Antes de voltar a jogar bem o Flamengo precisava de vencer, recuperar a confiança e, principalmente, estrear com vitória em sua nova casa, a Ilha do Urubu.
E conseguiu, com menos dificuldade do que esperado, vencer a Ponte Preta por 2 x 0 e chegar aos 10 pontos em sete rodadas. Curiosamente a mesma pontuação do ano passado, a diferença era que o Inter, então líder, tinha 16 pontos e não os 19 que o Corinthians absurdamente tem hoje.
Na vitória desta quarta-feira Zé Ricardo voltou com Vaz (Juan foi poupado para domingo) e manteve Márcio Araújo ainda de titular. A boa troca foi a volta de Rodinei à equipe.
Se os três pontos vieram, dentro de campo o Flamengo só não foi o mesmo das últimas partidas por conta do Vinicius Jr. O garoto de 16 anos jogou de forma incisiva, saindo do senso comum dos atuais pontas Rubro Negros, que tocam demais a bola sem agressividade.
Os 20 minutos iniciais da equipe foram jogando no campo do adversário, pressionando e perdendo chances. Vinicius Jr deu três assistências para Damião, que não conseguiu marcar.
A equipe Rubro Negro não conseguiu seu esperado gol e a Ponte Preta entrou no jogo, passou a tocar bola e saiu da pressão do time da Gávea.
Cuellar jogava de primeiro volante, mais fixo, ajudando na transição e contava com um Márcio Araújo fazendo as vezes do Arão, o que foi uma lástima, evidente. Diego ainda tentava voltar para fazer essa escapada mais veloz, porém ainda longe de sua melhor forma física.
Sem a inspiração do Vinicius Jr, a equipe voltou a fazer o que vem fazendo: tocar muita bola de forma infrutífera, construindo jogadas pelos lados apenas pela ultrapassagem do lateral e cruzando na área. Muito pouco.
O gol no final do primeiro tempo foi um achado. Réver marcou já nos acréscimos, para alívio de todos. Gol importante para evitar a pressão que naturalmente seria criada no segundo tempo.
Com o placar aberto, a ansiedade diminuiu e logo aos 14 minutos, Vinicius Jr, pela direita, achou Damião pela quarta vez, que agora não perdeu e marcou o segundo do Flamengo.
O goleiro Thiago fez boas defesas em chutes de longa distância. A Ponte Preta não demonstrava qualquer intenção em diminuir o placar. E Zé Ricardo estreou Conca no Flamengo para jogar por 10 minutos. E deverá ser assim por uns jogos.
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Cuellar deu uma destravada, aumentou a rotação do ataque, em que pese Diego por vezes precisar voltar para fazer a transição. Engraçado que consideravam o colombiano apenas opção para reserva do Arão, mas ontem atuou de primeiro volante com o possante Márcio Araújo se lançando ao ataque como se fosse um novo Elias.
O colombiano não é craque, quase foi para o Vitória, o que seria um absurdo, porém ninguém entendia o porquê nunca teve chances, mesmos nas piores fases dos volantes.
Vamos aos inevitáveis números: segundo o Footstats, neste Brasileirão, Cuellar em 238 minutos conseguiu 10 desarmes. Márcio Araújo em 614 minutos conseguiu apenas nove desarmes.
Mapa de calor do Cuellar (Via Footstats) |
Agora é o Rômulo tomar a vaga do Márcio Araújo. E o Flamengo voltar a jogar bem. Coisa que ainda não fez neste campeonato.
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