sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Em vez de público, basquete do Flamengo prioriza "lucro"


"Em vez de público, basquete do Flamengo prioriza lucro", é o título da matéria do site Máquina do Esporte sobre a relação entre o valor dos tíquetes e a presença da torcida nos jogos na Arena da Barra.

No jogo contra o Vitória, o Flamengo cobrou R$ 30 por entrada inteira e R$ 15 para estudantes, e obteve R$ 2,9 mil nas bilheterias com um total de 130 pagantes, sendo 64 são estudantes e 3 são clientes do banco HSBC, com preço promocional de R$ 24.

Ao cobrar R$ 30, de acordo com especialista, torna-se necessário agregar valor ao produto vendido, por meio de promoções, distribuição de brindes e outras ações de marketing.  

“Se a torcida ganhasse camisas personalizadas do clube, isso causaria algum custo, mas iria acostumá-la a ir ao ginásio, a participar do espetáculo”, disse João Henrique Areias, consultor em marketing esportivo com passagem pelas vice-presidências de marketing e esportes olímpicos do Flamengo.

Se até a NBA acredita na redução dos preços dos ingressos como forma de trazer a torcida, deve ser porque funciona, mesmo pro Flamengo.

Com lucro tão insignificante de R$ 3 mil, não seria lógico o Clube escolher a presença da torcida ao "lucro" da venda dos ingressos?

Como agora na fase final da Liga Sul-Americana, o próprio Flamengo disse que a bilheteria, cheia ou vazia, não vai cobrir os custos do evento, e que a intenção ao sediar a Liga Sul-Americana foi trazer a torcida rubro-negra para perto do time e não afugentá-la, mas não está acontecendo justamente o contrário?

Claro que a guerra civil que o Rio de Janeiro vive afugenta ainda mais a torcida, mas eu tenho dúvidas se em circunstâncias normais, a Arena da Barra receberia um público que esse campeonato merece. 

Um comentário:

André Monnerat disse...

Na boa: tem tanta diferença, na ordem de grandeza em que estão os custos de manter um time de basquete como o do Flamengo, ganhar 3 mil ou 1500 reais num jogo? De um jeito ou de outro, é uma receita insignificante. Manter tão pouca gente no ginásio é ruim pro time e ruim como negócio, não estão formando público.