segunda-feira, 4 de junho de 2018

Brasileirão 2018: Flamengo 1 x 0 Corinthians


O Flamengo conseguiu mais uma vitória importante para se manter líder do Brasileiro com 20 pontos, após nove rodadas, abrindo quatro pontos de vantagem sobre os segundos colocados: Cruzeiro, Grêmio e São Paulo.

Diante de quase 50 mil torcedores, o Rubro Negro venceu o Corinthians no Maracanã por  1 x 0, em mais uma tarde que referendou uma equipe organizada taticamente e crescendo de forma impressionante em sua coletividade.

Sem tempo para treinar, jogando três vezes por semana, o que Barbieri está conseguindo executar dentro de campo é surpreendente. Além do evidente conjunto, é importante destacar uma equipe mais competitiva, brigando a cada jogo, com outra mentalidade.

Parece também que as saídas dos inoperantes Fred Luz, Rodrigo Caetano e cia fizeram diferença.

E quem foi ao Maracanã viu um novo Diego, um dos grandes nomes da vitória. Quando estava com expectativa pela seleção, o meia encarnou o personagem que o Tite criou para ele: o ritmista. Aquele que "ameaça, mas não dá o passe", sugerindo que sua posição ideal seria a de segundo volante.

Só que pela idade, o jogo real do Diego é atrás dos atacantes, chegando dentro da área. Talvez explique a má fase do atleta que, sonhando com a seleção brasileira, realizava uma função para agradar o Tite, e o seu desabafo, após não se convocado para a Copa do Mundo: se sacrificou em uma posição, muitas vezes jogando mal pelo clube que paga seu salário e, por fim, nem lembrado foi para disputar o Mundial.

Agora Diego tem que pensar no Flamengo. E jogando lá na frente. Foram 48 passes com cinco finalizações. O mapa de calor do Footstats revela:


Já é o segundo jogo seguido, pós não convocação, que Diego volta a ser o melhor em campo. Jogando de forma rápida, sem prender a bola, e perto da área adversária, tem tudo para voltar a ser aquele jogador que encantou a torcida.

Contra o Bahia, o Flamengo chegou a ter 75% de posse de bola. Muitos atribuíram à fraqueza do adversário. Dessa vez, contra o Corinthians, o Rubro Negro chegou a ter 80% de posse. Não que reter a bola seja o principal objetivo, mas jogando diante de sua torcida, é imperioso se impor.

A equipe criava pelos dois lados, chegava com perigo, mas sem conseguir a finalização perfeita pro gol. Novamente Dourado não conseguiu ser o atacante decisivo que se espera. Faltava aquela última finalização certeira.

O Corinthians só foi ameaçar aos 30 minutos, com um chute de Jadson, que passou rente à trave.

No segundo tempo a partida seguia tensa, já com a posse de bola mais equilibrada, no entanto, era o Flamengo com Diego de cabeça e cobrando falta, que levava mais perigo. No restante, a zaga paulista impedia a bola de chegar ao gol com interceptações.

Era a tarde do Diego, que deixou de ser o jogador que desacelera um ataque, para romper a defesa adversária. E foi pela habilidade, deixando dois corintianos para trás, que rolou a bola para Paquetá pegar de primeira e, no rebote, o inesperado Felipe Vizeu colocar a pra rede.

Não há dúvida que os jogadores compraram a ideia do Barbieri. Em coletiva, o treinador revelou que no curto de tempo entre sexta e sábado fez um ensaio sem a bola com os jogadores em campo, depois foi todo mundo para a sala de vídeo para assimilar a forma que deveriam jogar contra um adversário de um trabalho consolidado há tempo. E o time entendeu perfeitamente.

São apenas seis gols sofridos. A metade contra a Chapecoense, com o time reserva e César no gol. Diego Alves levou apenas um gol nas últimas 11 partidas que foi titular. Não apenas por mérito do goleiro, mas de uma equipe que se propõe a recompor, que tem jogadores mais velozes na defesa e acompanham de perto o adversário.

Só ontem foram 29 desarmes corretos. Com Jonas conseguindo sete, além dos 32 passes certos. Importante dizer que o volante levou cartão amarelo logo cedo, e mostrou que está mais maduro, sendo novamente um dos destaques em campo e sem ser expulso.

Vitórias contra o Internacional, Atlético Mineiro e Corinthians são evidências de que o time está no caminho certo. Se será campeão? Difícil saber, mas a torcida sabe que dentro de campo é uma equipe diferente, mais organizada, com os jogadores bem posicionados e com fibra por cada vitória. A torcida também comprou a ideia.

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