segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A briga pela administração do Maracanã

O que então era certa a realização de uma nova licitação do Maracanã há dois meses, agora não é mais. Mesmo tendo encomendado estudo de viabilidade econômica de uma nova disputa para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o governo do Rio desistiu do procedimento licitatório e planeja a venda do estádio para o segundo colocado da disputa: Lagardère e a BWA.

A FERJ se unirá às duas empresas e deverá ser a operadora dos jogos.

Segundo o jornal O Globo, o principal responsável pela mudança de planos do executivo é Julio Bueno, ex-candidato à presidência do Fluminense e ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, o mesmo que foi denunciado na semana passada pelo Ministério Público do Rio por ter concedido isenção fiscal à empresa Michelin. O MP-Rio pede o ressarcimento de mais de R$ 4 bilhões, além da sua condenação por improbidade administrativa.

A BWA já foi parceria do Flamengo na venda de ingressos. Em 2009, "na final" contra o Grêmio a policia militar apreendeu oito mil ingressos falsos, além de suspeitar da participação de diretores da empresa na quadrilha que vendia ingressos falsificados.

Segundo notícias da época, dos 76 mil ingressos produzidos para o jogo entre Flamengo e Grêmio, mais de 15 mil foram desviados pela própria empresa responsável pela confecção, a BWA, e estavam sendo vendidos por cambistas por um preço até cinco vezes maior. A quadrilha teria um lucro de cerca de R$ 4,5 milhões.

Em 2011 este blog já cobrava o fim da parceria com esta empresa. Confira aqui.

Já a empresa francesa Lagardère assumiu diversos estádios da última Eurocopa. Aqui no Brasil administrou o Castelão em abril de 2014. Logo na estreia do evento-teste os problemas foram enormes: portões fechados, apenas uma bilheteria aberta antes da partida, catracas sem leitura de ingressos e banheiros sem condições de uso.

O governo cearense retomou o estádio da administração privada. A mudança foi feita "considerando a existência de deficiências graves na organização da Concessionária Arena Castelão Operadora de Estádio S.A., afetando o regular desenvolvimento das atividades abrangidas pela Concessão, e causando inclusive risco à segurança de pessoas e bens e considerando que o Poder Concedente deve adotar medidas acautelatórias para assegurar a continuidade da prestação dos serviços públicos, de forma adequada e eficiente".

O Flamengo afirma que não jogará no Maracanã se não participar efetivamente da administração do estádio e se a empresa francesa Lagardère assumir a gestão. A cartada Rubro Negra veio através da proposta que a CSM, empresa parceira da dupla Fla-Flu fará para tentar arrematar o controle do estádio.

2 comentários:

Pedro disse...

Os ladrões amigos do Sérgio Cabral não querem largar o osso. Mesmo em tempos de Lava Jato eles continuam atuando livremente.

Sou completamente favorável à posição do Flamengo: se esses ladrões assumirem o Maracanã junto com a Ferj (entidade desportiva que visa apenas a meter a mão no dinheiro que é dos clubes, que recebe dinheiro que é dos Clubes via Rede Globo e não disponibiliza seu balanço demonstrativo para ninguém) que o Flamengo não jogue no Maracanã.

Sabe o que vai acontecer? O Maracanã vai ter um rombo gigantesco e quem vai pagar a conta? A Ferj? Alguma empresa estrangeira que assumir o Maracanã?

Não, quem vai pagar a conta do rombo é o povo do Rio de Janeiro, mesmo quem não torce por nenhum time. Aliás, os servidores do Estado já estão pagando a conta bilionária dos inúmeros "benefícios" concedidos por essa "corrupção ambulante" chamada Sérgio Cabral.

Nem a mãe dele entende como ele ainda não foi preso, pois todos sabem que ele roubou muito dinheiro do povo brasileiro nas obras do Maracanã que estavam orçadas inicialmente em R$ 735.000.000,00 mas com os muitos "aditivos" e com uma fiscalização igualzinha a da Petrobras, ou seja, "de mentirinha", onde ninguém vê nada, os custos da obra do Maracanã ultrapassaram longe os R$ 1.000.000.000,00 (R$ 1 Bilhão).

É isso. O Brasil continua um paraíso para políticos corruptos que fazem suas negociatas livremente.

O Brasil está precisando de mais juízes Sérgios Moros. Se não fosse por ele, pelo MP e pela Polícia Federal isso aqui ía virar uma Venezuela.

Marcelo disse...

Apoiado Pedro!

Faço minhas as suas palavras!