Depois do empate ruim contra o Sport na quinta, o Flamengo foi até Porto Alegre e manteve o péssimo retrospecto: voltou com uma derrota humilhante contra o Internacional, 4 x 1, com dois gols de Forlán. O Flamengo nunca venceu em Porto Alegre na era dos pontos corridos, foram 18 partidas - 07 empates e 11 derrotas.
Mas não foi uma derrota em condições normais, o time escapou de levar uma goleada pior e teve uma atuação tática, técnica e individual horrível
(Por compromissos particulares que duraram até esse domingo, não vi o jogo contra o Sport e apenas alguns trechos de hoje.)
Vamos lá: Dorival chegou, teve seus dez dias para conhecer o elenco, treinar e montar um esquema competitivo. Usou a meritocracia como máxima, conseguiu três vitórias em quatro jogos, mas conquistou apenas dois pontos nos últimos nove, e vai ter que pular pro plano B.
Nem a defesa, que passou jogos sem sofrer gol e parecia mais consistente, levou logo quatro no Beira-Rio. E o ataque, que estava sendo a grande dor de cabeça do Dorival Júnior, continua inoperante.
Com Thomás e Negueba como pontas, se não municiavam o Love no ataque, fechavam bem a marcação, entretanto, quando nem essa proteção conseguem fazer e muito menos a marcação pressão lá na frente, o treinador já precisa pensar em uma nova solução.
A saída do Renato também foi bem ruim pro esquema. Por incrível que pareça, ele vinha jogando bem desde a chegada do Dorival. Formando dupla com Cáceres, faltava até o passe vertical de um autêntico meia, mas não faltavam as viradas de bola, a cadência de jogo contra uma correria desenfreada dos pontas.
Outro problema é que o Flamengo também não tem meias indiscutíveis, da mesma forma como é carente de pontas inteligentes, habilidosos e velozes. Se Dorival escolheu o 4-3-3 pela velocidade de alguns jogadores no ataque e naufragou, um 4-4-2 ou 4-2-1-3 também não é certeza de qualidade maior pela presença de armadores. A verdade é que o elenco é fraco, e qualquer que seja o esquema, três atacantes ou dois meias, o treinador já terá que pensar uma nova situação porque o esquema ficará vencido em três, quatro jogos.
E também existe o perigo de carimbar o rótulo contra os garotos da base, esquecendo-se das partidas ruins dos veteraníssimos de Ibson e Léo Moura.
Vamos ver o que Dorival pensa para o jogo contra a Ponte Preta já no meio da semana.
Um comentário:
O Flamengo tem que contratar dois laterais urgente. Por favor, Zinho, não renove contrato de Léo Moura nem do Ramon. O problema não foi a saída de Renato, mas a entrada de Ibson, que não marca nem cria nada. Deveria escalar Botinelli, é o que nós temos de melhor até que contratem um meia realmente bom. Também faltou garra e disposição; o time entra fácil num estágio de indolência.
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