 2018

Brasileirão 2018: Flamengo 2 x 0 Paraná


O Flamengo deu mais uma mostra de que segue em franca organização, agora dentro de campo.

Com os três pontos, a liderança está garantida. Após 11 rodadas, o clube é dono da terceira melhor campanha da era dos pontos corridos após 11 rodadas: 26 pontos. Só fica atrás do Corinthians de 2017 (29 pontos) e Atlético-MG de 2012 (28 pontos).

O que Barbieri está conseguindo executar é um troço incrível, mesmo sem tempo para treinar, com jogos durante o meio da semana e nos finais de semana.

As oito vitórias conquistadas nesse Brasileirão foram sem sofrer gol.

Segundo o Footstats, a equipe Rubro Negra é a mais eficiente do campeonato: precisa de 6,5 finalizações para conseguir um gol e 23 chutes para sofrer um gol.

Diego Alves só levou apenas um gol nas últimas 13 partidas.

Evidente que os jogadores compararam a ideia do Barbieri. Após a saída de Carpegiani, os principais atletas do elenco efetivavam o treinador em toda entrevista. O que era loucura, agora está virando realidade.

O Flamengo hoje é uma equipe que consegue imprimir diversas características e intensidade, mas sempre mantendo o nível de organização e confiança lá em cima. Não tem mais cruzamento desesperado para dentro da área, porque não sabem o que fazer com a bola.

Nesse domingo, não teve o mesmo nível de intensidade como contra o Fluminense. O Paraná pisou no Maracanã acreditando que poderia fazer um jogo igual. Vinha de duas vitórias, abriu mãos dos três volantes e jogou com três atacantes.

Sem Paquetá e sem reserva à altura, Jean Lucas tentou algumas jogadas pela esquerda, mas, evidente, não tem a mesma desenvoltura que o titular. Com Diego centralizado e Éverton Ribeiro pela direita, o Rubro Negro aguardava o momento certo para ser vertical.

O primeiro gol saiu na primeira jogada ofensivamente mais forte. Diego, perto da área - como deve ser, sofreu falta após tentativa de drible. Em cobrança, a bola desviou na barreira e o placar estava inaugurado.

Festa de quase 60 mil torcedores que lotaram o Maracanã.

Henrique Dourado não pode reclamar de falta de oportunidade. Teve uma boa chance quando recebeu dentro da área, girou e chutou para fora.

O Paraná ameaçou apenas uma vez, em um chute que passou perto do gol.

No segundo tempo o Flamengo voltou marcando melhor. Barbieri então fez uma troca ousada e questionável: Arão no Jean Lucas, mas que deu muito certo. O treinador vive grande fase, onde tudo que toca vira ouro. Quando o esquema está organizado, quem entra já sabe o que tem que fazer.

À exemplo do Fla x Flu, o Rubro Negro trocou 15 passes, até Éverton Ribeiro ver boa movimentação de Arão dentro da área, que rolou para Vizeu, livre, empurrar para a rede.

É um Flamengo extremamente frio e tranquilo, sem ansiedade e desespero. Foram 562 passes certos trocados, o recorde da equipe no Brasileirão.

O segundo gol desmontou o Paraná. A rotação, então baixa no primeiro tempo, subiu quando ninguém esperava. Faltou pouco para o time da Gávea fazer o terceiro, quarto, quinto. Mesmo vencendo e trocando muitos passes, o ritmo do Flamengo era envolvente, ofensivo.

No final, grande emoção para a despedida de Vinicius Jr do Maracanã. Ao lado de Vizeu, autor de três gols nos últimos três jogos, a torcida pôde se despedir da dupla com três pontos na conta.

O Flamengo dentro de campo vai bem, resta à diretoria ser certeira na resposta à janela, reforçando fortemente a equipe para o pós-Copa do Mundo.

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