sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Copa Sul-Americana 2017: Flamengo 2 x 1 Atlético Junior
Na primeira partida da semifinal, uma vitória dramática, de virada e até inesperada, pelo contexto que a partida estava desenhada.
Porém, esse Flamengo da Copa Sul-Americana tem sido o time que, se está tudo dando errado na parte técnica, está resolvendo na raça e lutando até o final.
Já tinha sido contra o Fluminense, quando o time perdia por 3 x 1 e conseguiu o empate aos 37 minutos. Foi assim novamente ontem, quando virou aos 36 minutos do segundo tempo.
Uma raridade na temporada: virada, em jogo importante, só aconteceu na final do Estadual. Nem no Brasileiro o time conseguiu tal feito (contra o Palestino não vale).
Rueda escalou três meias, com Mancuello pela esquerda, Éverton Ribeiro na direita e Diego centralizado. Talvez, pela primeira vez não temporada, não tinha em campo nenhum jogador com característica de velocidade.
No começo do jogo o time tinha uma proposta clara de futebol. Com boas triangulações, marcação avançada e antecipações dos zagueiros, o Rubro Negro manteve a bola no ataque. Pela esquerda já surgiam algumas jogadas com Mancuello e Trauco.
Porém, na primeira escapada do adversário, falha do sistema defensivo e Diego Alves precisa sair desesperadamente do gol para evitar o chute. Goleiro no chão, após o choque, Maracanã mudo, em suspense pela continuidade ou não do goleiro titular.
Quando foi confirmado que não teria chance de continuar, foi visível o abalo moral e psicológico que pairava sob o Maracanã. Depois de tudo que a torcida passou com Muralha na Copa do Brasil, não era possível que reviveria novamente o mesmo pesadelo outra vez em uma reta final de campeonato.
É uma perda irrecuperável, pois Diego Alves, além das grandes defesas, exerce liderança positiva, tem mentalidade vencedora, íntima a arbitragem, enfrenta os adversários.
Bastou sua saída para, em pouco menos de um minuto, o Flamengo levar o gol. Em falha de todo sistema defensivo e principalmente do lateral Pará, que continua com a ridícula mania de levantar o braço pedindo impedimento.
Com a saída do Diego Alves, a entrada do Muralha e o gol, torcida e time ficaram abalados emocionalmente. Foi a vez do Junior aproveitar o momento e valorizar a posse de bola.
O Flamengo praticamente não ameaçava. Na única boa oportunidade, Vizeu perdeu em sua principal deficiência: a cabeçada.
Rueda já poderia ter mexido no intervalo. Esperou sete minutos para escalar Vinicius Jr no lugar do Mancuello. E time seguia atordoado, sem saber o que fazer para conseguir pelo menos o empate.
Quem deveria decidir, não decidia. Diego e principalmente Éverton Ribeiro faziam um jogo bem ruim. Este, por duas vezes, proporcionou contra-ataques ao Atlético Junior após errar passe no meio de campo. Se não fosse Réver salvando, teriam feito o segundo gol.
Ao 22 minutos Paquetá entra no lugar de Éverton Ribeiro.
O time vem na base do abafa e, sem vergonha de ser feliz, criou as melhores oportunidades em cruzamentos, grande deficiência do adversário. Foram 41 bolas na área colombiana, sendo 13 certos.
Réver sobe sozinho, todo mundo viu a bola lá dentro, porém o goleiro conseguiu uma milagrosa defesa.
Eis que aos 30 minutos, em escanteio de Trauco, Juan sobe para empatar a partida.
O Maracanã vira um caldeirão, o Flamengo encurrala de vez o Junior, que sente a pressão, pois fora atingido em sua principal deficiência: bola na área. E sabia que vinha mais por aí.
Segundo o Footstats, até o primeiro gol de Juan, o Flamengo tinha apenas uma finalização certa em 11 tentativas. Depois do empate foram cinco certas em seis tentativas.
Entretanto, novamente a defesa encontra problemas e por pouco a equipe colombiana não toma à frente do placar outra vez. Foram duas oportunidades claras. Para sorte do Flamengo, ambas desperdiçadas.
Se o empate estava de bom tamanho, a virada então seria um presentão inesperado.
E nessa pressão, a virada aconteceu aos 36 minutos em cruzamento de Trauco: Arão escora para Vizeu pegar de primeira e fazer um golaço.
Em menos de seis minutos, contra todos os prognósticos, o Flamengo da Copa Sul-Americana não desiste nunca, acredita sempre na reversão do placar e conseguiu fazer 2 x 1.
Ainda teve Muralha espalmando para dentro da área!!! Um prelúdio das bizarrices que fará lá em Barrinquilla.
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Com Muralha, além dos problemas do gol, sua presença passa total insegurança para o elenco. Quem não se lembra de Diego Alves empurrando seus companheiros após o 3 x 1 do Fluminense? Jamais veremos o Muralha fazendo isso.
Com sua titularidade no jogo de volta, o adversário, mesmo em desvantagem no placar, virou o favorito.
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O Flamengo na Libertadores venceu as três em casa. Faltou aquele empate fora para se classificar. Agora tem que vir (verdade que pode até perder por 3 x 2 que leva a vaga pra final).
Paquetá pede passagem para assumir a titularidade. É jogo para matar no contra-ataque e voltar da Colômbia com a vaga.
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2 comentários:
Pelo que eu entendi do regulamento da Conmebol o Flamengo poderia até contratar outro goleiro - do Inter por exemplo, até 31 de dezembro, não sei se o prazo de contrato é legal, contudo, além do tempo escasso não acredito que ninguém na Gávea teria coragem.
Vamos organizar um abaixo assinado pro Diego Alves jogar na quinta com uma tipóia.
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