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Na maioria das partidas, os quatro grandes clubes do Rio pagaram para jogar em uma competição na qual a Federação de Futebol do Rio (Ferj) e os árbitros, por sua cooperativa, tiveram arrecadação individual superior à de todos eles. Juntas, as entidades ficaram com R$ 1.499,771, contra R$ 613.681 do Botafogo, R$ 521.243 do Flamengo, R$ 568.789 do Vasco e R$ 114.437 do Fluminense.
Não importa o público, a renda, os ingressos vendidos, a Ferj sempre leva seus 10%.
No final da rodada, a conta chegava salgada para os clubes. Os 10% de cota para a Federação foram chamados por um dirigente de “taxa de inconveniência”. O assunto é delicado nos bastidores dos quatro clubes, porque as diretorias não querem mais se indispor com o presidente da Ferj, Rubens Lopes, como aconteceu no primeiro turno, e criar um mal-estar às vésperas da festa de premiação do Estadual, prevista para o dia 20 deste mês, em um hotel cinco estrelas na Barra da Tijuca. Somente na final da Taça Rio, a Federação ficou com mais da metade do lucro do Botafogo (R$ 44.567,50), enquanto a cooperativa dos árbitros, a Coopaferj, saiu com R$ 25.457,85. Entre um turno e outro, a Federação foi de R$ 646.633 para R$ 140.927, o que dá o total de R$ 787.560. Já a Coopaferj caiu de R$ 441.714 para R$ 270.497, somando R$ 712.211. Juntas, ganharam R$ 1.499,771. A Federação foi procurada, através de sua assessoria de imprensa, mas não respondeu às perguntas enviadas.
E a resposta do Flamengo, que não pode ser cúmplice desse absurdo que virou o Estadual.
A diretoria do Flamengo informou, em nota, que “conseguiu reduzir as principais penhoras que comprometiam suas receitas”. E que pretende, “com estádio próprio e programa de sócio-torcedor fortalecido, rentabilizar seus jogos dentro e fora do Rio de Janeiro”.
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