terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Chupeta demitido, valeu pelas vitórias, mas já estava na hora


Paulo Chupeta não é mais o treinador do time adulto de basquete do Flamengo. Ele foi convidado a dirigir as divisões de base do Clube.

Foi sem dúvida a melhor decisão a ser tomada, e aposto que teve o aval do Marcelinho, o capitão do time. Imagino o quanto deve ter sido complicado tomar essa decisão, afinal o Chupeta está desde 2005 à frente do time, quando conquistou dois títulos brasileiros, um sul-americano e vários estaduais, mas chegou uma hora que não tinha mais clima pra continuar, o time precisa de um gás novo.

Não é de hoje que existia alguma coisa de estranho no ar, desde a final da Liga Sul-Americana algo não vinha bem e os boatos sobre uma possível demissão do treinador só aumentavam. Postei aqui, aqui, e aqui.

Se no futebol a administração da diretoria foi terrível, no basquete foi tudo montado para o Flamengo ganhar todos os campeonatos que disputasse.

Trouxeram o Lamonte, que saiu depois de alguns problemas internos, trouxeram o Baby e o Átila, renovaram com os principais jogadores, salários em dia, patrocínios, tudo, absolutamente tudo que um treinador sonhou, e o cara me perde a final da Liga Sul-Americana em casa? E o Brasília sem dois titulares da temporada passada, Valtinho e Estevam.

Um bom exemplo é o próprio time do Brasília, que montou um grande time na temporada passada pra ganhar o NBB, e passou sufoco nas finais contra um Flamengo jogando com apenas o Wagner de pivô. No final da temporada a diretoria do Brasília não renovou contrato com o Lula Ferreira, contratou o Vidal, e o time foi campeão invicto Sul-Americano na casa do Flamengo e está voando em quadra, mesmo com poucas opções pro banco de reservas.

Não tinha condições, algo precisava ser feito, e fizeram, agora é esperar o nome do novo treinador. Eu apostava no auxiliar João Batista, mas pelo visto deverá ser um novo nome, nada de Lula Ferreira, que venha um argentino.

Valeu Paulo Chupeta, foram várias vitórias sensacionais como a final da Liga Sul-Americana contra o Quimsa, mas infelizmente o clima e o ambiente não estava bom, se continuar trabalhando na base, ótimo, caso contrário, que seja feliz meu caro.

2 comentários:

Miguel Gonzalez disse...

O Paulo Chupeta terá um desafio enorme na base. O Flamengo não vem formando atletas há algum tempo. Basta ver que no time principal não tem nenhum grande jogador formado no clube.

Enfim, desejo boa sorte ao Paulo Chupeta. Realmente, ele marcou história no clube com as conquistas sul-americanas, nacionais e estaduais.

bruno.monteiro disse...

Conversando com jogadores do Pinheiros e Brasília sobre a crise do Basquete do Flamengo. E juntando todas as informações a crise estaria instalada na gávea devido a dois pontos: dentro de quadra e fora dela.

Dentro de quadra, Chupeta que nunca teve o time na mão, neste momento com um elenco recheado de craques os problemas do passado ficaram mais claros para todos nesta temporada. Ele não conseguiu estabelecer critérios para a rotação dos atletas dentro de quadra, trazendo descontentamentos no grupo em cada partida. A falta de comando do time ainda é refletida na parte tática, com a falta de jogadas pré-estabelecidas e desenhadas, desta forma conseguindo assim não destinguir a função de cada jogador no time. Todos esses problemas causaram a saída do norte americano Lamonte, que preferiu rescindir o seu contrato a ter que trabalhar com o treinador.

Fora de quadra, o Flamengo conseguiu um "reforço" infeliz junto com aquele que retornou para tapar uma das grandes deficiências da temporada passada, o garrafão. Desde sua última temporada no Fla, o pivô Rafael Araújo, viveu um ano complicado no Paulistano, mesmo sendo a grande estrela daquela equipe foi suspenso pela direção do clube paulista por indisciplina e obteve inúmeros problemas com seus companheiros de clube que o consideraram "estrelinha". Desde então Baby ficou marcado como um novo jogador de um grande ego, uma nova pessoa totalmente diferente daquele atleta que chegou a NBA. O motivo de tantos problemas é que o jogador viveu uma drástica mudança em sua vida pessoal, reencontrou um amor de infância, que causou a separação de sua mulher com que era casado a cerca de 10 anos e tinha uma filha. A nova parceira logo tratou de mudar o jogador por completo, da cabeça aos pés, chegando inclusive a mudar a sua marca registrada o apelido passou a ser escrito Bábby e o número 66. Em São Paulo, muitos dos basqueteiros dizem que a sua turbulenta campanha que viveu no Paulistano agora está se instalando num dos clubes que mais investe no basquete atualmente no Brasil. Sua nova esposa, também é a “faz tudo” da carreira do atleta (assessora de imprensa, marketing pessoal e psicóloga). Os mesmos problemas que afetaram o elenco do Paulistano agora estão no mengão. Causando intrigas, através de manipulação de informações e mentiras sobre outros jogadores do elenco. O veneno começa a atingir a quadra, quando jogadores que sempre foram reconhecidos como um grupo unido, passando a serem desafetos.