Enquanto o Flamengo não anuncia o pivô que estão negociando para o lugar de Tischer, que depois de acertar verbalmente com o Clube resolveu acertar com o Brasília, o mercado brasileiro pega fogo com uma polêmica brava.
Trata-se do segundo maior cestinha do último NBB, Paulinho Boracini e duas franquias importantes: Paulistano e Joinville.
O problema começou quando Joinville foi disputar um campeonato no México, mas com o elenco ainda sendo montado, faltava jogador, por isso o time de Alberto Bial pediu empréstimo de quatro jogadores, ao Paulistano e ao Pinheiros: os armadores Paulinho Boracini (Paulistano) e Gustavinho (Pinheiros), o ala/armador norte-americano Marvin Kilgore e o ala/pivô Luis Felipe (Paulistano).
O próprio site do Joinville confirmou que após a competição, Paulinho Boracini e Luis Felipe se reapresentariam ao Paulistano, pois os dois já teriam acertado a permanência na equipe da capital paulista.
E depois do torneio, o que aconteceu? O Paulistano suspeitou que Joinville estava aliciando o Paulinho, e a suspeita se confirmou horas depois com o anúncio oficial da contratação do jogador pela equipe catarinense.
A desculpa de Joinville foi que o atleta não tinha oficializado (assinado) o contrato com o Paulistano, mas segundo a diretoria do time paulista, o contrato ainda não estava assinado justamente porque o Paulistano havia emprestado o atleta gentilmente, e na volta do jogador do México ele assinaria o contrato.
O fato é que legalmente não teve problema nenhum, porquê promessa de boca não vale nada, mas entra a questão ética e o respeito entre duas franquias do NBB.
A diretoria do CAP errou em confiar na hombridade do Paulinho (que sim, já estava apalavrado, o próprio Joinville confirmou isso no seu site) e de confiar na ética de trabalho da diretoria do Joinville.
Infelizmente eles não sabiam que estavam lidando com um jogador sem palavra e um clube totalmente sem ética.
Sem dúvida Joinville conseguiu um excelente jogador e está montando um esboço de time forte, mas fica a pergunta, a que preço?
Perderam prestígio e credibilidade perante outras diretorias, outros clubes e outras torcidas, como diz o ditado, dor de barriga não dá uma vez só.
Um ponto importante para o debate, é também sobre a sonhada profissionalização definitiva do basquete brasileiro. Os times terão que aprender a lidar melhor com contratos e promessas.
Como o Paulistano empresta seu melhor jogador ao rival apenas com a promessa de boca? E o pior, sabendo que o Joinville já havia feito uma proposta ao Paulinho, mas da primeira vez ele recusou.
Assim é complicado!
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