Não é possível que vão aceitar que o maior jogador da história do basquete do clube encerre a carreira dessa forma.
Na noite dessa sexta, recheada de boas expectativas, com apoio maciço da torcida o Flamengo foi novamente varrido pelo Mogi, que chegou a abrir 20 pontos em plena Arena Carioca e abriu 2 x 0 na série semifinal, ao vencer por 88 x 74.
A terceira partida será na segunda-feira também no Rio. Caso o Rubro Negro não vença, Mogi estará classificado pra final do NBB, garantido na Liga das Américas e Marcelinho vai se aposentar melancolicamente.
É o terceiro jogo seguido que o Flamengo não ver a cor da bola laranja. Contra o Minas a equipe reagiu, conseguiu empatar no final e vencer na prorrogação, no entanto, Mogi não é Minas, e o time da Gávea vai precisar de jogar muita bola pra reverter essa situação.
Inexplicável tamanha discrepância no nível de concentração no ataque. Enquanto Mogi trabalhava alternando velocidade e jogo cinco x cinco, amassando a defesa da Gávea e escapando das dobras (aproveitamento de dois pontos de incríveis 25/31, ou 81%), os Rubros Negros erravam bandejas simples e injustificadas (aproveitamento de bolas de dois de 16/38, ou 42%).
A defesa da equipe paulista, então, foi avassaladora e outra vez o destaque. Novamente anulou os pivôs e conseguiu tirar o MVP do campeonato, Marquinhos, da partida, que ficou injustamente muito tempo no banco.
Erros dentro de quadra e, em filme repetido, falhas fora: José Neto nao encontrou saídas para intervir no que estava dando errado, o que saltava os olhos de qualquer torcedor desde o primeiro ataque, quando o time apanhou quatro rebotes ofensivos e não conseguiu a cesta.
Nessa noite, o máximo que o Flamengo conseguiu foi baixar a diferença que era de 15 para sete pontos. O bom momento durou dois minutos. Isso após ter sofrido 16 x 3 e amassado o aro por um bom tempo - sem qualquer intervenção do técnico ou a volta do Marquinhos, cestinha do campeonato. Depois disso uma sequência de erros no ataque e falhas defensivas que impossibilitaram de baixar ainda mais a diferença e tentar pressionar um frio e calculista Mogi.
É hora de juntar os cacos, lavar roupa suja e tentar um passo de cada vez. Para tanto, o treino de domingo será fechado para a imprensa e a cobertura dos sites e blogs Rubro Negros.
E fica a esperança e a torcida de um Flamengo diferente na segunda.
6 comentários:
Começar a série 0 x 2 não é o fim do mundo, o duro mesmo foi a diferença técnica vista nos dois jogos.
Temporada passada o Pinheiro virou os 0 a 2 contra o próprio Flamengo. Depois enfrentou o Bauru abrindo dois a zero e depois foi a vez do Bauru virar pra 3 x 2 e chegar a final. Na final houve mais uma virada, dessa vez contra o Paulistano. O Bauru saiu da situação de equipe praticamente extinta em 2016 pra campeã nacional em 2017.
O Flamengo não pode achar que vai ganhar o campeonato só com a imposição técnica, tem que acreditar que pode virar. Basta vencer o próximo jogo por meio ponto que o aspecto moral já muda de lado. Só que tem que jogar muito mais.
Só o José Neto ainda não percebeu que o JP e Marcelinho não podem ficar juntos em quadra simultaneamente, é como se o time marcasse com 3 jogadores. E isso já se mostrou expresso na temporada anterior.
Quando a marcação é muito forte tem que acelerar o jogo, sair mais rápido, tentar infiltrar, sofre falta, rodar a bola, pick n roll, enfim, apresentar variações. Bola de três não desafoga marcação, pelo contrário.
Se o Flamengo cair na segunda, ainda assim deverá ir pra LDA, haja vista, ficará em terceiro e tem a suspensão das equipes Venezuelanas.
O Flamengo apresenta falhas recorrentes na marcação principalmente no perímetro, mas o seu maior problema está na armação que não alterna a cadência e não faz o time jogar. Fico a vontade para fazer este comentário porque já venho batendo nesta tecla há muito tempo. Da mesma forma, como já destaquei também em outras oportunidades, não renovaria com nenhum dos 3 estrangeiros, porque na minha opinião jogador estrangeiro precisa ter um nível técnico e regularidade muito acima do que eles apresentam. Estas minhas opiniões não estão condicionadas aos resultados que estão por vir, mesmo que o título seja conquistado.
Gostaria apenas de corrigir uma informação que li sobre a contratação de jogadores feita por Analdo Szpiro. Arnaldo não teve nenhum cargo na administração Póvoa/Vido. Arnaldo trouxe Marquinhos, Benite, Olivinha, Kojo e Shilton, que foi a base para a conquista do primeiro título da era José Neto e da gestão atual, lembrando que nesta conquista os pi
vôs eram Shilton e Caio Torres e os armadores eram Kojo e Gegê. Meynsse, Laprovittola e Felício foram contratados por Póvoa/Vido.
Outro ponto que esqueci de colocar no comentário anterior é sobre a queda no desempenho do Olivinha que para muita gente trata-se apenas de uma fase que ele atravessa. Gostaria de lembrar que jogadores que não têm tanta técnica e se notabilizam muita mais pela entrega, garra e dedicação tendem a entrar em fase decadente bem mais cedo.
Mogi fez contra o Caxias 66 pontos em média. Contra o Flamengo foram 83,5. É o mesmo filme da temporada passada.
Barreto, o problema é do time que não tem condições de jogar sobre intensa pressão defensiva ou do José Neto que não sabe organizar soluções para sair dessa situação? Eu destaco, nos dois jogos, as cestas fáceis desperdiçadas por JP e Olivinha e as enormes deficiências defensivas do Marcelinho, Marquinhos, Olivinha e JP. É um festival de infiltrações e cestas fáceis do adversário. Barquinhos e Marcelinho são facilmente batidos e JP não é nada dominante no garrafão. Aliás, nunca foi. Quanto ao Marquinhos no ataque, nos dois jogos foi duramente marcado. Zero de espaço!!! E no início dos jogos, só Varejão consegue desafogar ataque e defesa. Ramon era prá ser o gatilho mas está muito ineficiente. Para o próximo jogo começaria com Pelos no lugar do Ramon e Rhett no lugar do Olivinha.
Vocês repararam que o armador do Bauru tirou a velocidade do jogo? A aceleração só aconteceu nas suas infiltrações.
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