Sem a vitória, a classificação ficou muito difícil, até pelo desempenho ruim da equipe jogando fora de casa. Porque será praticamente impossível chegar às oitavas se precisar de resultado contra os argentinos em pleno Monumental na última rodada.
É preciso, antes, analisar o contexto, de um time titular que foi poupado de uma viagem desgastante para Cuiabá, visando justamente a estreia na competição sul-americana, e que demonstrou uma extrema lentidão, pouca troca de posicionamento e quase nenhuma movimentação, triangulação.
O primeiro tempo foi pavoroso. Apenas um chute a gol em jogada individual de Henrique Dourado. De resto foi terrível. Um time burocrático, sem emoção, frio. Com as arquibancadas vazias, formava um cenário perfeito com a intensidade do jogo.
O Flamengo permitia o River ter a posse de bola e marcava muito atrás. Os argentinos foram mais ousados e avançaram por vezes a linha, pressionando a lenta saída de bola Rubro Negra.
Paquetá jogava preso na linha lateral. Diego prendia excessivamente. Éverton Ribeiro pouco aparecia e não podia contar com a ultrapassagem do péssimo Pará.
No segundo tempo um Flamengo mais presente no ataque. Logo aos oito minutos, pênalti sofrido por Diego e cobrado magistralmente por Dourado. A comemoração nem durou muito. Em cobrança de falta, bola erguida, falha de Diego Alves e o empate do River Plate veio poucos minutos depois.
Rodinei entrou e melhorou a equipe dos dois lados do campo. Mesmo tendo vocação ofensiva, marcava bem e fechava o lado direito.
Finalmente havia alguma movimentação no ataque e Paquetá, aparecendo pela direita, encontrou Éverton livre dentro da área, que dominou com categoria e chutou cruzado para fazer 2 x 1.
O jogo seguia controlado. O River pouco ameaçava. Então começaram os problemas físicos: Jonas e Éverton pediram pra sair. O que é estranho ter tantos desgastes logo no começo da temporada e justamente quando o time principal foi poupado visando a estreia da Libertadores.
Cada vez mais o Flamengo se viu sem saída no ataque, sem posse de bola e vendo o adversário mais perto da sua área. Rondando, cruzando bolas, buscando passes na vertical.
Em uma das poucas jogadas de ultrapassagem dos laterais, Renê teve boa oportunidade para cruzar na medida para Henrique Dourado que fechava pelo meio. Porém, de cabeça baixa, errou o passe.
Carpegiani então resolveu fazer a estreia de Arão, sem jogar desde 2017. É impressionante como não aprendem. Era evidente que a equipe continuaria sem a posse de bola, sem ataque, sem jogador de velocidade pra prender a bola lá na frente. A escolha do técnico foi sofrer e rezar pelo apito final.
Fosse em uma partida comum do campeonato carioca, o treinador teria colocado o Vinicius Jr no Éverton. Mas em Libertadores o Flamengo treme. Em Libertadores o adversário por pior que for será endeusado como se fosse o melhor time do mundo. Aí veio a escolha por mais um volante para "reforçar" a marcação. Era fácil prever que o River viria pra cima de qualquer maneira.
Mais grave do que Arão não ter se jogado antes do chute, foi ver que na hora do gol de empate nada mais nada menos do que sete jogadores Rubros Negros estavam na entrada da pequena área, revelando uma equipe acuada, medrosa, além de sérios problemas de organização defensiva.
Diego Alves, claramente sem ritmo de jogo. Falhou nos dois gols, ainda saiu errado outra vez e soltou uma bola fácil.
Carpegiani precisa definir quem será seu lateral direito, pra não queimar uma substituição de bobeira.
Iria falar de arbitragem, mas é um assunto que cansa. É óbvio que o Flamengo foi prejudicado. Mas o próprio time já havia resolvido dentro de campo com o 2 x 1. O erro foi não ter aprendido a jogar como time experiente e copeiro. Bem disse o Pratto: o Rubro Negro tem jogadores habilidosos, mas falta pegada.
3 comentários:
Por favor, o ano mágico é em que século? rs.
O time muda de técnico, muda esquema e continua na mesma pasmaceira!!! No final do jogo Pratto falou que o campo era emprestado do Botafogo e que o time não tem pegada. E para os jogadores do Flamengo, vida que segue pois os salários estão em dia. Onde está a alma deste time? Cadê o Paquetá que corria, dava esporro!!! Já se contaminou com a burocracia do Diego e Everton Ribeiro?
O técnico eles vão mudar logo, afinal, pra eles nem era pra ser este. O elenco é este até o final da temporada. Herança maldita pra próxima diretoria, um elenco de 10 milhões mensais com potencial pra disputar o estadual do Rio. O Flamengo não tem estádio pra jogar, torcida no estádio (responsabilidade da própria), e, agora, vai sobrar até pro basquete, que na fase dos playoff do NBB a Arena Carioca 1 estará ocupada. Já estão providenciando uma alternativa? Não dá pra ir montando a quadra de basquete nas outras arenas ou vai todo mundo esperar pra depois reclamar e voltar pro Tijucão?
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